quarta-feira, 25 de junho de 2014

BRASIL 2014


Klinsmann e Löw: um reencontro especial em Recife

Dois homens, diferentes personalidades, mas tantas coisas em comum. De um lado, Joachim Löw se destaca pela sua racionalidade e pela meticulosidade nos planejamentos. Do outro, Jürgen Klinsmann é capaz de mover montanhas com o seu entusiasmo e o seu ímpeto. Houve tempos em que os dois formavam uma dupla perfeita. Ainda hoje, eles são considerados os mentores do novo e espetacular estilo ofensivo do selecionado germânico. E era uma cena comum vê-los se abraçando ao comemorar gols e vitórias durante a revigorante campanha alemã na Copa do Mundo da FIFA 2006 disputada no seu próprio país. Mas nesta quinta-feira tudo isso será totalmente esquecido durante 90 minutos. 
Quando for dado o pontapé inicial da partida entre Alemanha e EUA, em Recife, pela última rodada do Grupo G da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, Klinsi e Jogi, como são carinhosamente conhecidos no seu país, estarão em lados opostos. O ex-jogador e ex-treinador da seleção alemã é hoje o técnico da seleção americana. E o seu antigo assistente há muito tempo é o comandante da Nationalelf. "Somos bons amigos, mas ele está fazendo o trabalho dele e eu estou fazendo o meu", afirmou Klinsmann, deixando claro que o momento é de deixar as amizades de lado. "Agora não é hora para telefonemas entre amigos. Agora é hora de negócios!"
Sob pressão, mas confiante
Neste Mundial, já tivemos um confronto entre dois meios-irmãos. E possivelmente veremos outros treinadores enfrentando os seus próprios países. Mas o duelo entre os dois alemães será muito especial em vários sentidos. A tensão acumulada chegará a um ponto extremo para Klinsmann. Por um lado, o treinador, que mora na Califórnia há 16 anos, corre o risco de ver mais uma vez uma equipe formada por ele fracassar no momento decisivo. Por outro, o seu sucesso será enorme caso a seleção americana consiga um triunfo contra a Alemanha, considerada uma das favoritas ao título mundial, e com isso prove definitivamente que tem condições de competir de igual para igual com os melhores do planeta.
É indiscutível o fato de que poucas vezes vimos a seleção americana tão confiante quanto ela vem se apresentando no Brasil 2014. "Viajaremos para o Recife com a ambição e a confiança para derrotar a Alemanha", afirmou Klinsmann com uma atitude que certamente desperta muitas boas memórias nos seus compatriotas. No seu caso, declarações como essa não são motivadas por arrogância ou irreverência, mas puramente pela vontade de Klinsmann de acreditar em um objetivo e fazer de tudo para alcançá-lo. Depois da vitória por 2 a 1 na estreia contra Gana e do empate por 2 a 2 contra Portugal, quando os três pontos escaparam das suas mãos nos últimos segundos da partida, o treinador com certeza tem bons motivos para estar confiante.
Na concentração alemã, todos conhecem o novo potencial do selecionado americano. "Os americanos passaram por um avanço notável nos últimos anos, graças também a Jürgen Klinsmann", afirmou Löw. Pela situação do grupo, a derrota poderia ter consequências trágicas tanto para a Alemanha quanto para os EUA. Se perderem, os alemães até devem se classificar, mas apenas na segunda colocação, enquanto os americanos teriam boas chances de serem eliminados com uma derrota. "Obviamente queremos permanecer na liderança do grupo", disse Löw.
Entre a amizade e a rivalidade
Não poderia haver um roteiro melhor para este confronto. Os dois amigos têm muitas coisas em comum. A idade de ambos é parecida, uma vez que Löw tem 54 anos e Klinsmann completará 50 no mês que vem. Os seus locais de nascimento ficam a menos de 200 quilômetros um do outro — o técnico da seleção alemã nasceu na região da Floresta Negra e o do selecionado americano na Suábia. E nas últimas semanas os dois afirmaram em entrevistas exclusivas ao FIFA.com que prefeririam não precisar enfrentar o ex-companheiro.
"Ficamos pensando: 'esse jogo precisa mesmo acontecer?'", contou Klinsmann antes do torneio no site oficial da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. "Por outro lado, precisamos aceitar as coisas como elas são. Faremos de tudo para fazer uma boa partida contra a Alemanha. Temos a ambição de passar para a próxima fase e se precisarmos de um ou três pontos, tentaremos conquistá-los."
Löw manifestou sentimentos parecidos. "Não será a primeira vez que vamos viver isso, esta situação já aconteceu na nossa viagem para os EUA no verão passado", lembrou o técnico da Alemanha. "Mas é claro que desta vez há muito mais em jogo. Sempre fico feliz de me encontrar com o Jürgen. A nossa relação permanece próxima até hoje. Valorizo a opinião dele, para mim é sempre interessante ouvir o que ele pensa sobre situações e equipes. E nem precisa ser apenas sobre futebol. Quando trabalhamos juntos, funcionamos muito bem como equipe, foi uma época incrivelmente agitada e marcante. Sei que tenho a agradecer a Jürgen."
Para ler as entrevistas completas de Joachim Löw e Jürgen Klinsmann ao FIFA.com, clique nos links correspondentes. As declarações do treinador dos EUA também podem ser vistas em vídeo.
Por um curto período de tempo, tudo isso será esquecido. A questão agora é se classificar para as oitavas de final do Brasil 2014. O resultado será determinante para as duas seleções. O último duelo de grande importância entre Alemanha e EUA aconteceu no Mundial de 2002.
Os americanos faziam uma sensacional campanha na Coreia do Sul/Japão 2002 quando foram eliminados pela Alemanha nas quartas de final. Os alemães venceram pelo magro placar de 1 a 0, graças a um gol de Michael Ballack. Dois anos e 39 dias depois, teve início a trajetória comum de Klinsmann e Löw no comando do selecionado germânico. Agora, eles viverão mais um grande momento, mas em lados opostos.
Você se lembra? Reveja os melhores momentos do duelo entre EUA e Alemanha pelas quartas de final da Copa do Mundo 2002 clicando no link correspondente.

