quarta-feira, 25 de junho de 2014
COLÔMBIA
Mondragon faz história e quebra recorde de 24 anos
© Getty Images
FIFA.com
A Colômbia garantia 100% de aproveitamento no Grupo C e as arquibancadas da Arena Pantanal pareciam as ruas de Bogotá, mas a alegria só seria completa com a quebra de um recorde de 24 anos por um colombiano mais do que especial.
Quando um goleiro é substituído sem estar lesionado, você normalmente imagina que a coisa está feia para a equipe em questão. Contudo, quando o número de David Ospina apareceu na placa de substituição e o placar apontava 3 a 1 para a Colômbia em cima do Japão, o momento foi de completa festa para a entrada de Faryd Mondragon, que se tornava então o jogador mais velho a disputar uma Copa do Mundo da FIFA™.
Além de a classificação para as oitavas de final reeditar o melhor desempenho dos colombianos, nos Estados Unidos 1994, o feito de Mondragon supera outra grande marca daquele Mundial, até então detida pelo camaronês Roger Milla. A entrada do experiente arqueiro para os últimos cinco minutos de jogo foi um momento de muita emoção, já que essa foi provavelmente a última vez em que o dono da camisa 1 representou as cores de seu país.
Hoje com 43 anos e três dias de idade, Mondragon disputou o seu primeiro Mundial ao lado de nomes como Carlos Valderrama e Freddy Rincón, um elenco que colocou a Colômbia nas oitavas de final pela primeira vez na história. Quatro anos depois, na França 1998, o goleiro saiu de campo debaixo de lágrimas devido à eliminação diante da Inglaterra ainda na fase de grupos. Foram precisos outros 16 anos para a história de 1994 se repetir, ainda com o ídolo da meta colombiana, agora ovacionado, como um dos integrantes do plantel responsável pela classificação.
Querendo agradecer a cada um, de companheiros de seleção ao trio de arbitragem, o arqueiro era só sorrisos depois de ter feito uma defesa no último minuto e garantido a manutenção do placar em 4 a 1 para a Colômbia. "Estar aqui é uma honra para mim", declarou Mondragon às câmeras da FIFA. "Ao quebrar esse recorde, passo a ser uma pessoa que carrega consigo o futebol colombiano e a história do futebol colombiano."
Já estava no ar a sensação de que a noite poderia marcar a histórica despedida do goleiro, pois a Colômbia já havia carimbado passagem para as oitavas na partida contra a Costa do Marfim. Com duas substituições realizadas no intervalo, uma virada no destino ainda era possível, mas seria um golpe com requintes de crueldade nos planos do goleiro.
Porém, quando Mondragon se aproximou da linha lateral e a placa com o número 1 foi erguida pelo quarto árbitro, a torcida foi à loucura. "Foi incrível, acho que todos esperavam por esse momento", disse o arqueiro, relembrando a emoção dos seus prováveis últimos cinco minutos sob os holofotes. "Graças ao José Pekerman, ao restante da equipe e aos meus amigos, pude realizar esse sonho."
Em uma equipe com jovens que poderiam ser seus filhos, a participação de Mondragon nos treinamentos significa motivação e orgulho. "É um prêmio por todo o trabalho duro que ele realizou durante a carreira, e estou feliz pelo recorde que bateu hoje", disse Carlos Carbonero à FIFA.
"Acho que para o futebol colombiano ter alguém como o Faryd é admirável, e não apenas para o futebol colombiano, mas para o mundo do futebol. Acho que ele é uma grande pessoa e fico feliz por ele ser colombiano. "
Após bater o recorde de Roger Milla, Mondragon acredita que esta seleção também pode superar algumas marcas históricas. "Com relação a como estamos jogando e atuando como uma equipe, também estamos fazendo história agora", declarou.
Ele não está errado: com nove gols na fase de grupos, este selecionado tem o melhor ataque da história da Colômbia na competição. "O fato de terminarmos esta fase com nove pontos nos dá um grande impulso emocional daqui para a frente."
