terça-feira, 1 de julho de 2014

RESUMO DO DIA: 1º DE JULHO

Prorrogações emocionantes para definir os últimos classificados
Prorrogações emocionantes para definir os últimos classificados
© Getty Images
As oitavas de final da Copa do Mundo da FIFA 2014 terminaram sem uma única zebra e com Argentina e Bélgica garantindo a classificação de todos os primeiros colocados dos grupos da primeira fase. Mas, embora a lista de presentes nas quartas de final tenha correspondido às expectativas, a maneira como cada um dos vencedores conquistou sua vaga esteve longe de ser evidente.
De todas as seleções que avançaram, apenas a Colômbia convenceu, enquanto as demais ficaram mais aliviadas do que radiantes. A Argentina apenas confirmou a tendência nesta terça-feira, suando a camisa contra a Suíça até Lionel Messi dar uma assistência de ouro para Ángel Di María marcar o gol da vitória a dois minutos do fim da prorrogação.
O tempo extra também foi necessário para definir a eletrizante partida entre Bélgica e Estados Unidos, que, apesar de todas as chances de perigo, chegou ao fim do segundo tempo com o placar inalterado. Mérito em grande parte da defesa americana e, em particular, de Tim Howard, que teve atuação heroica na partida. Ainda assim, os Diabos Vermelhos acharam dois gols, com Kevin de Bruyne e Romelu Lukaku, e venceram por 2 a 1.
Para os mais supersticiosos, o modesto desempenho dos favoritos foi um bom presságio, já que os campeões mundiais têm um longo histórico de sofrimento nas oitavas de final. Dos últimos seis vencedores da Copa, apenas um (o Brasil, que bateu a Bélgica por 2 a 0 em 2002) passou pelo primeiro jogo do mata-mata com uma diferença de mais de um gol. Essa fase, ao que parece, tem sido mais um rito de passagem do que um mero passeio rumo aos degraus mais altos.
Os resultados 
Argentina 1 x 0 Suíça (na prorrogação) (Craque do Jogo Budweiser: Lionel Messi, ARG) 
Bélgica 2 x 1 Estados Unidos (na prorrogação) (Craque do Jogo Budweiser: Tim Howard, USA)
O que marcou o dia 
Hitzfeld se despede 
Ottmar Hitzfeld, um dos maiores treinadores de sua geração, sabia que havia acabado de viver sua última partida como técnico. E o fim veio com uma derrota desoladora. Tudo isso um dia após ter sido informado da morte de seu irmão, Winfried. Mas, embora o comandante da Suíça tenha falado de um "adeus com o coração repleto de emoções", a despedida se deu com a discrição e a dignidade que sempre marcaram seu estilo. Perguntado sobre o que havia dito a seus jogadores enquanto eles deixavam o campo, Hitzfeld foi simples e direto. "Apenas 'obrigado'." O país inteiro certamente gostaria de dizer o mesmo a ele.
Quem espera sempre alcançaDizem que paciência é uma virtude e, a julgar pelo que se viu nas oitavas de final, os atacantes não poderiam estar mais de acordo. Após os gols marcados no primeiro tempo dos duelos Brasil x Chile e Colômbia x Uruguai, todos os seis confrontos chegaram ao intervalo empatados em 0 a 0. Na etapa final, porém, não faltou drama e emoção nos últimos minutos. Um dia após Abdelmoumene Djabou ter marcado o gol mais tardio de uma Copa do Mundo, aos 120 minutos e 51 segundos, Di María fez ainda melhor. Embora tenha balançado a rede suíça "apenas" aos 118 minutos, o argentino decidiu um confronto de Mundial na hora mais avançada desde que Fabio Grosso (119 minutos) e Alessandro del Piero (121) desiludiram os alemães nas semifinais de 2006. Foi também o gol mais tardio da Argentina na história da competição, superando o tento de Daniel Bertoni aos 115 minutos da final de 1978. E o trio De Bruyne-Lukaku-Julian Green manteve o padrão, marcando aos 93, 105 e 107 minutos para elevar a sete a sequência de gols anotados na prorrogação.
Duelo de goleirosPoucos troféus de Craque do Jogo nesta Copa do Mundo foram conquistados com tanto suor como o de Tim Howard nesta terça-feira. O goleiro dos EUA teve atuação inspiradíssima, defendendo 16 das 18 finalizações que vieram na sua direção, muitas vezes de maneira milagrosa. A façanha lhe valeu o recorde de defesas do Brasil 2014, que pertencia ao argelino Rais M'Bolhi. A Bélgica também deve muito ao seu camisa 1. Ainda que Thibaut Courtois tenha sido muito menos exigido do que o goleiro americano, ele manteve a impressionante marca de não ter sofrido uma única derrota nos 21 jogos que disputou como titular do gol belga.
Os números 
5 - As partidas das oitavas de final que foram para a prorrogação no Brasil 2014, superando o recorde estabelecido na Itália 1990. Apenas uma vez na história da Copa do Mundo, no longínquo ano de 1938, uma fase de mata-mata havia proporcionado tantos duelos de 120 minutos.
E agora?
França x Alemanha, 4 de julho de 2014, 13h, Maracanã, Rio de Janeiro 
Brasil x Colômbia, 4 de julho de 2014, 17h, Estádio Castelão, Fortaleza 
(Ambos os jogos estão no horário local)