RESUMO DO DIA

Descontração na hora 
de se classificar
Descontração na hora de se classificar
© Getty Images
Geralmente, os pequenos detalhes fazem com que a diversão seja ainda maior. Quando o argentino Ezequiel Lavezzi estava recebendo instruções do treinador Alejandro Sabella na linha lateral, ele resolveu dar no seu comandante sem qualquer motivo aparente uma esguichada do líquido que estava bebendo. Essa não foi a única situação refrescante do penúltimo dia da fase de grupos da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. E esta quarta-feira de partidas tão emocionantes e turbulentas precisava mesmo de um gesto mais descontraído como esse.
Pelo Grupo E, a Argentina se classificou invicta para as oitavas de final, seguida da Nigéria, que avançou mesmo com a derrota na terceira rodada. Já pelo Grupo F, França e Suíça garantiram mais representantes europeus na próxima fase do torneio. Outros elementos que serviram para aplacar a tensão foram dois gols de um superastro do futebol mundial, mais dois de uma revelação e nada menos do que três de um talentoso meia-atacante.
Por sua vez, a estreante Bósnia e Herzegovina se despediu do Brasil 2014 também de cabeça fria. Os bósnios comemoraram contra o Irã a sua primeira vitória na história dos Mundiais e se mostraram orgulhosos dos três pontos conquistados. "Uma Copa do Mundo é algo inesquecível", afirmou o capitão Emir Spahic depois do apito final em entrevista aoFIFA.com.
Os resultadosNigéria 2 x 3 Argentina (Craque do Jogo Budweiser: Lionel Messi, ARG)
Bósnia Herzegovina 3 x 1 Irã (Craque do Jogo Budweiser: Edin Dzeko, BIH)
Honduras 0 x 3 Suíça (Craque do Jogo Budweiser: Xherdan Shaqiri, SUI)
Equador 0 x 0 França (Craque do Jogo Budweiser: Alexander Dominguez, ECU)

