sexta-feira, 11 de julho de 2014

ARGENTINA; As duas revanches de Maxi Rodríguez


(FIFA.com) 
As duas revanches de Maxi Rodríguez
© Getty Images
Oito anos depois de marcar um golaço contra o México na prorrogação, o qual deu à Argentina a classificação às quartas de final da Copa do Mundo da FIFA 2006, Maxi Rodríguez vai reencontrar a Alemanha em um mais momento especial: foi ele que converteu o pênalti que deu à seleção a vaga na final do Brasil 2014.
Vale lembrar que aquela primeira experiência em solo germânico terminou por ali mesmo, nas quartas de final, em uma derrota para os anfitriões. A situação se repetiu quatro anos depois, com os alemães dessa vez vencendo por goleada. Talvez por isso, ao ser perguntado pela FIFA sobre o seu sentimento para o duelo do dia 13 de julho no Maracanã, ele responde sem rodeios.
"Depois de nos eliminarem duas vezes, admito que quero uma revanche", destaca. "Doeu mais na primeira porque foi nos pênaltis. Na África do Sul foi diferente, quase não conseguimos jogar. Mas agora é uma final, o jogo mais importante que vamos disputar. Claro que quero a revanche."
Sempre prontoMaxi já teve a sua própria virada no Brasil 2014. Depois de ser titular em apenas um de seis jogos nas eliminatórias, o meia foi uma das surpresas de Alejandro Sabella na equipe que começou o jogo de estreia, contra a Bósnia. No entanto, o time não rendeu o esperado, e ele saiu no intervalo do confronto, sem voltar a jogar até a semifinal, contra a Holanda.
"Sabia que em algum momento iria entrar de novo, e que inclusive poderia ter uma participação importante", garante o autor do gol decisivo na decisão por pênaltis. "Mas o mais importante é que vamos jogar no domingo. Era o que queríamos desde que saímos de Buenos Aires, e agora está aí, ao nosso alcance. Temos de fazer esse último esforço."
O meia de 33 anos é um dos mais autorizados a analisar o momento da sua seleção antes da final, até por já contar 11 jogos disputados em Copas do Mundo, mesmo número que Lionel Messi. Somente Javier Mascherano, com 12, o supera no plantel atual.  "Viemos num crescente, apesar de baixas como a do Kun (Sergio Agüero) e do Fideo (Ángel Di María), que são dois jogadores muito importantes", explica.
"Por isso dependemos tanto ofensivamente do Leo (Messi), mas não podemos colocar nele sozinho toda esta responsabilidade", admite. "Sabemos que ele é determinante, mas temos de auxiliá-lo. O bom é que o grupo está bem, cada um sabe o seu papel. Estamos prontos para o desafio deste domingo."
Quanto à Alemanha, Maxi não se assusta com a goleada de 7 a 1 que a seleção aplicou no Brasil. "Eles formam uma equipe, baseada em jogadores que se conhecem há muito tempo. Mas esse resultado não me dá medo. É algo que acontece a cada 100 partidas. Temos de ter cuidado, claro, mas sem perder de vista o nosso jogo e as nossas armas."
"Para todos nós, não há nada mais importante que fazer história com esta camiseta", frisa o meio-campista. "Todos sonhamos em ser campeões mundiais, e agora temos essa possibilidade ao alcance das nossas mãos. Vamos lutar para fazer do sonho uma realidade." 