ARGENTINA - Subindo fase a fase em busca do auge no Brasil


Subindo fase a fase em busca do auge no Brasil
© Getty Images
Se você fosse o técnico de uma seleção que se apresenta para disputar uma Copa do Mundo da FIFA, o que preferiria para sua equipe: chegar à competição no auge do rendimento ou alcançá-lo ao longo do torneio?
O debate tem muitas facetas e é provável que gere opiniões bem diferentes. No entanto, logo vem a realidade e é preciso se adaptar a ela. É nesse ponto que está a Argentina de Alejandro Sabella, que parece vir em alta no Brasil 2014, justo antes do compromisso pelas oitavas de final contra a Suíça.
Após a cambaleante estreia contra a Bósnia e Herzegovina e uma angustiante vitória pouco convincente diante do Irã, a Alviceleste mostrou seu melhor jogo no 3 a 2 sobre a Nigéria, triunfo que lhe possibilitou ser campeã do Grupo F com 100% de aproveitamento.
"Precisamos ficar felizes com os resultados, não é fácil fazer nove pontos em nove em uma Copa", diz o experiente lateral Pablo Zabaleta à FIFA. "Mas o importante é que melhoramos ao longo da competição. Contra a Nigéria, jogamos melhor que nas partidas anteriores, e esse é o caminho a seguir, porque agora qualquer erro te deixa fora", acrescenta o defensor do Manchester City, de 29 anos.
Fernando Gago concorda com a análise, contribuindo com uma informação interessante. "O segredo para crescer em um torneio é aprender com seus erros, e isso já fizemos. Fomos crescendo pouco a pouco e agora já estamos em uma fase na qual os adversários não podem pensar que um ponto é suficiente. Assim, vamos encontrar mais espaços e, com eles, o melhor da Argentina será visto", explica o volante, que fez sua 52ª partida com a camisa da seleção diante dos africanos.
Assunto pendenteIndependentemente da evolução apontada pelos dois jogadores, companheiros de façanhas argentinas como as conquistas da Copa do Mundo Sub-20 da FIFA 2005 e do Torneio Olímpico de Futebol de Pequim 2008, fica claro que o rendimento da linha defensiva continua sendo o centro das atenções da equipe e dos adversários. Para muitos, o conjunto sofre cada vez que os rivais chegam.
"Acho que estávamos indo bem", se defende Zabaleta. "Pelo nosso estilo, é claro que às vezes deixamos muitos espaços atrás para o contra-ataque, e isso nunca é fácil para um zagueiro. Mas é nossa filosofia de jogo. Já estamos atuando assim há dois anos, com bons resultados", completa o lateral, que disputará contra a Suíça sua 40ª partida pela Argentina.
Como integrante da primeira linha de marcação de um meio-campo com clara vocação ofensiva, Gago também defende tanto o esquema defensivo quanto os companheiros. "Ouvi críticas pelos gols da Nigéria, mas os dois saíram em contra-ataques estranhos. No segundo, aliás, acho que eu chutei a bola para trás tentando tirá-la de um adversário".
Zabaleta e Gago estão certos. Revendo as imagens dos dois últimos encontros, enquanto o Irã soube aproveitar os espaços dos quais fala o defensor, transformando em grande nome do jogo o goleiro Sergio Romero, o panorama contra a Nigéria foi diferente. Na verdade, nos dois gols houve um grande mérito de Ahmed Musa: no primeiro, ele define em um chute no canto oposto diante de cinco marcadores argentinos, que voltavam para cobrir o contra-ataque; no segundo, recebe a bola no corte errado que Gago mencionou.
Ainda assim, os dois estão avisados em relação aos pontos fortes de Suíça. "Ela tem atacantes muito rápidos, e precisaremos ficar atentos. Mas nós também temos os nossos, e nosso estilo pode complicar para eles", lembra Gago. "Teremos que manter a concentração. Aqui não tem jogo fácil. É só ver quem foi eliminado e alguns dos que continuam na corrida. E todos querem jogar a final. Tomara que possamos dar o primeiro passo contra a Suíça", conclui Zabaleta.