O que marcou o dia
Dois gols de presente de aniversário atrasado
Ele já é um dos grandes nomes da história do futebol mundial. Mas a busca de Lionel Messi por novas marcas não para. O craque quatro vezes eleito o Jogador do Ano da FIFA marcou contra os nigerianos não apenas o primeiro gol de falta da Argentina em um Mundial desde Daniel Passarela na Espanha 1982, mas também se tornou o primeiro jogador do seu país, depois de Gabriel Batistuta e Oreste Corbatta, a balançar as redes adversárias em três jogos consecutivos de Copa do Mundo. E há outro aspecto ainda mais importante para o meia-atacante que completou 27 anos na terça-feira: depois de não marcar nenhum gol na África do Sul 2010, o camisa 10 argentino já balançou as redes quatro vezes no Brasil 2014.
Dois gols de uma promessa
Ahmed Musa igualou a façanha de Messi no dia de hoje. O jovem atacante nigeriano não ficou devendo nada para o craque argentino em Porto Alegre e também marcou dois gols. Os especialistas certamente se recordam das suas atuações na Copa do Mundo Sub-20 da FIFA 2011, quando ele arrasou a Colômbia com três gols. Na ocasião, quando a Nigéria foi eliminada nas quartas de final contra a França, Musa não conseguiu deixar o seu, mas isso certamente será uma motivação extra para ele ajudar a sua equipe a conseguir uma vitória nas oitavas de final justamente contra os gauleses.
Três gols na hora certa
Que ele é um jogador explosivo e dinâmico todos já sabiam. Mas não poderia haver um momento melhor para Sherdan Shaqiri comprovar do que contra Honduras. O meia-atacante suíço havia reclamado recentemente das duras críticas que vinha recebendo. E ele respondeu a elas com três gols na vitória por 3 a 0 do selecionado helvético em Manaus. Com isso, o jogador se tornou o primeiro suíço desde Adrian Knup há 20 anos a marcar mais de um gol pela Suíça em uma partida de Copa do Mundo. Além disso, ele foi o 50º jogador a balançar as redes três vezes ou mais em um mesmo jogo de um Mundial. A explosão de Shaqiri pode ser interpretada como a típica reação de um grande jogador. E certamente a equipe de Ottmar Hitzfeld terá uma tranquilidade adicional na fase de mata-mata por saber da capacidade do craque.
Os números
1 –
 Pela primeira vez desde a Coreia do Sul/Japão 2002, os 32 participantes da Copa do Mundo sofreram pelo menos um gol na fase de grupos. A Nigéria foi a última seleção a ser vazada nesta quarta-feira. O camisa 10 argentino precisou de apenas três minutos para fazer o que Bósnia e Irã não haviam conseguido. Depois da partida, o técnico nigeriano Stephen Keshi encontrou uma explicação interessante, mas pouco provável para a enorme qualidade do argentino. "O Messi é de Júpiter", disse.

