domingo, 22 de junho de 2014

BRASIL 2014


Grupos da morte? Não, dos vivos

Grupos da morte? Não, dos vivos
© Getty Images
Procure por aí e você deve encontrar opiniões bem controversas sobre se os grupos G e H da Copa do Mundo da FIFA têm alguma possibilidade se encaixarem na categoria de “grupos da morte”. Pois, com base neste domingo que fechou a rodada das duas chaves, a coisa fica mais clara: não são da morte, coisa nenhuma. São, ao contrário, dois dos três únicos – ao lado do grupo C – em que todas as quatro equipes estão é muito vivas, com o sonho de ir às oitavas de final.
O termo “sonho”, aliás, é válido para sete das oito seleções dessas duas chaves – porque a Bélgica, graças a um gol no finalzinho, se tornou a sexta equipe já matematicamente garantida nos mata-matas, antes mesmo do início da última rodada. Todos os demais times desses grupos ainda sonham, inclusive os dois derrotados do dia - Rússia e Coreia do Sul – e uma equipe portuguesa que esteve a segundos de se ver eliminada. Para todos, é questão, essencialmente, de vencerem seus jogos e, quando muito, rabiscar um bocado de continhas do saldo de gols. Ou, como Fabio Capello resumiu em seu nome, mas valendo para quase todo mundo: “Eu ainda acredito que temos chances".
Os resultadosBélgica 1 x 0 Rússia - Craque do Jogo Budweiser: Eden Hazard (BEL)
Coreia do Sul 2 x 4 Argélia - Craque do Jogo Budweiser: Islam Slimani (ALG)
Estados Unidos 2 x 2 Portugal - Craque do Jogo Budweiser: Tim Howard (USA)

O que marcou o dia:
Dez minutos para o seu destinoEm um só dia, três gols marcados no intervalo dos últimos dez minutos de jogo (mais acréscimos), todos eles alterando não só o resultado de duas partidas, mas os classificados de dois grupos. Primeiro, a Bélgica conseguiu sua vaga antecipada graças a um gol aos 43 minutos, depois, à noite, veio realmente o clímax: a partir dos 36 da segunda parte, Portugal saiu de estar eliminado por um gol de Dempsey para, no último lance do jogo, salvar sua pele, quando Varela completou cruzamento de Cristiano Ronaldo. Os 32 jogos da Copa do Mundo até aqui tiveram um total de 17 gols marcados nos dez minutos finais – mais de um a cada dois jogos. Desses, nove foram decisivos, ou seja, mudaram o vencedor da partida.

É cedo ou tarde demaisPara quase todo mundo, o mais importante no duelo entre belgas e russos foi o que aconteceu no finalzinho: apagado durante quase toda a partida, Eden Hazard resolveu tomar conta do jogo a partir dos 40 minutos do segundo tempo. Ele fez uma linda jogada individual que quase terminou em gol e, finalmente, aos 43, fez deu outra arrancada que resultou no gol de Divock Origi. A exceção para essa vocação de fazer as coisas na última hora foi Thomas Vermaelen, que se machucou no aquecimento da equipe dentro de campo! Aguentou 31 minutos e, então, foi substituído por Jan Vertonghen.

De repente, ArgéliaAssim, levado pela animação de um jogo com seis gols, é fácil sair chamando a vitória dos argelinos sobre a Coreia do Sul de “histórica” sem nem pensar bem. Mas, fique tranquilo: foi mesmo. O jogo que manteve vivas as chances de classificação da equipe mudou completamente os parâmetros do país no mapa do futebol: é que nunca um país africano havia marcado quatro gols num mesmo jogo de Copa do Mundo da FIFA. Nada mal para quem, em suas duas últimas participações somadas – 1986 e 2010 –, havia anotado um só golzinho. Dá para entender bem por que as ruas da capital Argel passaram o dia tomadas de festa.