Prévia do dia: Messi e Hazard atraem as atenções


Prévia do dia: Messi e Hazard atraem as atenções
© Getty Images
Nos últimos duelos pelas oitavas de final da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, as atenções estarão voltadas para dois artistas da bola, o argentino Lionel Messi e o belga Eden Hazard. Em campo, os dois últimos representantes europeus, Bélgica e Suíça, certamente terão trabalho diante de Argentina e Estados Unidos.
Embora tenha vivido uma temporada relativamente sem brilho com o Barcelona, Messi está disposto a deixar a sua marca neste Mundial e a assumir o posto de Diego Maradona no coração dos argentinos. O atacante já anotou quatro gols no torneio, dois deles contra a Nigéria, e foi decisivo nas três vitórias de uma Albiceleste que transmitiu a impressão de ter guardado o seu melhor futebol para a fase de mata-matas. 
Já a Suíça fez uma campanha de altos e baixos no Grupo E, goleando Honduras, passando pelo Equador de virada e sofrendo duros 5 a 2 nas mãos da França. Além disso, os suíços nunca conseguiram ganhar da Argentina (quatro derrotas e dois empates) e certamente precisarão de todo o seu potencial para contrariar os prognósticos.
A promissora seleção belga é outra que vem deixando o seu torcedor preocupado desde a estreia no torneio. Afinal, a Bélgica esperou até os últimos minutos para construir as três vitórias com que se classificou para as oitavas de final. Embora Hazard ainda não tenha balançado as redes no Brasil, é ele quem dita o ritmo da equipe de Marc Wilmots e pode fazer a diferença sozinho a qualquer momento. Em uma chave bem mais disputada, os americanos se classificaram graças ao saldo de gols superior ao de Portugal e vêm jogando com garra, inteligência e determinação, bem ao gosto do técnico Jürgen Klinsmann.
Os jogosArgentina x Suíça, Arena de São Paulo, São Paulo, 13h (hora local)
Bélgica x EUA, Arena Fonte Nova, Salvador, 17h (hora local)
Você sabia?
Messi e a Suíça 
Durante muito tempo, Messi teve recordações amargas da Suíça, país onde fez a sua estreia pela seleção argentina em amistoso contra a Hungria no dia 17 de agosto de 2005. Na ocasião, ele foi expulso por um gesto de nervosismo apenas 47 segundos depois de entrar em campo. Sete anos mais tarde, porém, o craque voltou à cidade de Berna, desta vez para entrentar os suíços, e se redimiu marcando três gols com o uniforme nacional pela primeira vez na carreira. Naquele 29 de fevereiro de 2012, deu Albiceleste por 3 a 1. Desta vez, o ídolo enfrentará o selecionado helvético em campo neutro, mas com forte presença de torcedores argentinos em São Paulo.
Três vezes BélgicaA Bélgica nunca tinha começado tão bem em uma Copa do Mundo: esta é a primeira vez que o país venceu três partidas consecutivas na competição mais importante do futebol internacional.