HONDURAS 0 X 3 SUÍÇA

Resposta à altura: Shaqiri lidera vitória e classificação suíça
Resposta à altura: Shaqiri lidera vitória e classificação suíça
© Getty Images
Abalada pela goleada sofrida contra a França, a Suíça chegou à última rodada do Grupo E precisando de uma boa reação para sonhar com a vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo da FIFA. E a resposta para todas as dúvidas viriam dos pés de Xerdan Shaqiri. Ainda sem brilhar no Brasil 2014, o baixinho sobrou na partida disputada em Manaus, fez todos os gols na vitória por 3 a 0 e, de quebra, garantiu a classificação dos europeus à próxima fase.
No entanto, mesmo com o apito final foi preciso esperar para comemorar. Isso porque os jogadores ainda aguardavam o fim da partida entre Equador e França, que terminou empatada em 0 a 0. Com o resultado no Rio, os helvéticos confirmaram a segunda posição da chave com seis pontos, à frente dos equatorianos, e agora encaram a Argentina em busca de vaga nas quartas.
Após a goleada para a França, Omar Hitzfeld esperava uma reação à altura de seus jogadores, e Shaqiri, eleito Craque do Jogo Budweiser, não decepcionou. O jogador do Bayern de Munique liderou todas as melhores jogadas de ataque e abriu seu repertório logo aos seis minutos de jogo, em chute de fora da área que entrou no ângulo de Valladares.
E ele não parou por aí. O segundo viria aos 32, em contra-ataque rápido puxado por Inler, que passou pelos pés de Drmic e terminou com o camisa 23 fuzilando na entrada da área. Envolvente, a dupla Shaqiri-Drmic ainda teria duas chances claras, com o meia deixando o atacante na cara do gol, mas com Valladares fazendo boas defesas em ambas oportunidades.
Honduras tinha mais posse de bola e até voltaria melhor no segundo tempo, chegando na cara de Benaglio ao menos em três ocasiões. Na melhor delas, Bengtson até driblou o goleiro e tocou para o gol, mas Rodriguez salvou em cima da linha. A defesa suíça, aliás, mostrou falhas mais uma vez, assim como no jogo contra a França, mas escapou dos gols pela falta de pontaria dos hondurenhos, que se despediram do Mundial com apenas um gol marcado.
E se tinha até menos oportunidades na frente, pelo menos a Suíça saía com inteligência e qualidade. E foi em um desses contra-ataques que Shaqiri selaria a boa vitória, desta vez recebendo de Drmic e concluindo de esquerda, sem chances para Valladares. A vitória estava garantida, mas a festa só começaria um pouco depois, já com a certeza da classificação.

ARGENTINA

Em (mais um) dia de Messi, Rojo também chama a atenção
Em (mais um) dia de Messi, Rojo também chama a atenção
Se você é argentino, nasceu no final dos anos 1980, integra a seleção e joga na defesa, pode ter uma certeza: nunca estará nas manchetes. Essas estão reservadas a Lionel Messi, exímio colecionador de gols, atuações espetaculares e troféus de Craque do Jogo. Não foi diferente nesta quarta-feira, contra a Nigéria, pela última rodada do Grupo F. Mas houve uma pequena novidade em Porto Alegre: o gol da vitória teve a assinatura de... Marcos Rojo.
Nada de Messi, Gonzalo Higuaín, Sergio Agüero ou Ángel di María. O herói do dia foi um lateral-esquerdo que, em 24 jogos pela Albiceleste, só aparecia por roubadas de bola e o trabalho nas sombras. "Um gol, meu primeiro na seleção, em uma Copa do Mundo e, ainda por cima, para dar a vitória à seleção. Não poderia ter sonhado melhor." Essas foram as primeiras palavras do discreto "artilheiro" na entrevista ao FIFA.com, enquanto Messi concentrava os holofotes de emissoras do mundo inteiro. "Não dá nem para pedir mais, ainda que o gol não tenha sido muito bonito", acrescentou Rojo em referência ao seu toque de joelho após uma cobrança de escanteio.
Os livros de história não dão a mínima importância para a estética. Eles só registram o resultado. E no capítulo dedicado à Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, ficará gravado que o gol de Rojo saiu logo após o empate da Nigéria em 2 a 2, no início do segundo tempo, garantindo a primeira colocação do grupo aos argentinos. "Hoje estivemos muito mais inspirados no ataque", destacou o lateral do Sporting de Portugal em comparação com as vitórias pouco convincentes diante da Bósnia e Herzegovina (2 a 1) e do Irã (1 a 0), ambas conquistadas graças a Messi. "Nossos jogadores ofensivos deixaram o duelo mais fácil ao marcarem rapidamente. Sempre ficamos mais tranquilos quando estamos à frente no placar."
Espectador privilegiado
O plural em "jogadores ofensivos" foi generosidade de Rojo, já que os dois primeiros gols da Argentina foram marcados pela "Pulga". Mas é preciso reconhecer também que ele contou com a luxuosa ajuda de Di María, Higuaín e Ezequiel Lavezzi (substituto do lesionado Agüero), que tiveram atuações mais expressivas do que nas duas primeiras rodadas. "A razão dessa melhora é que hoje tivemos mais espaços, porque a Nigéria jogou para frente, em busca da vitória", analisou o ex-jogador do Estudiantes e do Spartak de Moscou. "Isso naturalmente deixou a partida mais aberta. E sabíamos que, se tivéssemos mais espaço do que nos dois outros jogos, teríamos mais oportunidades de marcar."
Com seis gols anotados em três confrontos, a Argentina garantiu a primeira posição da chave e uma vaga nas oitavas de final contra o segundo colocado do Grupo E, que tem França, Suíça, Equador ou Honduras. "Agora começa uma outra competição", advertiu o lateral. "Não há mais margem para erro. Ou você ganha, ou volta para casa. Para mim, é a melhor parte do torneio."
Evidentemente, quando se tem um tetracampeão da Bola de Ouro FIFA no elenco, é possível sonhar ainda mais alto. "É um deleite vê-lo jogar desde lá da defesa", admitiu Rojo, enquanto Messi passava diante dos jornalistas com seu troféu de Craque do Jogo debaixo do braço.
Hora de Rojo sair de cena discretamente. Afinal, ele é argentino, nasceu no final dos anos 1980, joga na defesa...