Comparando a equipe de hoje à geração de ouro da década de 1990, o arqueiro que passou por 11 clubes de sete países acredita que a experiência no exterior torna esta safra mais recente ainda melhor. "A vantagem que temos agora é que 95% da nossa seleção joga na Europa. Assim, eles possuem a sua própria experiência pessoal nesse alto nível. Além disso, são muito maduros. Na Copa do Mundo de 94, 95% jogavam na Colômbia, e os outros 5% estavam jogando no exterior, ou seja, o contrário."
Deixada para trás a fase de grupos, os colombianos querem chegar a alturas inéditas após o jogo das oitavas de final no Maracanã. "Os nossos próximos adversários vão ser um desafio muito difícil para nós, e amanhã vamos ter de começar a pensar no Uruguai", afirmou Mondragon, que pelo menos por uma noite poderá descansar e comemorar o título de jogador mais experiente a ter disputado uma Copa do Mundo.
terça-feira, 24 de junho de 2014
BRASIL 2014
A Arena Fonte Nova, abençoada com gols para todo lado
FIFA.com
Quando um mesmo estádio, em três jogos, consegue ser o palco de gols o bastante para formar um compilado como o do vídeo ao lado, não é possível achar que se trate de apenas mais um lugar. Até agora, na Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, quem pisou na Arena Fonte Nova, em Salvador, foi para presenciar goleada: os históricos 5 a 1 da Holanda sobre a Espanha, a surra da Alemanha por 4 a 0 em Portugal e os 5 a 2 da França na Suíça.
Entre os estádios que receberam mais de um jogo de Copa, até hoje, a média atual da Fonte Nova, de 5,66 gols por jogo, é a terceira maior da história: fica atrás apenas dos 7,33 gols/jogo do estádio suíço de St. Jakob, na Basileia, e do Idrottsparken de Gotemburgo, na Suécia, que tem 6,33 gols/jogo. Numa era de marcação mais cerrada e preparo físico que deixa menos espaços no campo, estamos falando de uma marca simplesmente sobrenatural. Parece que uma entidade superior apontou o dedo para a Fonte Nova e abençoou aquele território. Mas só parece?
"Quem conhece a Bahia, a alegria contagiante de sua gente e a energia que parece brotar em cada canto de suas terras, não se surpreende com a bênção do maior número de gols desta maravilhosa Copa e com alguns dos seus melhores e mais disputados jogos”, comenta ao FIFA.com o governador da Bahia, Jaques Wagner. “É como se todos os santos do mundo e deuses do futebol aqui viessem para se juntar a essa torcida que é, sem dúvida, a mais empolgante de todo esse imenso e belo Brasil.”
Entre os estádios que receberam mais de um jogo de Copa, até hoje, a média atual da Fonte Nova, de 5,66 gols por jogo, é a terceira maior da história: fica atrás apenas dos 7,33 gols/jogo do estádio suíço de St. Jakob, na Basileia, e do Idrottsparken de Gotemburgo, na Suécia, que tem 6,33 gols/jogo. Numa era de marcação mais cerrada e preparo físico que deixa menos espaços no campo, estamos falando de uma marca simplesmente sobrenatural. Parece que uma entidade superior apontou o dedo para a Fonte Nova e abençoou aquele território. Mas só parece?
"Quem conhece a Bahia, a alegria contagiante de sua gente e a energia que parece brotar em cada canto de suas terras, não se surpreende com a bênção do maior número de gols desta maravilhosa Copa e com alguns dos seus melhores e mais disputados jogos”, comenta ao FIFA.com o governador da Bahia, Jaques Wagner. “É como se todos os santos do mundo e deuses do futebol aqui viessem para se juntar a essa torcida que é, sem dúvida, a mais empolgante de todo esse imenso e belo Brasil.”