Cinquenta vezes três 
Com os três gols que marcou contra Honduras, o suíço Xherdan Shaqiri se tornou o 50º jogador a realizar esse feito em Mundiais. Apenas um compatriota dele figura nessa lista: Sepp Hügi em 1954 contra a Áustria.
Série 
Messi marcou pelo menos um gol nos seus três primeiros jogos no Brasil, desempenho que apenas um outro argentino registrou anteriormente: Oreste Corbatta em 1958. 
Boas lembranças
Para a partida contra a Bélgica, o retrospecto não é favorável aos Estados Unidos. O país não venceu nenhum dos últimos oito confrontos que disputou com adversários europeus, acumulando quatro empates e quatro derrotas. O triunfo mais recente aconteceu em 2002 contra Portugal, mas a equipe de Jürgen Klinsmann certamente recorda que os americanos protagonizaram no Brasil uma das maiores zebras da história da Copa do Mundo no dia 29 de junho de 1950, quando derrotaram a Inglaterra por 1 a 0 em Belo Horizonte graças a um gol de Joe Gaetjens.
Jogadores suspensos
Steven Defour (Bélgica)
AmeaçadosMarcos Rojo (Argentina); Johan Djourou (Suíça); Toby Alderweireld, Axel Witsel, Jan Vertonghen e Moussa Dembélé (Bélgica); Omar Gonzalez, Kyle Beckerman e Jermaine Jones (EUA)
Você vai gostar de verSe existe uma questão pendente entre Messi e a Suíça, os suíços também esperam dar uma resposta à Argentina. Afinal, os dois países se encontraram há 48 anos na fase de grupos da Inglaterra 1966 e os sul-americanos venceram por 2 a 0. O FIFA.com relembra os melhores momentos da partida neste vídeo. Às vésperas do confronto entre belgas e americanos, a FIFA conversou com dois experientes jogadores das duas equipes. O goleiroTim Howard, de 35 anos, e o zagueiro Daniel Van Buyten, de 36, falaram sobre a partida e as armas das respectivas seleções.
Nesse dia em...No dia 1º de julho de 2006, Portugal e Inglaterra se enfrentaram pelas quartas de final da Copa do Mundo e a festa foi lusitana em Gelsenkirchen, com a vitória por 3 a 1 nos pênaltis depois de um empate sem gols que persistiu na prorrogação. A partida ficou marcada pela expulsão de Wayne Rooney aos 17 minutos do segundo tempo, o que forçou os ingleses a jogarem por quase uma hora em desvantagem numérica, e pelo desempenho do goleiro português Ricardo, que defendeu três cobranças na decisão por penalidades. Além disso, o técnico Luiz Felipe Scolari confirmou-se no papel de carrasco oficial da Inglaterra, a quem eliminou pela terceira vez. Em 2002, a Seleção Brasileira comandada por Felipão venceu por 2 a 1 nas quartas de final do Mundial. Já na Euro 2004, o treinador levou os portugueses às semifinais com outro triunfo nos pênaltis, por 6 a 5, depois de um empate em 2 a 2.
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segunda-feira, 30 de junho de 2014