QUARTA-FEIRA, 25 DE JUNHO

Prévia do dia: duas vagas e meia em disputa nos Grupos E e F
Prévia do dia: duas vagas e meia em disputa nos Grupos E e F
© Getty Images
Duas vagas e meia para as oitavas de final seguem abertas nos Grupos E e F. A França já está com um pé nos mata-matas. Após duas vitórias, a seleção francesa depende apenas de um empate diante do Equador para avançar. Pode passar até mesmo com uma derrota, desde que não seja por goleada. Se a equipe de Didier Deschamps perder e a Suíça bater Honduras, três seleções finalizarão a chave com seis pontos, e o saldo de gols é que decidirá — a França sobra por enquanto, com saldo positivo de 6, contra 0 do Equador e -2 da Suíça. 
O vencedor deste grupo provavelmente evitará um confronto com a Argentina na próxima fase. A equipe de Alejandro Sabella está classificada e próxima da liderança do Grupo F, graças a duas vitórias comandadas por Lionel Messi. Para acabarem na ponta da chave, os argentinos precisam de pelo menos um empate diante da Nigéria, que pode ultrapassar os bicampeões se vencer o jogo em Porto Alegre. O Irã, por sua vez, ainda mantém chances de classificação. Terá de vencer a Bósnia e torcer por uma derrota da Nigéria diante da líder do grupo.

Os jogos- Nigéria x Argentina (Grupo F), Estádio Beira-Rio, Porto Alegre, 13:00 (horário local)
- Bósnia x Irã (Grupo F), Arena Fonte Nova, Salvador, 13:00 (horário local)
- Honduras x Suíça (Grupo E), Arena Amazônia, Manaus, 16:00 (horário local)
- Equador x França (Grupo E), Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro, 17:00 (horário local)

Você sabia?
A espera terminou
O gol de Carlos Costly na derrota de Honduras para o Equador por 2 a 1 encerrou um jejum do país de 511 minutos sem marcar gols em Copas do Mundo da FIFA. O último havia sido de Eduardo Laing, contra a Irlanda do Norte, em 20 de junho de 1982. Os hondurenhos ficaram a apenas sete minutos de superar o recorde negativo da Bolívia, que ficou 518 sem marcar em Copas do Mundo. 

Nota dez 
Os gols de Lionel Messi fizeram ressurgir a tradição artilheira dos camisas 10 da Argentina - um número temido pelos adversários da Albiceleste no passado. Ariel Ortega havia sido o último 10 a marcar pelos argentinos numa Copa do Mundo, diante da Jamaica, em 21 de junho de 1998. Ortega não balançou as redes em 2002, bem como Juan Román Riquelme em 2006 e Messi em 2010. O primeiro gol de Messi no Brasil 2014 foi também o seu primeiro em uma Copa do Mundo após 623 minutos de jejum. O último havia sido contra Sérvia e Montenegro, oito anos atrás. 

