Grupos da morte? Não, dos vivos
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Procure por aí e você deve encontrar opiniões bem controversas sobre se os grupos G e H da Copa do Mundo da FIFA têm alguma possibilidade se encaixarem na categoria de “grupos da morte”. Pois, com base neste domingo que fechou a rodada das duas chaves, a coisa fica mais clara: não são da morte, coisa nenhuma. São, ao contrário, dois dos três únicos – ao lado do grupo C – em que todas as quatro equipes estão é muito vivas, com o sonho de ir às oitavas de final.
O termo “sonho”, aliás, é válido para sete das oito seleções dessas duas chaves – porque a Bélgica, graças a um gol no finalzinho, se tornou a sexta equipe já matematicamente garantida nos mata-matas, antes mesmo do início da última rodada. Todos os demais times desses grupos ainda sonham, inclusive os dois derrotados do dia - Rússia e Coreia do Sul – e uma equipe portuguesa que esteve a segundos de se ver eliminada. Para todos, é questão, essencialmente, de vencerem seus jogos e, quando muito, rabiscar um bocado de continhas do saldo de gols. Ou, como Fabio Capello resumiu em seu nome, mas valendo para quase todo mundo: “Eu ainda acredito que temos chances".
O termo “sonho”, aliás, é válido para sete das oito seleções dessas duas chaves – porque a Bélgica, graças a um gol no finalzinho, se tornou a sexta equipe já matematicamente garantida nos mata-matas, antes mesmo do início da última rodada. Todos os demais times desses grupos ainda sonham, inclusive os dois derrotados do dia - Rússia e Coreia do Sul – e uma equipe portuguesa que esteve a segundos de se ver eliminada. Para todos, é questão, essencialmente, de vencerem seus jogos e, quando muito, rabiscar um bocado de continhas do saldo de gols. Ou, como Fabio Capello resumiu em seu nome, mas valendo para quase todo mundo: “Eu ainda acredito que temos chances".
Os resultadosBélgica 1 x 0 Rússia - Craque do Jogo Budweiser: Eden Hazard (BEL)
Coreia do Sul 2 x 4 Argélia - Craque do Jogo Budweiser: Islam Slimani (ALG)
Estados Unidos 2 x 2 Portugal - Craque do Jogo Budweiser: Tim Howard (USA)
O que marcou o dia:
Dez minutos para o seu destinoEm um só dia, três gols marcados no intervalo dos últimos dez minutos de jogo (mais acréscimos), todos eles alterando não só o resultado de duas partidas, mas os classificados de dois grupos. Primeiro, a Bélgica conseguiu sua vaga antecipada graças a um gol aos 43 minutos, depois, à noite, veio realmente o clímax: a partir dos 36 da segunda parte, Portugal saiu de estar eliminado por um gol de Dempsey para, no último lance do jogo, salvar sua pele, quando Varela completou cruzamento de Cristiano Ronaldo. Os 32 jogos da Copa do Mundo até aqui tiveram um total de 17 gols marcados nos dez minutos finais – mais de um a cada dois jogos. Desses, nove foram decisivos, ou seja, mudaram o vencedor da partida.
É cedo ou tarde demaisPara quase todo mundo, o mais importante no duelo entre belgas e russos foi o que aconteceu no finalzinho: apagado durante quase toda a partida, Eden Hazard resolveu tomar conta do jogo a partir dos 40 minutos do segundo tempo. Ele fez uma linda jogada individual que quase terminou em gol e, finalmente, aos 43, fez deu outra arrancada que resultou no gol de Divock Origi. A exceção para essa vocação de fazer as coisas na última hora foi Thomas Vermaelen, que se machucou no aquecimento da equipe dentro de campo! Aguentou 31 minutos e, então, foi substituído por Jan Vertonghen.
De repente, ArgéliaAssim, levado pela animação de um jogo com seis gols, é fácil sair chamando a vitória dos argelinos sobre a Coreia do Sul de “histórica” sem nem pensar bem. Mas, fique tranquilo: foi mesmo. O jogo que manteve vivas as chances de classificação da equipe mudou completamente os parâmetros do país no mapa do futebol: é que nunca um país africano havia marcado quatro gols num mesmo jogo de Copa do Mundo da FIFA. Nada mal para quem, em suas duas últimas participações somadas – 1986 e 2010 –, havia anotado um só golzinho. Dá para entender bem por que as ruas da capital Argel passaram o dia tomadas de festa.
Fui eu mesmo?Os belgas poderiam ser mais uma equipe a entrar na última rodada da fase de grupos para encarar uma decisão valendo vaga, mas justo o garotão Divock Origi tratou de evitar isso. Aos 19 anos e 65 dias de idade, o atacante que estreou na seleção do país no início deste mês, num amistoso contra a Suécia, se tornou o sétimo jogador mais jovem a marcar numa Copa. E deve estar até agora tentando entender a dimensão disso tudo. “Sinceramente, acho que ainda não me dei conta do que aconteceu”, disse o jogador do Lille depois da partida. “Só sei que é muito especial.”
Troféu Joelho de OuroAinda tem muito chão pela frente antes de se pensar em quais goleiros são reais postulantes à Luva de Ouro adidas deste Mundial, mas se a discussão for sobre quem melhor defende embaixo das traves sendo jogador de linha, o zagueiro português Ricardo Costa lançou uma candidatura difícil de se bater: Michael Bradley recebeu sozinho, na entrada da pequena área, com o gol aberto, sem o goleiro Beto, que saíra tentar cortar o cruzamento. O camisa 13, então, voou para, com uma joelhada sensacional, salvar (ou, vá lá, atrasar) o empate dos americanos.