FRANÇA 2 X 0 NIGÉRIA


Custou, mas pressão francesa resultou em gols e vaga

Custou, mas pressão francesa resultou em gols e vaga
© Getty Images
O ataque da seleção francesa deixou seus torcedores ligeiramente mal-acostumados após os dois primeiros jogos da Copa do Mundo da FIFA, em que golearam Honduras e Suíça, somando oito gols. Depois do 0 a 0 contra os equatorianos na última rodada, a dianteira veloz e habilidosa comandada por Karim Benzema bem que reapareceu nas oitavas de final diante da Nigéria. Só que custou muito até que seu desempenho resultasse em gols e na vitória.
Durante quase toda a partida no Estádio Nacional Mané Garrincha, o goleiro nigeriano Vincent Enyeama foi impecável: salvou seu time de todo jeito. Até que, após uma falha sua num cruzamento, Paul Pogba - eleito o Craque do Jogo Budweiser - abriu o caminho para um 2 a 0, completado por um gol contra de Joseph Yobo. A resistência africana durou o quanto pôde e, com muito custo, os franceses fizeram sua ofensividade valer vaga nas quartas de final, em que aguardam o vencedor do duelo entre Alemanha e Argélia para um duelo na sexta-feira, dia 4 de julho, no Maracanã.

Entre a aptidão da França para contra-atacar com velocidade e o jogo tipicamente físico da Nigéria, a partida foi de uma intensidade sufocante: quase não havia bola parada no meio-campo, e o que não faltavam eram ocasiões em que a bola rondava os dois gols. Na melhor oportunidade da primeira etapa, após fazer bela jogada individual, Paul Pogba completou com um belíssimo sem-pulo um cruzamento da direita de Mathieu Valbuena. Vincent Enyeama – um dos destaques do Campeonato Francês nesta temporada, quando bateu o recorde de minutos com a meta invicta – fez uma defesa espetacular. 

Grande chance? Quase gol? Pois ainda faltava vir aquelas que eram realmente oportunidades cristalinas: aos 25 da segunda etapa, uma das envolventes tabelas rápidas do ataque francês, que tanto apareceram nos dois primeiros jogos, deu certo: Karim Benzema tabelou com Antoine Griezmann e saiu na cara de Enyeama. O nigeriano saiu bem no chute de canhota e, ainda assim, a bola rumava para o gol. Victor Moses afastou, quase em cima da linha. Cinco minutos depois, teve mais: chute cruzado de Benzema que a zaga afasta na pequena área e, no rebote, Yohan Cabaye acertou uma pancada no travessão. 

Tanto foi que, uma hora, ficou impossível. E, ironia maior, o único gol do jogo veio justamente numa falha daquele que, até então, vinha sendo, disparado, o melhor da Nigéria. No escanteio batido pela direita, por Valbuena, Enyeama saiu para cortar, na entrada da pequena área. Errou o tempo de bola, apenas resvalou e deixou que ela passasse em direção o segundo pau. Lá, Pogba, sozinho, cabeceou para o gol.
Aí, bem, os espaços ficaram inevitáveis. Num contra-ataque cujo último passe foi, outra vez, do baixinho Valbuena, Yobo cortou cruzamento de forma errada e jogou dentro do próprio gol. Àquela altura, já não dava mais para cobrar resistência dos nigerianos:  de tanto bater, a França estava nas quartas.