Fui eu mesmo?Os belgas poderiam ser mais uma equipe a entrar na última rodada da fase de grupos para encarar uma decisão valendo vaga, mas justo o garotão Divock Origi tratou de evitar isso. Aos 19 anos e 65 dias de idade, o atacante que estreou na seleção do país no início deste mês, num amistoso contra a Suécia, se tornou o sétimo jogador mais jovem a marcar numa Copa. E deve estar até agora tentando entender a dimensão disso tudo. “Sinceramente, acho que ainda não me dei conta do que aconteceu”, disse o jogador do Lille depois da partida. “Só sei que é muito especial.”

Troféu Joelho de OuroAinda tem muito chão pela frente antes de se pensar em quais goleiros são reais postulantes à Luva de Ouro adidas deste Mundial, mas se a discussão for sobre quem melhor defende embaixo das traves sendo jogador de linha, o zagueiro português Ricardo Costa lançou uma candidatura difícil de se bater: Michael Bradley recebeu sozinho, na entrada da pequena área, com o gol aberto, sem o goleiro Beto, que saíra tentar cortar o cruzamento. O camisa 13, então, voou para, com uma joelhada sensacional, salvar (ou, vá lá, atrasar) o empate dos americanos.

Longe para diaboUma coisa são os vizinhos Argentina e Chile encherem as arquibancadas do Maracanã, como aconteceu nas duas primeiras rodadas, outra bem diferente é um jogo como Bélgica x Rússia – dois países que estão para lá de um oceano de distância do Rio de Janeiro – levarem 73.819 pessoas ao estádio. Entre matryoshkas e diabinhos de todo tipo, tinha até um grupo que, por alguma razão que só podemos especular, resolveu que era dia de se vestir todo de... Elvis Presley, claro (?).
Os números16 – Com toda a última rodada da fase de grupos ainda a ser disputada, já são 16 os gols desta Copa do Mundo marcados por jogadores que entraram no decorrer da partida, incluindo o da Silvestre Varela – só a Bélgica teve todos os seus três anotados assim. O recorde histórico é da Alemanha 2006: 23 gols.

Nas redes sociais:
A liga de futebol americano também entra na torcida pela seleção de Klinsmann. Sim, este domingo foi dia de futebol nos EUA:

HOLANDA

Antes da decisão, Van Gaal admite: "Prefiro não enfrentar o Brasil"

