quinta-feira, 12 de junho de 2014

Jogo de abertura, a Copa em casa, mas com um time tranquilo


Jogo de abertura, a Copa em casa, mas com um time tranquilo

© Getty Images
Luiz Felipe Scolari tomou a palavra na abertura de sua última entrevista coletiva antes da disputa da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 e, depois de agradecer o apoio da presidenta Dilma Rousseff e de outras autoridades e do público em geral, anunciou: “Chegou a hora”.
Sentado ao seu lado, respondendo mais tarde, Neymar repetiu as palavras de seu treinador e afirmou que se sentiu arrepiado. Mas foi passageiro: apenas aquela emoção, a realização de que, no dia seguinte, começaria um sonho, segundo indicou. O craque, grande aposta da Seleção, estava falante, tranquilo. Pronto.
Foi essa a observação que o coordenador técnico da Seleção, Carlos Alberto Parreira, fez aoFIFA.com, em uma conversa na beira do gramado da belíssima Arena de São Paulo, palco de Brasil x Croácia, nesta quinta. O veterano de múltiplas Copas no currículo usou a imagem que o atacante passou durante a coletiva como exemplo sobre o astral hoje predominante no grupo.
“Todo mundo me pergunta sobre o Neymar, como ele está, que só tem 22 anos. Mas você viu como ele está. Apreensivo? Nada, e o jeito como ele estava aqui é o que se vê no dia a dia da concentração, descontraído”, afirmou. “Não parece nem que ele vai disputar uma Copa do Mundo no Brasil, com o mundo esperando que ele seja o melhor. Isso que nos dá a tranquilidade de que ele pode jogar, sim, num alto nível.”
Para Parreira e a comissão técnica, não se trata de um episódio isolado dentro de um grupo de 23 atletas que encaram a responsabilidade de serem os anfitriões no maior torneio de futebol do mundo justamente naquele país que se  auto-intitula patrono do esporte. O time inteiro estaria nessa sintonia.
O experiente Daniel Alves, em entrevista à FIFA na véspera, já havia apontado nessa direção. “Não acho que exista muita pressão. O desejo e o entusiasmo que temos em encarar esse desafio é maior do que qualquer dificuldade que possamos ter. Vamos para a Copa do Mundo com essa atitude.”
Esse é o tipo de discurso que soa positivamente para os comandantes da Seleção. “A grande diferença é que, quando começamos o trabalho há um ano e meio, havia uma certa insegurança”, diz Parreira. “Nós temos agora um time confiante, com uma maneira definida de jogar. Que pode crescer na competição e ganhar o título.”
A proposta definida começa pelo alvoroço que a Seleção pretende causar em seus adversários, a partir do apito inicial. Fórmula que já deu resultados, embora não seja o único modo de se buscar a vitória. “O abafa é uma maneira de ser protagonista, tomar iniciativa. Mas a Seleção está preparada para outras soluções. Não é só o abafa – essa é só uma maneira de jogar, e boa. Às vezes dá certo, às vezes não”, afirma o coordenador.
A Seleção está desta forma, de cabeça erguida. Mas, pelo comportamento dos jogadores em treinos duros na Granja Comary e nas entrelinhas de suas diversas entrevistas antes da grande estreia, não se detecta o menor sinal de soberba. “Ganhamos algo muito mais importante do que um troféu em 2014, e foi a recuperação da confiança do povo em nosso futebol. Mas não comemoramos muito, porque estamos concentrados no próximo alvo, que vai começar logo, logo”, diz Alves. Por "logo, logo", entenda-se: realmente daqui a pouco. Mas sem perder a calma.