De onde vem tanta bênção
Durante os longos anos em que o regime de escravidão era, lamentavelmente, algo institucionalizado no Brasil, a Bahia era um dos principais pontos de chegada de navios negreiros vindos da África. Não era só a liberdade de ir e vir que era negada a esses escravos: entre as tantas restrições, estava também a de culto religioso. Os africanos eram absolutamente proibidos de professar sua fé e de, por exemplo, venerar os orixás - deuses dos iorubás que representam elementos fundamentais da natureza.
Acontece que um grupo desses africanos decidiu arranjar uma maneira de driblar a proibição institucional. Para cada orixá, encontrou-se um santo correspondente na Igreja Católica – que, durante todo o período da escravidão, foi a religião do Estado. Era assim que a Bahia, e especificamente Salvador, se tornava um epicentro de sincretismo religioso: uma fusão entre elementos do candomblé e do catolicismo. O tempo passou, mudanças aconteceram e, em 1888, a escravidão foi abolida. E, então, entre as duas religiões, o que a Bahia fez? Ficou com ambas.
Não se trata de uma questão demográfica: os adeptos da umbanda e do candomblé são minoria também entre os baianos. Mas a herança cultural criada durante o tempo da escravidão permaneceu para sempre como um marco do estado e, principalmente, de Salvador. Dos terreiros às fitinhas do Nosso Senhor do Bonfim, boa parte das tradições e atrações turísticas da capital baiana estão diretamente relacionadas às religiões africanas e a como foram assimiladas pelo catolicismo – quando não unidas a ele. Não pode ser por acaso, afinal, que a cidade esteja cravejada justo na Baía de Todos os Santos. Mas todos mesmo.
Basta olhar para fora, das arquibancadas da própria Arena Fonte Nova: flutuando no espelho d’água do Dique do Tororó estão oito esculturas de orixás - Oxum, Ogum, Oxóssi, Xangô, Oxalá, Iemanjá, Nanã e Iansã. Já nem tem a ver com uma religião ou outra: Salvador é mística, para todos, e tem sido abençoada com a melhor dádiva para quem gosta de futebol: gols. A grande provação, então, virá nesta quarta-feira, quando o encontro é entre Bósnia e Herzegovina e Irã - que, juntos, em duas rodadas, somam um gol; média de 0,25 por partida. Haja bênção, de quem quer que ela seja.
Durante os longos anos em que o regime de escravidão era, lamentavelmente, algo institucionalizado no Brasil, a Bahia era um dos principais pontos de chegada de navios negreiros vindos da África. Não era só a liberdade de ir e vir que era negada a esses escravos: entre as tantas restrições, estava também a de culto religioso. Os africanos eram absolutamente proibidos de professar sua fé e de, por exemplo, venerar os orixás - deuses dos iorubás que representam elementos fundamentais da natureza.
Acontece que um grupo desses africanos decidiu arranjar uma maneira de driblar a proibição institucional. Para cada orixá, encontrou-se um santo correspondente na Igreja Católica – que, durante todo o período da escravidão, foi a religião do Estado. Era assim que a Bahia, e especificamente Salvador, se tornava um epicentro de sincretismo religioso: uma fusão entre elementos do candomblé e do catolicismo. O tempo passou, mudanças aconteceram e, em 1888, a escravidão foi abolida. E, então, entre as duas religiões, o que a Bahia fez? Ficou com ambas.
Não se trata de uma questão demográfica: os adeptos da umbanda e do candomblé são minoria também entre os baianos. Mas a herança cultural criada durante o tempo da escravidão permaneceu para sempre como um marco do estado e, principalmente, de Salvador. Dos terreiros às fitinhas do Nosso Senhor do Bonfim, boa parte das tradições e atrações turísticas da capital baiana estão diretamente relacionadas às religiões africanas e a como foram assimiladas pelo catolicismo – quando não unidas a ele. Não pode ser por acaso, afinal, que a cidade esteja cravejada justo na Baía de Todos os Santos. Mas todos mesmo.