Antes da decisão, Van Gaal admite: "Prefiro não enfrentar o Brasil"
© Getty Images
Antes de começar a Copa do Mundo da FIFA 2014, muitos chegaram a dizer que a Holanda sequer alcançaria as oitavas de final. Palpite furado. No final das contas, foi o primeiro país do Grupo B a carimbar a vaga para a segunda fase.
Após ter classificado sua seleção em uma chave que incluía a atual campeã Espanha, o Chile e a Austrália, que os holandeses nunca haviam vencido antes, o técnico Louis van Gaal mal podia disfarçar sua satisfação. Em entrevista à FIFA, porém, ele descreveu o duelo contra os embalados chilenos como o mais difícil da fase de grupos e admitiu que prefere evitar um possível confronto contra os anfitriões no mata-mata.
FIFA: Van Gaal, a Holanda largou muito bem na Copa do Mundo, vencendo os dois primeiros jogos e se classificando com uma rodada de antecedência. Quão satisfeito você está?
Louis van Gaal: Estou mais do que satisfeito. O principal objetivo em um torneio como este é passar da primeira fase. Caímos em um grupo muito difícil e fomos a primeira seleção da Copa do Mundo a se classificar. Para mim, isso é inacreditável. Agora queremos terminar em primeiro lugar, é claro, mas temos um jogo complicado contra os chilenos. Antes do torneio, já imaginava que eles seriam os adversários mais difíceis, porque estão jogando um futebol muito impressionante.
Assim como já havia acontecido contra a Espanha, vocês começaram perdendo contra a Austrália. Esses gols sofridos foram resultado do bom futebol dos adversários ou de erros da sua equipe?Na minha opinião, a Austrália só teve uma chance por causa de um descuido nosso. O maior problema que tivemos foi conseguir manter a bola. Fora isso, a Austrália não criou muitas jogadas de perigo na verdade. Nós criamos infinitamente mais e poderíamos ter vencido facilmente por 4 a 2 ou 5 a 2. Isto é o que todos esquecem: uma partida de futebol dura 90 minutos. Messi marcou contra o Irã no último minuto. Isso faz parte do jogo.
Esse descuido de que você falou tem a ver com a inexperiência de alguns jogadores? 
Não, tem a ver apenas com a qualidade. A Austrália jogou um futebol muito envolvente e estava bastante coesa, o que deixou meus jogadores com menos tempo e espaço. Quando isso acontece, você precisa contar com muita qualidade para fazer a diferença. Não mostramos essa qualidade, mas quem sabe possamos fazê-lo contra o Chile.
Você considera uma vantagem poder apontar esses problemas para seus jogadores neste momento inicial da competição?Claro. Se você consegue ganhar apesar das falhas, está em vantagem, porque os jogadores aceitam melhor as críticas. Elas encontram terreno fértil, como dizemos na Holanda.
A próxima partida definirá o primeiro colocado do grupo. Como você descreve a seleção do Chile?Eles são incrivelmente vibrantes e extremamente bem organizados. E jogam no ataque. Acho que têm um treinador fantástico, que convenceu seus jogadores a jogar futebol. Eles seguem as instruções do técnico de maneira apaixonada e convicta e isso é bonito de se ver.
Você considera o futebol ofensivo do Chile um perigo para a sua seleção ou, pelo contrário, você o vê como uma oportunidade?Acho que teremos muitas oportunidades, porque, como a Espanha, eles gostam muito de atacar. Além disso, é uma seleção que confia muito na própria técnica. Isso pode nos dar algumas chances, que talvez sejamos capazes de aproveitar.
Que tipo de jogo você espera? 
Acho que as duas equipes são igualmente fortes. Espero um equilíbrio pleno, 50-50.
Você considera imperativo evitar o Brasil nas oitavas de final? 
Sem dúvida. Se eu pudesse escolher, preferia não enfrentar o Brasil, embora Croácia e México também sejam adversários difíceis. Mas acho que, na Copa do Mundo, o país anfitrião sempre leva vantagem.
Como você disse, Messi fez um gol nos acréscimos para a Argentina. Você também tem jogadores decisivos, como Robin van Persie. É isso que faz a diferença em um torneio como este? 
Bom, até agora acho que os atacantes que brilham na Europa - (Luis) Suárez, Messi, (Thomas) Müller, (Karim) Benzema, mas também nossos atacantes, (Arjen) Robben e Van Persie - mostraram seu valor em suas seleções. Acho que esse vem sendo o caso há muito tempo (na Copa do Mundo). É impressionante que esses jogadores sejam capazes de provar seu verdadeiro potencial, apesar da pressão e das altas expectativas que há em torno deles.