SELEÇÃO BRASILEIRA: Jogo para ratificar e recomeçar o trabalho


(FIFA.com) 
Jogo para ratificar e recomeçar o trabalho
© AFP
Em sua segunda passagem pela Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari acumula 19 vitórias, seis empates e três derrotas. Contem também os 70 gols marcados, bem superior aos 26 sofridos. Depois do título da Copa das Confederações no ano passado, foram nove triunfos em dez jogos. Acontece que o único revés sofrido acabou sendo extremamente custoso – e doloroso: o acachapante placar de 7 a 1 para a Alemanha, na última terça-feira, que  acabou com um sonho de 64 anos do país do futebol. O sonho de receber uma Copa do Mundo da FIFA, e dessa vez para conquistá-la.
Com apenas quatro dias para assimilar essa decepção, a Seleção agora volta a campo em Brasília para lutar pelo terceiro lugar do Mundial. Vale um lugar no pódio, mas também mais que isso. Contra a forte Holanda, é a chance para Scolari e seus jogadores ratificarem um trabalho com aproveitamento de 75%, mas que ficou a dois passos de seu grande objetivo.
“Agora passa a ser importante o outro sonho que temos, que é terminar em terceiro lugar na Copa do Mundo”, afirmou o treinador em entrevista coletiva. “A gente sabe que mesmo uma vitória não vai aliviar muito a decepção que tivemos, mas tem que trabalhar com objetivos. Era a ideia chegarmos à final, não conseguimos, mas agora jogamos por um sonho menor.”
HistóricoSerá a quarta vez que o Brasil vai disputar o terceiro lugar do torneio, depois de 1938, 1974 e 1978. Curiosamente, cada uma dessas campanhas guarda semelhanças com a jornada deste ano – obviamente com a brutal diferença de que o time não jogava como anfitrião.
Em 1938, na primeira Copa em que a Seleção se anunciou ao mundo como uma potência a ser respeitada em qualquer cotejo.  Na ocasião, depois de superar a Polônia e a Tchecoslováquia nos mata-matas, a equipe acabou derrotada pela eventual campeã Itália na semifinal, por 2 a 1. Detalhe: nesse embate, o maior craque daquela geração, Leônidas da Silva, foi desfalque por conta de problemas físicos, tal como Neymar. Ao contrário do jovem atacante, porém, o Diamante Negro teve liberação médica para retornar na última partida e marcar dois gols contra a Suécia em vitória por 4 a 2. Ele terminaria o torneio como o grande artilheiro, indo para o abraço sete vezes.
Na Alemanha, em 1974, o formato da Copa era diferente. A fase de semifinal na verdade era composta por dois grupos de quatro equipes, com o Brasil tendo Argentina, Alemanha Oriental e Holanda pela frente. No último jogo da chave, os atuais campeões mundiais foram desbancados pela emergente Laranja Mecânica. Se o placar de 2 a 0 foi bem menos expressivo do que o que os alemães conseguiriam 40 anos depois, o desfecho daquele jogo também deixou os brasileiros atônitos, completamente dominados, dias depois de o técnico Zagallo garantir a vitória. Em sua última partida, perderam novamente, agora para a Polônia, por 1 a 0.
Esse sistema de disputa foi mantido para a Copa de 1978 em vizinhanças sul-americanas, na Argentina. Os anfitriões, os poloneses e os peruanos compunham o grupo. A Seleção, mesmo invicta, acabou vendo os argentinos avançarem à final. A semelhança aqui era pela consistência dos resultados, com o técnico Claudio Coutinho enaltecendo seu trabalho, ainda que o título não tenha vindo. Na briga pelo terceiro lugar, o time conseguiu reagir prontamente, vencendo a Itália por 2 a 1, com direito a um antológico gol do lateral Nelinho.
Recomeço
O saldo, então, é de dois bronzes simbólicos para o Brasil nesse tipo de situação, por ora. Agora, os comandados de Scolari, lidando com um pouco de cada uma dessas campanhas, tentam se despedir com dignidade, diante de um público que sempre esteve ao seu lado, mesmo em seu pior momento.
“Não esperávamos essa derrota catastrófica em relação ao número de gols. Só não podemos esquecer que depois de 2002 essa é a primeira vez que a Seleção chegou à semifinal”, relembra o treinador. “Foi uma derrota ruim, seis minutos de pane geral. Se eu pudesse responder o que aconteceu, eu responderia, mas não sei.”
O que Felipão sabe é que para boa parte do grupo atual há toda uma longa jornada pela frente. Uma trilha a ser retomada já neste sábado contra a Holanda. “Nossa vida não é feita só de derrotas e vai continuar. Agora eles continuam o trabalho pelo Brasil. Pelo menos 70%, no mínimo, vão estar em 2018, com uma bagagem diferente.”

terça-feira, 8 de julho de 2014

DE CAMAROTE



JOSELICE E MARCELO GANEM É BUERAREMA NA COPA E BRASIL NO CORAÇÃO


ARAMARI PRESENTE NA TORCIDA FORÇA BRASIL TRIBUTO A NEYMAR 




SUICA VEREADOR DE SALVADOR É BRASIL NA COPA



Emanoel Alves e Robenildon Bispo na Praça de Ponta da 


Tulha:



#BERNARD: Alô, Belo Horizonte! Estamos chegando!