Basta olhar para fora, das arquibancadas da própria Arena Fonte Nova: flutuando no espelho d’água do Dique do Tororó estão oito esculturas de orixás - Oxum, Ogum, Oxóssi, Xangô, Oxalá, Iemanjá, Nanã e Iansã. Já nem tem a ver com uma religião ou outra: Salvador é mística, para todos, e tem sido abençoada com a melhor dádiva para quem gosta de futebol: gols. A grande provação, então, virá nesta quarta-feira, quando o encontro é entre Bósnia e Herzegovina e Irã - que, juntos, em duas rodadas, somam um gol; média de 0,25 por partida. Haja bênção, de quem quer que ela seja.
ITÁLIA
Prandelli mantém linha rígida após queda: "O erro é meu"
FIFA.com
Assim como Dino Zoff anunciou a sua demissão logo depois do revés na final da UEFA Euro 2000, Cesare Prandelli deixou o comando da Itália assim que se confirmou a eliminação do país na fase de grupos da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™, com a derrota por 1 a 0 diante do Uruguai em Natal. "Quando o projeto técnico falha, precisamos assumir as nossas responsabilidades", comentou o treinador. Um duro golpe que talvez tenha sido apenas a gota d'água que faz transbordar o copo.
Íntegro, exigente e fiel a uma imagem própria do futebol, Prandelli sempre se mostrou rígido em matéria de disciplina, a ponto de ter implementado um código de ética, e não suporta injustiça. Desde que assumiu o cargo, no dia 30 de maio de 2010, com a seleção italiana mergulhada em crise, ele se transformou em unanimidade junto a dirigentes, atletas e torcedores, que viam nele o homem da renovação. A sua marca, para além da final da Euro 2012 e da boa campanha na Copa das Confederações da FIFA 2013, foi ter virado a página do catenaccio sempre tão associado à Azzurra.
O seu apoio incondicional ao explosivo Mario Balotelli suscitou inúmeras discussões, conforme os excessos ou as façanhas do pupilo. Contra ventos e marés, Prandelli sempre assumiu a sua escolha. "Diante de um talento como ele é preciso simplesmente ter paciência", afirmou certa vez. "Depois chega uma hora em que o talento precisa assumir as suas responsabilidades." Apesar do gol que fez contra a Inglaterra, Super Mario acabou não rendendo o esperado nessa Copa do Mundo, sobretudo ao não colaborar tanto no trabalho defensivo.
Responsabilidade assumida
O capitão Gianluigi Buffon, antes mesmo do anúncio da demissão de Prandelli, saiu em defesa de alguns de seus companheiros mais experientes, que eram questionados na preparação para o Brasil 2014. "Com frequência ouvimos que é preciso fazer mudanças, que Buffon, Pirlo, De Rossi, Chiellini e Barzagli estão velhos, mas a verdade é que quando é preciso assumir a responsabilidade, são esses velhos que estão na primeira fila", observou. "É necessário respeitá-los um pouco mais, não pelo que foram, mas pelo que ainda representam."
O capitão Gianluigi Buffon, antes mesmo do anúncio da demissão de Prandelli, saiu em defesa de alguns de seus companheiros mais experientes, que eram questionados na preparação para o Brasil 2014. "Com frequência ouvimos que é preciso fazer mudanças, que Buffon, Pirlo, De Rossi, Chiellini e Barzagli estão velhos, mas a verdade é que quando é preciso assumir a responsabilidade, são esses velhos que estão na primeira fila", observou. "É necessário respeitá-los um pouco mais, não pelo que foram, mas pelo que ainda representam."
Mas nem mesmo a combinação dos veteranos com atletas mais jovens conseguiu evitar o pior no grupo da morte. Depois do 1 a 0 sofrido contra a Costa Rica, uma derrota na qual a Itália pareceu cansada e abatida pelos esforços feitos no jogo de estreia, Prandelli manteve a sua linha de conduta e acrescentou um atacante, Ciro Immobile, em vez de substituir o impossibilitado Daniele de Rossi por um outro volante.