Sonho argelino segue vivo após festival de ataque


Sonho argelino segue vivo após festival de ataque
© Getty Images
A Argélia continua na briga por um lugar nas oitavas de final da Copa do Mundo da FIFA, após a brilhante vitória deste domingo sobre a Coreia do Sul, por 4 a 2. Os argelinos fizeram um primeiro tempo simplesmente perfeito, se tornaram no primeiro time africano a marcar quatro gols num só jogo do Mundial e deixaram os asiáticos em má posição no Grupo H.
Depois de só ter marcado um gol nas duas últimas participações em Mundiais (1986 e 2010), a Argélia apenas precisou de 38 minutos para arrasar com essa estatística. E com forte influência portuguesa a ajudar.
Escalado como titular pela primeira vez nesta Copa, Islam Slimani foi sempre um perigo para a zaga coreana e o atacante do Sporting tornou a ameaça realidade ao minuto 26. Recebeu um belo passe longo e, depois de dominar com a barriga, desviou com a canhota para o primeiro gol em Porto Alegre.
A enorme torcida da Coreia do Sul voltou a levar as mãos à cabeça apenas dois minutos depois. Escanteio da esquerda e Rafik Halliche, zagueiro da Académica de Coimbra, a desviar de cabeça para o 2 a 0.
O pesadelo asiático não ficou por aqui, já que aos 38 minutos, Slimani ofereceu de bandeja a Abdelmoumene Djabou e o atacante do Club Africain não perdoou. Três gols de vantagem e quase tudo decidido ainda antes do intervalo.
Mas a Coreia não é um time que desiste e reduziu a desvantagem logo a abrir o segundo tempo, com a sua estrela Heungmin Son a ter alguma sorte na receção e a chutar de canhota. Esperava-se uma reação forte, mas Yacine Brahimi tinha outros planos e, aos 62 minutos, ampliou o score argelino.
Partida resolvida? Nem por isso. Ainda com 20 minutos para jogar Jacheol Koo estava no sítio certo para anotar o segundo dos sul-coreanos e lançar alguma dúvida quanto ao resultado final.  Mas a Argélia aguentou firme e saltou para a segunda posição da chave, muito graças a Slimani, eleito o Craque do Jogo Budweiser. 

SELEÇÃO BRASILEIRA


Com pressão, sim, mas com uma torcida para tudo o que vier

Carlos Alberto Parreira saiu do túnel do estádio do Morumbi, olhou em volta e respirou fundo, pesado. Era dia de a Seleção jogar em casa. Aquilo que, a priori, seria motivo só de otimismo, naquele caso vinha acompanhado de preocupação: era preciso não apenas ganhar – como naquele dia o Brasil ganhou do Equador – mas jogar impecavelmente bem. E, ainda assim, dificilmente alguém consideraria que aquilo era mais do que a obrigação cumprida.
Existem torcedores mal-acostumados e, então, existem os torcedores brasileiros. O relato que o próprio Parreira fez ao FIFA.com - durante uma longa entrevista no ano de 2012 - daquele dia de agosto de 1993 é apenas um de tantos exemplos disso. A Seleção Brasileira que ele dirigia à época vinha de, um mês antes, perder para a Bolívia o primeiro jogo de eliminatórias de sua – veja bem – história. Era o bastante para o clima em São Paulo ser de absoluta tensão, culminada com vaias mesmo após a vitória por 2 a 0. Difícil pensar num grupo tão suscetível a qualquer sinal de as coisas não funcionarem perfeitamente dentro de campo quanto os torcedores do País - particularmente em tempos de Copa do Mundo da FIFA.