ALEMANHA - Boateng: "Essa equipe argelina é capaz de tudo


Boateng: "Essa equipe argelina é capaz de tudo"
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"Viva o seu sonho" — é com essas palavras que Jérôme Boateng recebe os fãs no seu site oficial. Ele prossegue dizendo: "Você fica acordado por um longo tempo. As imagens estão diante dos seus olhos. As imagens dos seus ídolos. E então você também se enxerga em meio a eles. Fica claro que aquilo é apenas um sonho. Mas então você luta e o transforma em realidade."
O zagueiro alemão está realmente vivendo o seu sonho. Nos últimos anos, ele conquistou literalmente todos os títulos possíveis pelo Bayern de Munique: Campeonato Alemão, Copa da Alemanha, Liga dos Campeões da UEFA e Copa do Mundo de Clubes da FIFA. Pela seleção alemã, o Mundial no Brasil está sendo o segundo da carreira do jogador de 25 anos, que quer finalmente erguer a taça.
"Temos jogadores fantásticos na nossa equipe e uma grande qualidade tanto entre os titulares quanto no banco de reservas", afirmou Boateng em entrevista à FIFA. "Sendo assim, podemos mudar o jogo e qualquer um é capaz de influenciar uma partida a qualquer momento. Isso certamente é um dos nossos pontos fortes."
Sem gols sofridos com Boateng em campo
O jogador nascido em Berlim desempenha um papel essencial no esquema tático do treinador Joachim Löw. Ao lado de Per Mertesacker, Mats Hummels e Benedikt Höwedes, Boateng faz a sua parte no sistema defensivo geralmente pelo lado direito. Até o momento, a Alemanha sofreu três gols em três partidas, mas a equipe não foi vazada nas duas vezes em que ele entrou como titular. 
É interessante observar que Boateng havia saído de campo quando Gana marcou os seus dois gols no selecionado germânico. "Até agora jogamos muito bem, exceto no segundo tempo contra Gana", avalia. "Foi uma verdadeira troca mútua de golpes, que realmente queríamos evitar. Mas contra Portugal e EUA tivemos um bom desempenho. Em geral podemos ficar satisfeitos. No fim das contas, nos classificamos com tranquilidade. Agora queremos dar o próximo passo contra a Argélia."
A equipe africana certamente será um adversário complicado nesta segunda-feira, e Löw mostrou ter consciência disso. "É possível sentirmos uma grande determinação e muita ambição", comentou o treinador. "Os jogadores têm relações com a França, muitos passaram por uma formação muito boa no país. E poucas vezes vi uma equipe tão forte fisicamente e tão robusta. Os atacantes argelinos são rápidos e a defesa deles é forte. É uma equipe compacta e muito determinada nas divididas. Engana-se quem achar que já devemos começar a pensar nas quartas de final. Essa equipe é capaz de tudo."
Um sonho realizado
Boateng se mostrou em sintonia com as opiniões do seu comandante quando questionado pela FIFA sobre o duelo com os africanos. "Estamos concentrados", disse ele. "Será um jogo difícil, um adversário forte. Os argelinos não têm nada a perder e precisamos nos concentrar no nosso próprio jogo. Mas estou convencido de que conseguiremos dar o máximo de nós e de que vamos nos classificar."
Impulsionado pela confiança adquirida nos últimos anos no Bayern, o versátil jogador havia estabelecido grandes objetivos antes mesmo de viajar ao Brasil. "Espero que consigamos chegar à final e então vençamos também na decisão", afirmou ele aoFIFA.com na ocasião.
As condições para isso parecem muito boas e a seleção alemã está se sentindo à vontade no Brasil. "Todos estão tranquilos e gostamos de ouvir a música brasileira", explicou Boateng. "A nossa concentração é fantástica e o clima é ótimo. Mas isso não significa que vamos relaxar."
Caso a Alemanha consiga passar pela Argélia, outras grandes equipes estarão esperando por Boateng e companhia nas fases seguintes. Diante de duelos tão grandiosos, não é exagero dizer que o sonho do jogador já foi realizado há um bom tempo.

Prévia do dia: africanos desafiam europeus

No terceiro dia de disputas pelas oitavas de final da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, a África lançará um enorme desafio à Europa. A Argélia se classificou aos mata-matas pela primeira vez na história e não teme mais nenhum adversário — nem mesmo a tricampeã mundial Alemanha. Afinal, os dois países já se enfrentaram duas vezes e o retrospecto não deixa margem a dúvidas: foram duas vitórias argelinas, uma em amistoso de 1964 (2x0) e outra na fase de grupos do Mundial de 1982 (2x1).
A França também perdeu da Nigéria no único confronto entre as duas nações, em 2009. Os Bleus realizaram um começo de Mundial exemplar e marcaram oito gols em dois jogos antes de passarem em branco no empate com o Equador. Já os nigerianos tiveram uma campanha de altos e baixos numa chave mais equilibrada que o previsto. Embora não tenham conseguido balançar as redes do Irã no jogo de estreia, eles venceram o principal concorrente, a Bósnia e Herzegovina, antes de fazerem a sua melhor apresentação contra a Argentina, apesar da derrota por 3 a 2. A tradição e as estatísticas são favoráveis aos franceses, mas qual será o verdadeiro rosto das duas equipes quando a brazuca começar a rolar em Brasília?