Sem nunca terem atuado juntos, Balotelli e Immobile jamais se encontraram no Estádio das Dunas. "Não tivemos nenhuma chance, provavelmente porque somos tecnicamente limitados ou não estávamos bem estruturados", explica Prandelli. "O erro é meu. O projeto técnico não funcionou e, portanto, assumo toda a responsabilidade por ele."
Erro que um lance de genialidade de Balotelli poderia ter consertado imediatamente. Decepcionado com o atacante, a quem substituiu no intervalo, consciente de que uma opção tática menos hesitante poderia ter mudado tudo, irritado com os comentários sobre o seu contrato, que havia renovado até 2016 pouco antes do Mundial, e sentindo que seria o centro de todas as críticas e polêmicas, Prandelli preferiu virar a página ele mesmo. Fiel a seus princípios.
Japão 1 x 4 Colômbia
Gols com drama em um dia de goleiros
© Getty Images
FIFA.com
O 13º dia de jogos da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 foi marcado por vitórias dramáticas de Uruguai e Grécia, que tiveram de esperar o apito final para conquistar a tão ansiada vaga para as oitavas de final.
Os uruguaios estão mais acostumados ao mata-mata, pois passaram da fase de grupos em nove das suas 12 participações anteriores em Mundiais. Para os gregos, que roubaram a vaga das mãos da Costa do Marfim, a conquista é inesquecível e inédita. A equipe havia caído na fase de grupos das duas Copas do Mundo que disputara até então (1994 e 2010).
A rodada, além disso, foi marcada por quebras de recordes, o principal deles obtido pelo veterano goleiro colombiano Faryd Mondragón.
Resultados
Itália 0 x 1 Uruguai (Craque do Jogo Budweiser: Gianluigi Buffon, ITA)
Costa Rica 0 x 0 Inglaterra (Craque do Jogo Budweiser: Keylor Navas, CRC)
Japão 1 x 4 Colômbia (Craque do Jogo Budweiser: Jackson Martínez, COL)
Grécia 2 x 1 Costa do Marfim (Craque do Jogo Budweiser: Georgios Samaras, GRE)
Itália 0 x 1 Uruguai (Craque do Jogo Budweiser: Gianluigi Buffon, ITA)
Costa Rica 0 x 0 Inglaterra (Craque do Jogo Budweiser: Keylor Navas, CRC)
Japão 1 x 4 Colômbia (Craque do Jogo Budweiser: Jackson Martínez, COL)
Grécia 2 x 1 Costa do Marfim (Craque do Jogo Budweiser: Georgios Samaras, GRE)
O que marcou o diaA espera valeu a pena
Embora tenha recentemente marcado gols importantes pelo Atlético de Madri, Diego Godín não anotava um tento pela seleção uruguaia desde um amistoso contra a Venezuela em outubro de 2006. A linda cabeçada diante da Itália, que deu à Celeste a classificação para as oitavas de final, interrompeu um jejum de quase oito anos do zagueiro pela seleção.
Embora tenha recentemente marcado gols importantes pelo Atlético de Madri, Diego Godín não anotava um tento pela seleção uruguaia desde um amistoso contra a Venezuela em outubro de 2006. A linda cabeçada diante da Itália, que deu à Celeste a classificação para as oitavas de final, interrompeu um jejum de quase oito anos do zagueiro pela seleção.
Mesmo prêmio, sabores diferentes
O 13º dia de jogos se destacou pelo fato de que, pela primeira vez, dois goleiros obtiveram em uma mesma rodada o prêmio Craque do Jogo Budweiser. O costarriquenho Navas encerrou com chave de ouro uma primeira fase fantástica: sofreu apenas um gol e viu a sua seleção ser a campeã do grupo. Para o italiano Buffon, no entanto, o prêmio teve sabor amargo: a partida contra o Uruguai pode ter sido a última do capitão pela Itália, e marcou a eliminação prematura da tetracampeã da Copa do Mundo.