Prévia do dia: reencontro de gigantes 12 anos depois

Prévia do dia: reencontro de gigantes 12 anos depois

Prévia do dia: reencontro de gigantes 12 anos depois
© Getty Images
Pela primeira vez na história, as semifinais da Copa do Mundo da FIFA reeditarão duas finais de edições anteriores, dando a seus perdedores uma oportunidade de revanche. No dia 9 de julho, a Holanda reencontrará a Argentina, para quem perdeu o Mundial de 1978 (1 a 3 após prorrogação). Na véspera, a outra semifinal colocará frente a frente dois outros monstros sagrados do futebol, o Brasil, que busca seu sexto título, e a tricampeã Alemanha, que não foi páreo para o talento de Ronaldo na final da Coreia/Japão 2002 (0 a 2).
Curiosamente, no mesmo jogo em que os donos da casa conquistaram sua mais convincente vitória no atual torneio, sobre a brilhante Colômbia (2 a 1), uma imensa dúvida tomou conta de todo o país. A saída do ídolo Neymar na maca mudou completamente o cenário. Vítima de uma fratura na terceira vértebra lombar, o jovem craque terá que acompanhar a reta final da competição junto à família. Luiz Felipe Scolari, que havia montado a Seleção em torno dele, agora se vê diante de uma escolha difícil: mudar ou esquema tático ou simplesmente colocar um substituto da mesma posição. No caso do capitão Thiago Silva, que também está fora da semifinal, mas por suspensão, a opção pelo zagueiro Dante, do Bayern de Munique, parece definida. Certamente, Felipão saberá o que fazer, mas não há dúvida de que o duplo desfalque é um duro golpe na caminhada do Brasil rumo ao Maracanã.
A Alemanha, por sua vez, ainda que não tenha exibindo sua habitual autoridade, vem subindo de produção a cada vitória. A equipe do técnico Joachim Löw conta com uma linha defensiva ferrenha, que reencontrou seu equilíbrio com o retorno de Philipp Lahm à lateral. Não é por acaso que, entre os oito jogadores que mais efetuaram passes no torneio, haja nada menos que quatro alemães: Lahm 471, Toni Kroos 450, Per Mertesacker 324 e Jérôme Boateng 315. Para azar dos brasileiros, as dúvidas deram lugar à ambição na Mannschaft.
O jogo
Brasil x Alemanha, Estádio do Mineirão, Belo Horizonte, 17h (hora local)
Você sabia?
Sequência inéditaA Alemanha é a primeira seleção a se classificar quatro vezes seguidas para as semifinais da Copa do Mundo da FIFA. Em 2002, ela perdeu a decisão contra o Brasil. Em seguida, sofreu duas derrotas nas próprias semifinais: em 2006 para a Itália (0 a 2 após prorrogação) e em 2010 para a Espanha (0 a 1). Ou seja, nas três ocasiões, os alemães caíram diante do futuro campeão.
Zagueiro artilheiroO sólido zagueiro alemão Mats Hummels, autor de dois gols no Brasil 2014 (contra Portugal e França), é o primeiro defensor a realizar tal feito desde o sul-coreano Lee Jung-Soo em 2010. O recorde pertence ao lateral alemão Paul Breitner, que marcou três gols em 1974.
Novas marcas para Klose
Se entrar em campo contra o Brasil, o atacante alemão Miroslav Klose se tornará o primeiro jogador a participar de quatro semifinais consecutivas de Copa do Mundo, superando seu compatriota Uwe Seeler, com quem divide a marca de três partidas válidas por essa etapa da competição. Além disso, com os 22 jogos que já disputou na história do torneio, Klose ultrapassou Diego Maradona, Uwe Seeler e o polonês Wladyslaw Zmuda. Ele ainda pode tomar a segunda posição de Paolo Maldini (23) em caso de classificação para a final, mas não poderá igualar o recordista absoluto, Lothar Matthäus (25).
70 vitóriasO Brasil conquistou contra a Colômbia seu 70º triunfo na Copa do Mundo em 102 jogos disputados, reforçando assim seu status de seleção mais vitoriosa da competição. Em segundo lugar, aparece ninguém menos que sua adversária nas semifinais, a Alemanha (64).
Felipão a duas vitórias de SchönAo somar sua 14ª vitória em Mundiais (sete com o Brasil em 2002, quatro com Portugal em 2006 e três com o Brasil este ano), Luiz Felipe Scolari superou seu compatriota Zagallo (13 vitórias em três Copas do Mundo) e agora está a apenas dois triunfos do alemão Helmut Schön (16 vitórias em 25 partidas ao longo de quatro Copas do Mundo).
Suspenso
Thiago Silva (BRA)
Pendurados
Ninguém
Você vai gostar de ver
Último capitão da Alemanha a erguer a taça da Copa do Mundo, Lothar Matthäus conversou longamente com o FIFA.com sobre a ascensão da Mannschaft no Brasil 2014. Confiante, ele mandou uma mensagem muito clara a seus sucessores: "Tragam o título para casa"
Após Neymar, David Luiz é sem dúvida o jogador brasileiro mais popular entre os torcedores, graças à sua postura irrepreensível em campo, mas também a seu carisma e seu bom humor constante. O FIFA.com bateu um papo com o zagueiro.
Improvável no papel, a associação germano-brasileira não é tão disparatada como possa parecer. Sobretudo do ponto de vista do futebol. O FIFA.com foi atrás dos laços de unem Brasil e Alemanha, tendo o esporte mais popular do planeta como fio condutor.
Nesse dia em...
Derrotada na final da Copa do Mundo 1986, no Estádio Azteca do México, pela Argentina (2 a 3), a Alemanha teve sua revanche quatro anos depois, no dia 8 de julho de 1990, no Estádio Olímpico de Roma, conquistando seu terceiro título mundial às custas daAlbiceleste de Carlos Bilardo (1 a 0). Naquela ocasião, foi o então técnico da Mannschaft, Franz Beckembauer, quem ganhou a batalha tática, confiando a marcação de Diego Maradona ao seu cão de guarda Guido Buchwald. Ovacionado cinco dias antes em Nápoles, ainda que tivesse convertido a cobrança decisiva que eliminou a anfitriã Itália na disputa de pênaltis (1 a 1 no tempo normal, 4 a 3 nos pênaltis), o craque argentino virou o principal alvo da animosidade do público presente no Estádio Olímpico, chegando a perder o controle em diversas ocasiões. Curiosamente, Andreas Brehme marcou o gol da vitória em cobrança de pênalti a cinco minutos do fim (1 a 0), enquanto os argentinos terminaram a partida com nove jogadores. Beckenbauer então se tornou o segundo homem a conquistar a Copa do Mundo como jogador (1974) e depois como treinador, igualando Zagallo, que venceu em 1958 e 1962 como jogador e em 1970 como técnico.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