Entrando na história 
O atacante Vedad Ibisevic, que atua na Alemanha pelo Stuttgart, teve a honra de ser o autor do primeiro gol da Bósnia e Herzegovina em uma Copa do Mundo. Já Joseph Yobo deve se tornar o primeiro nigeriano a disputar 100 jogos pela seleção na partida contra a Argentina.

Segue o tabu 
A França está há seis jogos invicta em partidas de Copa do Mundo contra adversários sul-americanos. Foram três vitórias e três empates desde a derrota por 2 a 1 para a Argentina durante a fase de grupos de 1978. 

Jogadores suspensosYohan Cabaye (FRA)

Pendurados- Jefferson Montero, Juan Paredes, Antonio Valencia e Enner Valencia (ECU)
- Patrice Evra, Paul Pogba (FRA)
- Jerry Bengtson, Victor Bernárdez, Boniek García e Luis Garrida (HON)
- Javad Nekounam, Masoud Shojael e Andranik Timotian (IRN) 
- John Obi Mikel (NGA)
- Haris Medunjanin e Emir Spahic (BIH)
- Johann Djourou (SWI)

Você vai gostar de ver"Não acho que a postura venha apenas com a idade", afirmou o zagueiro francês Raphael Varane, 21 anos, ao FIFA.com. "Pessoalmente falando, acho que é algo que eu sempre tive; é algo natural". Saiba mais o que Varane e seu colega de zaga Mamadou Sakho, 24 anos,conversaram conosco.

FIFA.com também fez uma viagem recente à escolinha de futebol do Boca Juniors no Brasil. Uma equipe conversou com os técnicos e seus jovens atletas. Não perca! Afinal, não é todo dia que se vê um centro de treinamento argentino em terras brasileiras!

Zinedine Zidane completou 42 anos nesta semana, e o FIFA.com convida você a dar mais uma olhada em nossa entrevista com o craque francês durante o Sorteio Final da Copa do Mundo 2014. Zizou deu a sua opinião sobre o Brasil, um país que ele admira - e que o admira reciprocamente, apesar da dor causada à seleção canarinho nas Copas do Mundo de 1998 e 2006.

Nesse dia em...1978, houve uma tarde de grande euforia no Estádio Monumental, em Buenos Aires. A Argentina bateu a Holanda por 3 a 1 na prorrogação, e conquistou seu primeiro título mundial. A situação política argentina era complicada na época, mas o artilheiro Mario Kempes deu à torcida motivos para comemorar ao marcar dois gols na decisão e terminar o torneio como artilheiro, com 6 gols. A Laranja merecia muito respeito por ter chegado pela segunda vez seguida a uma final de Copa do Mundo - isso que Johan Cruyff preferiu ficar em casa e não disputou aquele Mundial.
A Holanda frustrou a torcida argentina no tempo normal, antes de Kempes marcar seu segundo gol e Daniel Bertoni dar números finais ao placar. A Holanda se tornava a terceira seleção a perder duas finais de Copas do Mundo, junto com a Tchecoslováquia (1934 e 1962) e a Hungria (1938 e 1954). E eles ainda sofreriam uma terceira derrota em finais em 2010, ao perder para a Espanha por 1 a 0, também na prorrogação. 