O 13º dia de jogos se destacou pelo fato de que, pela primeira vez, dois goleiros obtiveram em uma mesma rodada o prêmio Craque do Jogo Budweiser. O costarriquenho Navas encerrou com chave de ouro uma primeira fase fantástica: sofreu apenas um gol e viu a sua seleção ser a campeã do grupo. Para o italiano Buffon, no entanto, o prêmio teve sabor amargo: a partida contra o Uruguai pode ter sido a última do capitão pela Itália, e marcou a eliminação prematura da tetracampeã da Copa do Mundo.
Em homenagem ao capitão
Mario Yepes chegou ao 100º jogo pela seleção colombiana na vitória sobre a Costa do Marfim pela segunda rodada do Grupo C. Com a equipe classificada para as oitavas de final, o técnico José Pekerman preferiu preservá-lo para o duelo contra o Japão. Os seus companheiros, no entanto, já haviam preparado uma surpresa: ao fazer 1 a 0 de pênalti, Juan Cuadrado, autor do gol, e o lateral Pablo Armero mostraram uma camiseta com o número 100 e o nome do capitão, em uma bela homenagem.
Mario Yepes chegou ao 100º jogo pela seleção colombiana na vitória sobre a Costa do Marfim pela segunda rodada do Grupo C. Com a equipe classificada para as oitavas de final, o técnico José Pekerman preferiu preservá-lo para o duelo contra o Japão. Os seus companheiros, no entanto, já haviam preparado uma surpresa: ao fazer 1 a 0 de pênalti, Juan Cuadrado, autor do gol, e o lateral Pablo Armero mostraram uma camiseta com o número 100 e o nome do capitão, em uma bela homenagem.
Adeus prematuro a três campeões
Com a eliminação da Itália somada às de Espanha e Inglaterra, já são três os campeões mundiais eliminados na fase de grupos do Brasil 2014. Tirando as três primeiras edições da Copa do Mundo da FIFA, tal fato só ocorreu uma única vez no passado, na Coreia do Sul/Japão 2002. Naquela oportunidade, caíram fora antes da hora prevista França, Argentina e Uruguai.
Com a eliminação da Itália somada às de Espanha e Inglaterra, já são três os campeões mundiais eliminados na fase de grupos do Brasil 2014. Tirando as três primeiras edições da Copa do Mundo da FIFA, tal fato só ocorreu uma única vez no passado, na Coreia do Sul/Japão 2002. Naquela oportunidade, caíram fora antes da hora prevista França, Argentina e Uruguai.
Os números
43: Ao entrar em campo aos 39 minutos do segundo tempo da partida contra o Japão, o colombiano Faryd Mondragón se tornou, aos 43 anos e quatro dias de idade, o jogador mais velho a disputar um jogo na história da Copa do Mundo da FIFA, deixando para trás o camaronês Roger Milla, que jogou em 1994 aos 42 anos. Além disso, ele quebrou o recorde de maior quantidade de tempo entre dois jogos de Mundial: entre aquele jogo contra a Inglaterra em 1998 e este diante dos japoneses passaram-se 15 anos e 363 dias. A marca anterior era a do suíço Alfred Bickel, entre 1938 e 1950, com 12 anos e 13 dias.
43: Ao entrar em campo aos 39 minutos do segundo tempo da partida contra o Japão, o colombiano Faryd Mondragón se tornou, aos 43 anos e quatro dias de idade, o jogador mais velho a disputar um jogo na história da Copa do Mundo da FIFA, deixando para trás o camaronês Roger Milla, que jogou em 1994 aos 42 anos. Além disso, ele quebrou o recorde de maior quantidade de tempo entre dois jogos de Mundial: entre aquele jogo contra a Inglaterra em 1998 e este diante dos japoneses passaram-se 15 anos e 363 dias. A marca anterior era a do suíço Alfred Bickel, entre 1938 e 1950, com 12 anos e 13 dias.