Brasil x Croácia, com diplomacia


Brasil x Croácia, com diplomacia
Se, nesta quinta-feira, uma das casas do bairro do Jabaquara, Zona Sul de São Paulo, fizer mais barulho do que o habitual, com o restante da vizinhança mais calada, pode apostar: a gritaria virá da Sociedade Croatia Sacra Paulistana. Estamos falando de um clube dedicado à comunidade croata no Brasil. Um grupo que se vê diante de uma situação especial, com o país nativo e o adotado se enfrentando no jogo de abertura da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.
Com seu nome estampado em letreiro bem ao topo de um prédio de dois andares, na avenida General Waldomiro de Lima, a sede da associação já tem potencial para chamar a atenção de qualquer transeunte. Desde o último dia 6 de dezembro, após o sorteio dos grupos da Copa, o prédio e o sobrenome dos que o frequentam despertam ainda mais curiosidade naqueles que aguardam com ansiedade a estreia  da Seleção, na cidade. “A Croácia agora está em evidência. Você acaba sendo notícia, as pessoas começam a notar que é descendente”, diz ao FIFA.com Deborah Ivko, frequentadora do clube desde a infância.
Mas não fica por aí, acreditem. O interesse especial pela Croácia  – ou especificamente sobre seu futebol – pode invadir até mesmo as salas diplomáticas. “Isso tem sido parte das conversações sempre”, afirma ao FIFA.com o embaixador do país no Brasil, Drago Štambuk, também poeta com mais de 40 obras publicadas, durante sessão de autógrafos de seu mais recente livro, Céu no Poço. “Sabemos que o Brasil é louco por futebol, mas não acho que a Croácia esteja tão longe assim. Essa obsessão de ambos é algo que casa bem.”
A-pren-den-do
Quando o Secretário Geral da FIFA, Jêróme Valcke, abriu a bolinha no centro do palco especial montado na Costa do Sauípe, e a notícia correu entre a comunidade, dá para se imaginar as reações conflitantes da colônia. De um lado, a festa por reunir, após 2006, suas duas pátrias. Do outro, para aqueles que pendem para o lado croata, ter de enfrentar de cara um dos favoritos ao título não é tão interessante.
Da parte do embaixador Štambuk, contudo, não espere receio nenhum. “Fiquei encantado. Algumas pessoas têm medo pelo fato de ser contra o principal favorito. Mas para mim não pareceu tão mal assim. A pressão é do Brasil”, diz. “Somos um país pequeno, mas jogamos um bom futebol. Temos jogadores fantásticos como Modric, Rakitic, Mandzukic e outros.”
Mario Mandzukic, suspenso, não joga contra o Brasil. Os dois meio-campistas citados, por outro lado, estão liberados. E esses são nomes com os quais os brasileiros menos ligados no futebol europeu vão assimilando na marra. Mais ou menos como na infância de Deborah Ivko. “Por ser um sobrenome diferente, sempre tive de soletrar para as pessoas acertarem. Toda vez que terminava de falar o nome, me questionavam da onde era minha ascendência. Quando ouviam, aí eu tinha de explicar o que era o país.”
Na torcida
Bom, não era o mesmo país do qual seu pai, Milan, havia fugido: a antiga Iugoslávia. Ele se foi em 1958, oito anos depois da fundação da Croatia Sacra Paulistana, clube que hoje conta com cerca de 200 sócios. Um espaço para se relembrar a história de antepassados e confraternizar com as novas gerações.
Nesta semana, agenda cheia: festa junina, exibição de filme, o lançamento do livro do embaixador e, claro, a preparação para o jogo. Na quinta, o clube abre às 13h e espera receber em torno de 150 pessoas. Na sexta, quitutes e bebidas da pátria-mãe serão preparados em coquetel com a presença do primeiro ministro Zoran Milanović.
Este é um dos focos da comunidade, mas haverá outros espalhados pelo país, ainda mais com milhares de turistas chegando a São Paulo. No total, estima-se que a colônia tenha em torno de 50 mil, abaixo de Chile e Argentina. Entre eles, Renato Oliveira, neto de uma croata, mas que não carregou o sobrenome Knežević. Não importa: diz que, entre seleções, é Croácia – nos clubes, optou pelo São Paulo.
E como explicar para os amigos? “Achavam um pouco exótico”, relembra. Difícil saber o que diriam sobre os planos do paulistano – abortados, é verdade – de vender um carro e viajar à França de última hora, em 1998, para ver a sensação da Copa daquele ano. “Quase fiquei doente com aquele time.”
Deborah não chega a assumir um lado. “O Brasil já tem um peso, já foi pentacampeão. Então ninguém vai ficar chateado se eu quiser que a Croácia ganhe, né?”, ri. “Não vou dizer que vou torcer pela Croácia. Se der um empate já vai estar de bom tamanho”, completa, tão diplomata quanto Drago Štambuk, que tem um palpite: 1  a 1. Mas não só isso: o gol croata, para ele, teria de ser... brasileiro? “Poderiam marcar um dos dois naturalizados, Eduardo da Silva ou Sammir.”

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Luta contra o calote a terceirizados conquista mais uma vitória

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O Projeto de Lei Anticalote Municipal (PL 04/2014) foi aprovado pelos vereadores da Câmara Municipal de Salvador no início da noite da segunda-feira (09). De autoria o nosso companheiro do Sindilimp-BA, vereador Luiz Carlos Suíca (PT) e seguindo o caminho já trilhado em âmbito estadual, a matéria é resultado dos esforços do nosso Sindicato junto com a CUT-BA, Sindivigilantes e técnicos da SAEB.
O Projeto de Lei prevê regulamentação no trabalho dos funcionários terceirizados do município criando instrumentos de fiscalização e lisura. A principal mudança proposta é a criação de Conta Vinculada que receberá os depósitos referentes a pagamentos dos trabalhadores e direitos trabalhistas como as férias, 13º salário, INSS e multa do FGTS.
“Estamos cumprindo mais uma das propostas do nosso mandato. A Lei Anticalote chega para tranquilizar os trabalhadores terceirizados e o poder público”, comemorou nosso companheiro. Ainda segundo o petista, uma parte significativa da população de Salvador é contratada por empresas terceirizadas. “Este foi um dos meus primeiros projetos de 2014 e aprovar era de maior importância não somente para o mandato, mas para garantir os direitos desses pais e mães de família que, de agora em diante, receberão seus salários e direitos em dias. Na Assembleia Legislativa da Bahia, o PL 19414/2011 foi aprovado por unanimidade no início deste ano”, informa e finaliza Luiz Carlos Suíca.
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