Dois jogos sem balançar as redes e mais um primeiro tempo em branco não são o início dos sonhos de nenhum centroavante. Muito menos quando a competição é a mais importante do planeta e menos ainda quando esta é disputada em seu país. Os primeiros 228 minutos de Fred na Copa do Mundo da FIFA não foram fáceis. O camisa 9 da Seleção Brasileira foi alvo de críticas e até recebeu algumas vaias em Brasília, no confronto contra Camarões. Até que veio o 229º minuto. Fernandinho encontrou David Luiz na esquerda, e o zagueiro mandou para o meio da área. Sozinho, Fred testou com firmeza. 
Era o terceiro gol do Brasil sobre Camarões, um tento que deixava a Seleção muito perto de conquistar o primeiro lugar do Grupo A e a consequente vaga nas oitavas de final - algo que acabou acontecendo. Mais do que contribuir, Fred afirma que ganha uma bela dose de confiança para que ele e o elenco evoluam nas quatro partidas que esperam fazer no Mundial daqui para a frente.

“Dá muita confiança. Essa vitória, do jeito que foi, e os gols… É tudo muito bom para a gente”, disse o atacante à FIFA. “Estou feliz pelo gol. Eu vinha recebendo muitas críticas, mas nada que me abalasse, até pela confiança de todo grupo que está ao meu lado. Eles estavam vendo também o meu trabalho, o meu empenho no dia a dia. Graças a Deus, deu tudo certo. Agora é crescer com a equipe nesse momento importante para não parar de fazer gols e dar esse classificação com a gente”, completou.

Fred agora conta com as ótimas lembranças que traz da Copa das Confederações da FIFA. No ano passado, o camisa 9 ficou sem marcar nas duas primeiras partidas - contra Japão e México. O primeiro gol saiu só no terceiro jogo. Coincidência ou não, foi também o terceiro tento do Brasil naquela partida, uma vitória por 4 a 2 sobre a Itália. E aquele gol, como o desta segunda, também veio no segundo tempo. 

Naquela competição, depois de sair do zero, Fred marcou em todos os jogos. Foi ele que abriu o placar na semifinal diante do Uruguai e na decisão contra a Espanha. Será que pode acontecer o mesmo na Copa do Mundo?

“A lembrança é algo que me dá confiança e moral. Vou fazer de tudo para continuar do mesmo jeito. Não só eu, mas nossa equipe inteira evoluiu hoje. Houve um jogo coletivo, e eu sou muito dependente disso. Quando a nossa equipe está com esse espírito, aparece o futebol de todo mundo”, ressaltou. “Lógico que tem o individual, que faz a diferença, que é o Neymar, mas no coletivo acaba todo mundo aparecendo. Deu tudo certo.”