Nas redes sociaisA cantora Shakira comemora a presença de sua seleção nas oitavas de final da Copa.
COSTA RICA
Borges, orgulho de pai para filho
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FIFA.com
A Costa Rica fez história na Copa do Mundo da FIFA nesta terça-feira, e Celso Borges sabe bem do impacto duradouro que isso terá. Afinal de contas, o habilidoso armador da equipe caribenha é filho do brasileiro naturalizado Alexandre Borges Guimarães, o homem que deu o passe para o gol que levou os costa-riquenhos aos mata-matas pela primeira vez na Itália 1990.
Celso tinha apenas dois anos de idade à época, mas testemunhou em primeira mão a eterna gratidão que a proeza rendeu ao pai, que posteriormente também comandou a Costa Rica nos Mundiais de 2002 e 2006. E, caso o meia precisasse de inspiração ou de um pequeno lembrete quanto à oportunidade representada pelo Brasil 2014, Guimarães sempre esteve por perto.
"A gente se reúne toda noite e conversa bastante", contou Borges ao FIFA.com. "Ele fica tão empolgado quanto eu sobre o andamento das coisas e me disse para aproveitar ao máximo cada minuto. Ele falou que este é um momento e uma vitrine na nossa vida esportiva que talvez jamais tenhamos de novo, e esse tipo de conselho eu escuto e respeito muito, é claro. Estou muito orgulhoso de fazer parte da história do futebol do meu país, assim como o meu pai."
A inesquecível façanha da geração de Borges foi ter avançado às oitavas de final na liderança da chave e, pela primeira vez, sem ter perdido nenhuma partida. Esses números foram preservados em Belo Horizonte graças a um suado empate sem gols com a Inglaterra, um dos três antigos campeões mundiais recheados de astros em um Grupo D que, para a maioria dos especialistas, parecia não dar esperanças de classificação à Costa Rica.
"Sabemos que a maioria das pessoas fora da Costa Rica não esperava que fôssemos nos classificar e estamos muito felizes de ter realizado o que realizamos", diz Borges. "Mas, se outras pessoas duvidavam de nós, nós sempre soubemos que éramos capazes. E acho que você pode ver essa confiança na maneira como jogamos."
E engana-se quem pensa que os centro-americanos pretendem parar aí. "O importante agora é continuarmos mirando mais alto", afirma o meia de 26 anos. "Estamos nas oitavas de final, o que é uma conquista enorme para nós e para o nosso país, mas temos a crença real de que podemos ir mais longe. Pela maneira como estamos jogando, por que não estaríamos confiantes? Não subestimamos o quanto será difícil, mas estamos aqui para jogar e competir, e isso funcionou bem até aqui."
Borges vem sendo uma das principais referências da seleção costa-riquenha graças à sua visão e tranquilidade, além de ter garantido uma distribuição de bola essencial para um estilo de jogo que recebeu elogios generosos do técnico da Inglaterra, Roy Hodgson. A única coisa que ainda falta ao meio-campista neste Mundial é um gol, algo que ele quase conseguiu com uma soberba cobrança de falta que parecia destinada a entrar no ângulo da meta inglesa.
"Eu sabia que tinha batido bem e fiquei olhando, esperando que entrasse", comentou Borges. "Mas foi uma defesa excelente do goleiro (Ben Foster), tiro o chapéu para ele. Achei que eu ia colocar a bola onde ele não pudesse alcançar, mas ele é alto e fez bem em provar que eu estava enganado."