Torcedores chegam para a partida entre Coréia do Sul e Argélia, no estádio Beira Rio, em Porto Alegre
Torcedores chegam para a partida entre Coréia do Sul e Argélia, no estádio Beira Rio, em Porto Alegre
Prévia do dia: africanos desafiam europeus
© Getty Images

Bastian Schweinsteiger of Germany celebrates with Sarah Brandner

Quinta-feira, 26 Junho 2014
RECIFE, BRAZIL - JUNE 26: Bastian Schweinsteiger of Germany celebrates with Sarah Brandner after defeating the United States 1-0 during the 2014 FIFA World Cup Brazil group G match between the United States and Germany at Arena Pernambuco on June 26, 2014 in Recife, Brazil. (Photo by Martin Rose/Getty Images)

Germany pose for a team photo

Quinta-feira, 26 Junho 2014
RECIFE, BRAZIL - JUNE 26: Germany pose for a team photo prior to the 2014 FIFA World Cup Brazil group G match between the United States and Germany at Arena Pernambuco on June 26, 2014 in Recife, Brazil. (Photo by Martin Rose/Getty Images)

Bastian Schweinsteiger (L) and Lukas Podolski of Germany stand with their player escorts

Quinta-feira, 26 Junho 2014
RECIFE, BRAZIL - JUNE 26: Bastian Schweinsteiger (L) and Lukas Podolski of Germany stand with their player escorts prior to the 2014 FIFA World Cup Brazil group G match between the United States and Germany at Arena Pernambuco on June 26, 2014 in Recife, Brazil. (Photo by Martin Rose/Getty Images)

Aissa Mandi of Algeria celebrates

Sexta-Feira, 27 Junho 2014
CURITIBA, BRAZIL - JUNE 26: Aissa Mandi of Algeria celebrates after a 1-1 draw during the 2014 FIFA World Cup Brazil Group H match between Algeria and Russia at Arena da Baixada on June 26, 2014 in Curitiba, Brazil. (Photo by Mike Hewitt - FIFA/FIFA via Getty Images)

Football - Algeria v Russia - FIFA World Cup Brazil 2014 - Group H - Arena da Baixada, Curitiba, Brazil - 26/6/14 Algeria's Islam Slimani, Budweiser Man of the Match Mandatory Credit: Action Images / Alex Morton

Sexta-Feira, 27 Junho 2014
Football - Algeria v Russia - FIFA World Cup Brazil 2014 - Group H - Arena da Baixada, Curitiba, Brazil - 26/6/14 Algeria's Islam Slimani, Budweiser Man of the Match Mandatory Credit: Action Images / Alex Morton

Fans arrive prior to the 2014 FIFA World Cup Brazil Group F match between Nigeria and Argentina

Quarta-feira, 25 Junho 2014
PORTO ALEGRE, BRAZIL - JUNE 25: Fans arrive prior to the 2014 FIFA World Cup Brazil Group F match between Nigeria and Argentina at Beira Rio Stadium on June 25, 2014 in Porto Alegre, Brazil. (Photo by Vinicius Costa/ Getty Images)
Os jogos

Nigeria pose for a team photo prior to the 2014 FIFA World Cup Group F match against Bosnia-Herzegovina

Sábado, 21 Junho 2014
CUIABA, BRAZIL - JUNE 21: Nigeria pose for a team photo prior to the 2014 FIFA World Cup Group F match between Nigeria and Bosnia-Herzegovina at Arena Pantanal on June 21, 2014 in Cuiaba, Brazil. (Photo by Clive Brunskill/Getty Images)
Oitavas de final
França x Nigéria, Estádio Nacional, Brasília, 13h (hora local)
Alemanha x Argélia, Estádio Beira-Rio, Porto Alegre, 17h (hora local)

Você sabia?