Saltemos 21 anos: a Seleção Brasileira já não tem três, mas cinco títulos mundiais. O time comandado por Luiz Felipe Scolari, e com Parreira como coordenador técnico, disputa a Copa do Mundo em casa, surfando num ano exato de embalo pela grande conquista da Copa das Confederações da FIFA. Depois da estreia tensa, mas com vitória de virada sobre a Croácia, para a maior parte da torcida, qualquer coisa abaixo de uma grande exibição contra o México poderia ser considerada abaixo das expectativas. E, então, pela primeira vez desde junho de 2011, a Seleção, jogando em casa, não marca gols: empata em zero a zero.
Decepção? Crise? Cobrança? Cataclismo? Em outros tempos, não seria nada impossível dizer que sim para tudo isso. Na última terça-feira, porém, o Castelão não deu um sinal sequer de reclamar, muito menos vaiar. “Estou acreditando mesmo, cada vez mais, que a torcida está definitivamente ao nosso lado, para tudo o que vier”, disse Neymar aoFIFA.com ao final da partida. “Todo mundo tem vindo para apoiar, e para apoiar até o fim, e já tem sido assim há algum tempo. Assim como tanta coisa dentro de campo, isso também virou uma marca registrada deste time. E não existe coisa melhor para quem joga uma Copa em casa.”
Na saúde e na doençaO mais importante da declaração de Neymar é esse “para tudo o que vier”. Porque uma coisa é levantar, se emocionar e cantar magnificamente o Hino Nacional Brasileiro a cappella antes de o jogo começar, com o otimismo intacto, como também se tornou marca registrada da Seleção. Outra, bem diferente, é manter a boa vontade quando algo não funciona, como não funcionou a intenção brasileira de marcar gols num goleiro Guillermo Ochoa inspirado. Ainda mais quando se trata do país com mais títulos mundiais, com mais reputação de jogar de forma bonita e cuja seleção não perde um jogo em seu próprio território desde um longínquo agosto de 2002, num amistoso contra o Paraguai.
“Quer que eu diga sinceramente? Até um certo ponto, acho que a imprensa esportiva brasileira montou esse mito. Da nossa parte, em todo lugar que a gente foi até hoje a gente foi muito bem tratado”, garante David Luiz ao FIFA.com. “Se tem pressão? Claro que tem, mas porque somos um time grande e ambicioso. Normal que haja pressão. Mas a torcida só tem ajudado. Sempre.”
É certo: existe, sim, uma pressão constante sobre a Seleção Brasileira pelo simples fato de ser a Seleção Brasileira, mas – David Luiz e o grupo todo sabem muito bem -, jogando em casa essa pressão aumenta muito; já aumentou. O excepcional é que, pelo menos até agora, o time conquistou uma certa imunidade a reações negativas, mesmo quando sai atrás no placar num jogo ou empata sem gols o outro. Até o ponto em que, na segunda-feira, quando colocar a cabeça para fora do túnel do Estádio Nacional Mané Garrincha antes da partida contra Camarões, Carlos Alberto Parreira vai olhar em volta, ver um estádio repleto de torcedores e respirar tranquilo: a princípio, eles estarão lá para tudo o que vier.