BAHIA


COLÔMBIA


Mondragon faz história e quebra recorde de 24 anos

Mondragon faz história e quebra recorde de 24 anos
© Getty Images
A Colômbia garantia 100% de aproveitamento no Grupo C e as arquibancadas da Arena Pantanal pareciam as ruas de Bogotá, mas a alegria só seria completa com a quebra de um recorde de 24 anos por um colombiano mais do que especial.
Quando um goleiro é substituído sem estar lesionado, você normalmente imagina que a coisa está feia para a equipe em questão. Contudo, quando o número de David Ospina apareceu na placa de substituição e o placar apontava 3 a 1 para a Colômbia em cima do Japão, o momento foi de completa festa para a entrada de Faryd Mondragon, que se tornava então o jogador mais velho a disputar uma Copa do Mundo da FIFA™.
Além de a classificação para as oitavas de final reeditar o melhor desempenho dos colombianos, nos Estados Unidos 1994, o feito de Mondragon supera outra grande marca daquele Mundial, até então detida pelo camaronês Roger Milla. A entrada do experiente arqueiro para os últimos cinco minutos de jogo foi um momento de muita emoção, já que essa foi provavelmente a última vez em que o dono da camisa 1 representou as cores de seu país.
Hoje com 43 anos e três dias de idade, Mondragon disputou o seu primeiro Mundial ao lado de nomes como Carlos Valderrama e Freddy Rincón, um elenco que colocou a Colômbia nas oitavas de final pela primeira vez na história. Quatro anos depois, na França 1998, o goleiro saiu de campo debaixo de lágrimas devido à eliminação diante da Inglaterra ainda na fase de grupos. Foram precisos outros 16 anos para a história de 1994 se repetir, ainda com o ídolo da meta colombiana, agora ovacionado, como um dos integrantes do plantel responsável pela classificação.
Querendo agradecer a cada um, de companheiros de seleção ao trio de arbitragem, o arqueiro era só sorrisos depois de ter feito uma defesa no último minuto e garantido a manutenção do placar em 4 a 1 para a Colômbia. "Estar aqui é uma honra para mim", declarou Mondragon às câmeras da FIFA. "Ao quebrar esse recorde, passo a ser uma pessoa que carrega consigo o futebol colombiano e a história do futebol colombiano."
Já estava no ar a sensação de que a noite poderia marcar a histórica despedida do goleiro, pois a Colômbia já havia carimbado passagem para as oitavas na partida contra a Costa do Marfim. Com duas substituições realizadas no intervalo, uma virada no destino ainda era possível, mas seria um golpe com requintes de crueldade nos planos do goleiro.
Porém, quando Mondragon se aproximou da linha lateral e a placa com o número 1 foi erguida pelo quarto árbitro, a torcida foi à loucura. "Foi incrível, acho que todos esperavam por esse momento", disse o arqueiro, relembrando a emoção dos seus prováveis últimos cinco minutos sob os holofotes. "Graças ao José Pekerman, ao restante da equipe e aos meus amigos, pude realizar esse sonho."
Em uma equipe com jovens que poderiam ser seus filhos, a participação de Mondragon nos treinamentos significa motivação e orgulho. "É um prêmio por todo o trabalho duro que ele realizou durante a carreira, e estou feliz pelo recorde que bateu hoje", disse Carlos Carbonero à FIFA.
"Acho que para o futebol colombiano ter alguém como o Faryd é admirável, e não apenas para o futebol colombiano, mas para o mundo do futebol. Acho que ele é uma grande pessoa e fico feliz por ele ser colombiano. "
Após bater o recorde de Roger Milla, Mondragon acredita que esta seleção também pode superar algumas marcas históricas. "Com relação a como estamos jogando e atuando como uma equipe, também estamos fazendo história agora", declarou.
Ele não está errado: com nove gols na fase de grupos, este selecionado tem o melhor ataque da história da Colômbia na competição. "O fato de terminarmos esta fase com nove pontos nos dá um grande impulso emocional daqui para a frente."
Comparando a equipe de hoje à geração de ouro da década de 1990, o arqueiro que passou por 11 clubes de sete países acredita que a experiência no exterior torna esta safra mais recente ainda melhor. "A vantagem que temos agora é que 95% da nossa seleção joga na Europa. Assim, eles possuem a sua própria experiência pessoal nesse alto nível. Além disso, são muito maduros. Na Copa do Mundo de 94, 95% jogavam na Colômbia, e os outros 5% estavam jogando no exterior, ou seja, o contrário."
Deixada para trás a fase de grupos, os colombianos querem chegar a alturas inéditas após o jogo das oitavas de final no Maracanã. "Os nossos próximos adversários vão ser um desafio muito difícil para nós, e amanhã vamos ter de começar a pensar no Uruguai", afirmou Mondragon, que pelo menos por uma noite poderá descansar e comemorar o título de jogador mais experiente a ter disputado uma Copa do Mundo.

JORNAL DAS PRAIAS VIVA 72 ANOS DE IBICARAÍ

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