Artilharia
O alemão Miroslav Klose, que já marcou 15 gols em Mundiais, só precisa de mais um para superar o brasileiro Ronaldo e se tornar o maior artilheiro da história da Copa do Mundo da FIFA. Klose colocou cinco bolas na rede em 2002, outras cinco em 2006, quatro em 2010 e uma em 2014.

Marca inédita
A Nigéria é a primeira equipe africana a alcançar a etapa de mata-matas em três oportunidades (1994, 1998 e 2014). O melhor desempenho de uma seleção da África em Copas do Mundo é a participação nas quartas de final, feito registrado por Camarões (1990), Senegal (2002) e Gana (2010).

Reencontros
No dia 2 de junho de 2009, a Nigéria derrotou a França por 1 a 0 em amistoso realizado na cidade de Saint-Etienne. Cinco jogadores presentes no Brasil participaram daquele encontro: os franceses Patrice Evra, Loïc Rémy e Karim Benzema e os nigerianos Peter Odemwingie e Vincent Enyeama.

No bom caminho
Desde 1958, esta é a sexta vez que a França se classifica para os mata-matas, e o país sempre chegou às semifinais quando conseguiu superar a fase de grupos: 1958 (terceiro lugar), 1982 (quarto lugar), 1986 (terceiro lugar), 1998 (campeão), 2006 (vice-campeão).
Números
Contra a Argélia, a Alemanha disputará a sua partida de número 889 com um excepcional balanço de 515 vitórias, 181 empates e apenas 192 derrotas. Ao longo desses encontros, os alemães marcaram a bagatela de 1.996 gols, o que representa uma média de 2,24 por partida.
Jogadores suspensos
Nenhum

Ameaçados
Benedikt Höwedes (Alemanha); Nabil Bentaleb, Nabil Ghilas, Liassine Cadamuro, Djamel Mesbah e Madjid Bougherra (Argélia); Paul Pogba e Patrice Evra (França);
Juwon Oshaniwa, Kenneth Omeruo e John Obi Mikel (Nigéria)

Você vai gostar de verO encontro entre Argélia e Alemanha trará lembranças para alguns torcedores. Há 32 anos, os argelinos escreveram uma das mais belas páginas da sua história ao vencerem os germânicos por 2 a 1 na fase de grupos da Espanha 1982. Relembre a façanha em vídeo e nas nossas entrevistas exclusivas com Lakhdar Belloumi e Rabah Madjer.
Na França, todos se perguntam como a seleção conseguiu se transformar tão rapidamente em uma equipe unida, que joga bem e marca um gol atrás do outro (26 em oito jogos, contra apenas três gols sofridos) depois de perder da Ucrânia por 2 a 0 em Kiev no primeiro duelo da repescagem, em novembro do ano passado. O técnico Didier Deschamps deu parte da resposta em entrevista concedida à FIFA.
FIFA.com também conversou com o capitão da Nigéria, Joseph Yobo, às vésperas da partida contra a França. O ex-jogador do Olympique de Marselha completou recentemente a marca de cem jogos pela seleção e garante querer mais.
Nesse dia em...
No dia 30 de junho de 2002, o Brasil conquistou o seu quinto título mundial ao derrotar a Alemanha por 2 a 0 em Yokohama, no Japão. O trio formado por Ronaldinho, Rivaldo e Ronaldo era o grande destaque do 3-4-1-2 da equipe então comandada por Luiz Felipe Scolari. Os dois gols da vitória saíram dos pés de Ronaldo, que foi o artilheiro da competição com oito gols, enquanto o capitão Cafu se transformou no primeiro jogador a disputar três finais de Copa do Mundo consecutivas. Vale lembrar que Miroslav Klose também já fazia parte do ataque alemão.

Fracasso do 7 de Setembro na Paulista iniciou o enterro do velho bolsonarismo

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