Longe para diaboUma coisa são os vizinhos Argentina e Chile encherem as arquibancadas do Maracanã, como aconteceu nas duas primeiras rodadas, outra bem diferente é um jogo como Bélgica x Rússia – dois países que estão para lá de um oceano de distância do Rio de Janeiro – levarem 73.819 pessoas ao estádio. Entre matryoshkas e diabinhos de todo tipo, tinha até um grupo que, por alguma razão que só podemos especular, resolveu que era dia de se vestir todo de... Elvis Presley, claro (?).
Coreia do Sul 2 x 4 Argélia - Craque do Jogo Budweiser: Islam Slimani (ALG)
Estados Unidos 2 x 2 Portugal - Craque do Jogo Budweiser: Tim Howard (USA)
O que marcou o dia:
Dez minutos para o seu destinoEm um só dia, três gols marcados no intervalo dos últimos dez minutos de jogo (mais acréscimos), todos eles alterando não só o resultado de duas partidas, mas os classificados de dois grupos. Primeiro, a Bélgica conseguiu sua vaga antecipada graças a um gol aos 43 minutos, depois, à noite, veio realmente o clímax: a partir dos 36 da segunda parte, Portugal saiu de estar eliminado por um gol de Dempsey para, no último lance do jogo, salvar sua pele, quando Varela completou cruzamento de Cristiano Ronaldo. Os 32 jogos da Copa do Mundo até aqui tiveram um total de 17 gols marcados nos dez minutos finais – mais de um a cada dois jogos. Desses, nove foram decisivos, ou seja, mudaram o vencedor da partida.
É cedo ou tarde demaisPara quase todo mundo, o mais importante no duelo entre belgas e russos foi o que aconteceu no finalzinho: apagado durante quase toda a partida, Eden Hazard resolveu tomar conta do jogo a partir dos 40 minutos do segundo tempo. Ele fez uma linda jogada individual que quase terminou em gol e, finalmente, aos 43, fez deu outra arrancada que resultou no gol de Divock Origi. A exceção para essa vocação de fazer as coisas na última hora foi Thomas Vermaelen, que se machucou no aquecimento da equipe dentro de campo! Aguentou 31 minutos e, então, foi substituído por Jan Vertonghen.
De repente, ArgéliaAssim, levado pela animação de um jogo com seis gols, é fácil sair chamando a vitória dos argelinos sobre a Coreia do Sul de “histórica” sem nem pensar bem. Mas, fique tranquilo: foi mesmo. O jogo que manteve vivas as chances de classificação da equipe mudou completamente os parâmetros do país no mapa do futebol: é que nunca um país africano havia marcado quatro gols num mesmo jogo de Copa do Mundo da FIFA. Nada mal para quem, em suas duas últimas participações somadas – 1986 e 2010 –, havia anotado um só golzinho. Dá para entender bem por que as ruas da capital Argel passaram o dia tomadas de festa.
Fui eu mesmo?Os belgas poderiam ser mais uma equipe a entrar na última rodada da fase de grupos para encarar uma decisão valendo vaga, mas justo o garotão Divock Origi tratou de evitar isso. Aos 19 anos e 65 dias de idade, o atacante que estreou na seleção do país no início deste mês, num amistoso contra a Suécia, se tornou o sétimo jogador mais jovem a marcar numa Copa. E deve estar até agora tentando entender a dimensão disso tudo. “Sinceramente, acho que ainda não me dei conta do que aconteceu”, disse o jogador do Lille depois da partida. “Só sei que é muito especial.”
Troféu Joelho de OuroAinda tem muito chão pela frente antes de se pensar em quais goleiros são reais postulantes à Luva de Ouro adidas deste Mundial, mas se a discussão for sobre quem melhor defende embaixo das traves sendo jogador de linha, o zagueiro português Ricardo Costa lançou uma candidatura difícil de se bater: Michael Bradley recebeu sozinho, na entrada da pequena área, com o gol aberto, sem o goleiro Beto, que saíra tentar cortar o cruzamento. O camisa 13, então, voou para, com uma joelhada sensacional, salvar (ou, vá lá, atrasar) o empate dos americanos.
Longe para diaboUma coisa são os vizinhos Argentina e Chile encherem as arquibancadas do Maracanã, como aconteceu nas duas primeiras rodadas, outra bem diferente é um jogo como Bélgica x Rússia – dois países que estão para lá de um oceano de distância do Rio de Janeiro – levarem 73.819 pessoas ao estádio. Entre matryoshkas e diabinhos de todo tipo, tinha até um grupo que, por alguma razão que só podemos especular, resolveu que era dia de se vestir todo de... Elvis Presley, claro (?).
Os números16 – Com toda a última rodada da fase de grupos ainda a ser disputada, já são 16 os gols desta Copa do Mundo marcados por jogadores que entraram no decorrer da partida, incluindo o da Silvestre Varela – só a Bélgica teve todos os seus três anotados assim. O recorde histórico é da Alemanha 2006: 23 gols.
Nas redes sociais:
A liga de futebol americano também entra na torcida pela seleção de Klinsmann. Sim, este domingo foi dia de futebol nos EUA:
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