"Seria legal marcar um gol, mas o principal é jogarmos bem e nos divertir com o nosso futebol. E essa é a palavra que eu usaria: estamos nos divertindo. Viemos aqui para isso, para tratar tudo com seriedade e profissionalismo, mas também para jogar com um sorriso no rosto. Agora temos outro desafio, mas também outra chance de deixar ótimas lembranças ao povo costa-riquenho e escrever uma nova página na nossa história." E isso é algo que está virando uma espécie de especialidade da família...
URUGUAI
Diego Godín afunda os italianos e assegura vaga uruguaia
© AFP
FIFA.com
Poder jogar pelo empate, numa partida de vida e morte que reúne dois campeões mundiais é uma vantagem considerável. Sobretudo se o seu time – como, aliás, também o do adversário – tem a reputação de se defender bem, como é o caso da Itália. Acontece que, por muito que as batalhas no meio-campo e a falta de chances de gols tenha tomado conta de boa parte do jogo que definiu o último classificado do Grupo D, nesta terça-feira, os italianos acabaram vítima de terem sido a equipe com menos iniciativa ofensiva.
Um gol de cabeça do zagueiro Diego Godín aos 36 minutos do segundo tempo decretou a vitória do Uruguai por 1 a 0, levando os comandados de Óscar Tabárez às oitavas de final com a seis pontos, na segunda colocação da chave, atrás da Costa Rica. Para quem não se lembra, semanas atrás o zagueiro fez parecido, mas com seu clube, o Atlético de Madri: subiu muito na ára e marcou o gol decisivo, no Camp Nou, que valeu o título espanhol para os colchoeiros. Graças a ele, assim como Inglaterra e Espanha, a Itália é mais um campeão mundial que dá adeus ao Brasil 2014 ainda na fase de grupos.
Não é o caso de dizer que os uruguaios partiram para cima, enquanto os italianos se defenderam. Longe disso. A partida quase toda foi marcada pela cautela e a tensão que a ocasião pedia. A diferença é que, nas poucas vezes em que encontrou espaço para se aproximar do trio de zagueiros italiano, o Uruguai foi mais perigoso. Desde o melhor lance do primeiro tempo – duas defesas consecutivas de Gianluigi Buffon, à queima-roupa – até o momento em que, aos 14 da segunda etapa, veio o lance que mudou de vez a cara do jogo: Claudio Marchisio entrou com violência numa dividida com Egidio Arévalo Ríos e foi expulso.
Pronto. Num jogo de tão poucos espaços, um jogador a menos fez uma diferença brutal. Buffon - que, apesar da derrota, seria eleito o Craque do Jogo Budweiser - ainda barrou outra vez Suárez, aos 21 minutos, num chute rasteiro que exigiu uma defesa espetacular, mas, já a caminho do final, foi impossível: o gol de Godín encerrou a participação de uma Itália que, após começar bem o torneio, batendo a Inglaterra, só viu seu rendimento cair. E premiou a fibra de uma equipe uruguaia que, junto à Costa Rica, deixou para trás os dois europeus daquele que, a priori, era o “grupo da morte”. Os charrúas, agora, aguardam a decisão do Grupo C, ainda hoje, para saber quem fica com a liderança e será seu rival do dia 28, no Maracanã.
Pronto. Num jogo de tão poucos espaços, um jogador a menos fez uma diferença brutal. Buffon - que, apesar da derrota, seria eleito o Craque do Jogo Budweiser - ainda barrou outra vez Suárez, aos 21 minutos, num chute rasteiro que exigiu uma defesa espetacular, mas, já a caminho do final, foi impossível: o gol de Godín encerrou a participação de uma Itália que, após começar bem o torneio, batendo a Inglaterra, só viu seu rendimento cair. E premiou a fibra de uma equipe uruguaia que, junto à Costa Rica, deixou para trás os dois europeus daquele que, a priori, era o “grupo da morte”. Os charrúas, agora, aguardam a decisão do Grupo C, ainda hoje, para saber quem fica com a liderança e será seu rival do dia 28, no Maracanã.
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