Prévia do dia: Portugal tenta reagir às adversidades


Prévia do dia: Portugal tenta reagir às adversidades
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A seleção portuguesa chegou ao Brasil como uma das que poderiam surpreender, mas precisará demonstrar personalidade para se recuperar dos duros 4 a 0 sofridos na estreia contra a Alemanha. Afinal, a derrota deixou prejuízos que vão além do marcador. Fábio Coentrão se lesionou e já retornou a Portugal, Pepe está suspenso e alguns titulares são dúvida, o que promete bastante dor de cabeça ao técnico Paulo Bento. Cristiano Ronaldo, por sua vez, ainda não mostrou seu melhor futebol e administra as recorrentes dores no joelho com discrição. Apesar de tudo isso, os lusitanos precisam de uma vitória sobre os Estados Unidos para permanecerem na briga pela classificação.
Além da luta portuguesa, temos a rodada completa do Grupo H. A Bélgica estreou vencendo a Argélia por 2 a 1 graças a jogadores que entraram no decorrer da partida, enquanto a Rússia pode agradecer o atacante Aleksandr Kerzhakov, autor do gol de empate contra a Coreia do Sul após a falha do goleiro Igor Akinfeev. Agora, a equipe russa conta com o técnico Fabio Capello para colocar a campanha no rumo certo.
Os jogos
Bélgica x Rússia (Grupo H), Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro, 13h (hora local)
Coreia do Sul x Argélia (Grupo H), Estádio Beira-Rio, Porto Alegre, 16h (hora local)
EUA x Portugal (Grupo G), Arena Amazônia, Manaus, 18h (hora local)
Você sabia?
Amuleto 
Técnico dos EUA desde 2011, o alemão Jürgen Klinsmann venceu todos os seus jogos de estreia em Copas do Mundo tanto como atleta, em três oportunidades, quanto em uma vez como treinador.
Joias do banco Contra a Argélia, a seleção belga venceu com dois gols de jogadores que começaram a partida no banco: Marouane Fellaini e Dries Mertens. Em 46 jogos disputados em Mundiais antes do Brasil 2014, a Bélgica só havia balançado as redes com um substituto uma vez.
Pedra no sapatoDesde a vitória por 1 a 0 sobre a Inglaterra na Copa de 1950, os americanos enfrentaram 14 adversários europeus e venceram uma única partida: 3 a 2 contra Portugal pela fase de grupos em 2002. Na ocasião, os EUA se classificaram para as oitavas de final com um ponto a mais que a eliminada equipe portuguesa.
Reencontro
O duelo entre Coreia do Sul e Argélia verá o reencontro de Chuyoung Park e Essaid Belkalem. Os dois jogam pelo Watford, na segunda divisão inglesa. É a primeira vez na história do clube que dois companheiros ficarão frente a frente em uma Copa do Mundo.
Jogadores suspensos
Pepe (Portugal)
Pendurados
Heungmin Son, Jacheol Koo e Sungyueng Ki (Coreia do Sul); Nabil Bentaleb (Argélia); Jan Vertonghen (Bélgica); Oleg Shatov (Rússia) e João Pereira (Portugal)
Você vai gostar de ver
Se os seus conhecimentos sobre o futebol sul-coreano deixam a desejar, encontre todas as informações na página exclusiva do país no FIFA.com. Já a Argélia quase surpreendeu a Bélgica, conforme você pode conferir nos melhores momentos da partida em Belo Horizonte.
Nesse dia em...
No dia 22 de junho de 1986, no Estádio Azteca do México, Diego Armando Maradona fez a partida contra a Inglaterra pelas quartas de final da Copa do Mundo ficar na memória do futebol. Aos seis minutos do segundo tempo, quando o placar ainda estava zerado, uma bola foi lançada pelo alto dentro da grande área inglesa após um contra-ataque. O goleiro Peter Shilton saiu para interceptá-la, mas o camisa 10 argentino usou a mão para desviá-la para as redes. Os britânicos protestariam, mas Maradona acabou eternizando sua "Mão de Deus". Quatro minutos depois, o craque recuperou a bola no círculo central e disparou driblando praticamente a metade do time inglês antes de levar a melhor sobre Shilton, desta vez sem nenhuma polêmica, mas apenas com espetáculo.

RESUMO DO DIA: 21 DE JUNHO

RESUMO DO DIA: 21 DE JUNHO

Recorde previsível, resultados inesperados

Recorde previsível, resultados inesperados
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O décimo dia de jogos da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 mostrou que as "zebras" continuam tentando aprontar das suas. Nos duelos entre Argentina e Irã e entre Alemanha e Gana, os favoritos tiveram muita dificuldade. A Albiceleste precisou de um lampejo de genialidade do superastro Lionel Messi já nos acréscimos para conquistar os três pontos. A seleção alemã, por sua vez, chegou a ficar atrás no placar e só se recuperou após Miroslav Klose entrar em campo para marcar o gol de empate e igualar uma marca histórica.
Na terceira partida do dia, a Bósnia e Herzegovina fez um duelo equilibrado contra a Nigéria, mas a representante africana acabou levando a melhor. Com isso, a seleção bósnia foi eliminada antecipadamente, enquanto a Argentina já está nas oitavas de final.
Os resultados
Argentina 1 x 0 Irã. Craque do Jogo Budweiser: Lionel Messi (ARG)
Alemanha 2 x 2 Gana. Craque do Jogo Budweiser: Mario Götze (GER)
Nigéria 1 x 0 Bósnia e Herzegovina. Craque do Jogo Budweiser: Peter Odemwingie (NGA)

O que marcou o dia
Messi faz a diferença
"Quando você tem um jogador como o Messi, tudo é possível", afirmou o treinador argentino Alejandro Sabella depois do jogo contra o Irã, externando os pensamentos de muitas pessoas. Os argentinos haviam tido mais de 70% de posse de bola e feito de tudo durante 90 minutos para tentar superar a compacta defesa iraniana — mas sem sucesso. Sob os olhares de Diego Maradona nas arquibancadas, Lionel Messi fazia uma atuação discreta. Porém, nos acréscimos da partida, o atacante eleito quatro vezes o melhor do mundo fez uma jogada de gênio e garantiu a classificação da seleção argentina para as oitavas de final. O craque de 26 anos se aproximou da grande área pelo lado direito do campo, fez um corte para dentro e mandou um chute indefensável no fundo das redes iranianas.
Alegria para uns, choro para outros
Antes do pontapé inicial, Asmir Begovic (Bósnia e Herzegovina) e Peter Odemwingie (Nigéria), companheiros no inglês Stoke City, se cumprimentaram nos corredores do estádio e tiveram uma conversa rápida e amigável. Depois de 30 minutos de jogo, o goleiro bósnio provavelmente deve ter tido a sensação de que seria melhor não ter se encontrado com o atacante nigeriano. Afinal, foi justamente ele que marcou o gol da vitória por 1 a 0. Com o resultado, a Nigéria encerrou uma série de nove partidas sem vencer na Copa do Mundo.
Feito histórico de Klose
Miroslav Klose entrou na partida contra Gana aos 24 minutos do segundo tempo e dois minutos depois não apenas marcou o gol de empate com o seu primeiro toque na bola, como também igualou o recorde do brasileiro Ronaldo de 15 gols em Mundiais. Desde antes do torneio, havia muitas expectativas sobre a possibilidade de a marca ser igualada ou até superada pelo alemão. "Vinte jogos e 15 gols em Copas do Mundo não está tão mal", afirmou Klose depois do jogo. Ele também se tornou o terceiro jogador, depois de Pelé e Uwe Seeler, a balançar as redes em quatro edições da Copa do Mundo. Ronaldo não se abalou e parabenizou Klose via Twitter. Curiosamente, o ex-jogador brasileiro marcou o seu 15º gol contra Gana na Alemanha, enquanto Klose balançou as redes também contra Gana no Brasil.
Duelo de irmãos com um vencedor
Durante o torneio, os dois irmãos Boateng, Jerome (Alemanha) e Kevin-Prince (Gana), não estão se falando. Porém, como ambos foram escalados como titulares, eles se cumprimentaram na hora do aperto de mão obrigatório. Um rápido diálogo, um breve abraço e foi só. Os dois irmãos se enfrentaram pela segunda vez. O primeiro duelo aconteceu há quatro anos, na fase de grupos da África do Sul 2010. Apesar do empate, a partida teve um vencedor: o pai de ambos. "Para mim, este é o jogo mais fácil", afirmou antes da partida. "Não importa o que acontecer, só posso ganhar."
Um verdadeiro camisa 10
Andre Ayew não apenas marcou o gol que empatou o jogo parcialmente para Gana, mas também se mostrou um verdadeiro motivador. Ele deixou a sua alegria transparecer por todo o campo depois do gol, abraçou todos os companheiros que viu pela frente e por todo o resto do jogo agitou a torcida, aplaudiu sem parar as boas jogadas da sua equipe e procurou organizar a seleção ganesa ao melhor estilo de um camisa 10. E com sucesso: pouco depois Asamoah Gyan marcou o segundo gol de Gana e com isso se tornou o primeiro africano a balançar as redes em três Mundiais.
Os números
100 — Per Mertesacker (Alemanha) e Javier Mascherano (Argentina) disputaram hoje a centésima partida pelas suas seleções. Depois de a seleção alemã se tornar na primeira rodada a primeira equipe a disputar cem jogos na história da Copa do Mundo, justamente o seu jogo de hoje foi a 800ª partida já disputada em Mundiais.

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