BRASIL 2014


Uma Copa repleta de marcas centenárias

(FIFA.com) 
O Brasil 2014 tem sido palco de um enorme número de recordes memoráveis, com jogadores e seleções alcançando estatísticas centenárias. Algumas equipes chegaram aos 100 jogos, atletas atingiram feitos importantes de gols e alguns jogadores chegaram a uma das marcas mais procuradas no futebol: 100 partidas pela seleção nacional.
FIFA.com traz agora algumas destas marcas que foram alcançadas ou ultrapassadas nesta edição do maior torneio do futebol mundial. Grandes nomes como Neymar, Wesley Sneijder e Olivier Giroud estão na lista.
Wesley Sneijder disputa seu 100º jogo pela Holanda, 13 de junho de 2014Uma das principais veio logo no segundo dia do torneio: o camisa 10 da Holanda, Sneijder, chegou aos 100 jogos por sua seleção em um jogo memorável diante da Espanha. Embora tenha saído atrás da atual campeã mundial, a Laranja chegou à virada, conquistando uma histórica goleada por 5 a 1.
Alemanha chega aos 100 jogos em Copas do Mundo, 16 de junho de 2014A tricampeã mundial Alemanha chegou ao seu 100º jogo em Copas do Mundo da FIFA logo em sua estreia no Brasil 2014. Na ocasião, a equipe dominou completamente Portugal, vencendo o jogo por 4 a 0. Thomas Müller fez três, e Mats Hummels marcou o outro, em sua estreia em Mundiais.
Mario Yepes disputa seu 100º jogo pela Colômbia, 19 de junho de 2014O veterano zagueiro chegou à sua 100ª partida pela seleção no segundo jogo da fase de grupos, contra a Costa do Marfim. Como a Colômbia não disputava uma Copa do Mundo desde 1998, este foi apenas o segundo Mundial de Yepes, 39 anos de idade. No dia do centésimo jogo, ele comandou a equipe na vitória por 2 a 1 que valeu a vaga nas oitavas de final.
Olivier Giroud marca o 100º gol da França em Copas do Mundo, 20 de junho de 2014Em sua estreia no Brasil 2014, a França bateu Honduras por 3 a 0, chegando aos 99 gols marcados em Mundiais. Assim, o primeiro jogador que marcasse diante da Suíça, na segunda rodada, entraria para a história como o autor do centésimo gol francês no maior torneio do futebol mundial. Coube ao centroavante do Arsenal a honraria, superando a defesa pelo alto após um escanteio batido por Mathieu Valbuena.
Javier Mascherano disputa seu 100º jogo pela Argentina, 21 de junho de 2014O camisa 14 da Argentina vestiu pela centésima vez a camisa alviceleste no duelo contra o Irã, um jogo que parecia destinado a acabar em um surpreendente empate sem gols. Aos 45 minutos do segundo tempo, porém, Lionel Messi, num chute mágico, deu aos argentinos a vitória por 1 a 0 que carimbou o passaporte para as oitavas de final.
Per Mertesacker disputa seu 100º jogo pela Alemanha, 21 de junho de 2014Fortaleza foi o cenário para a marca obtida pelo zagueiro do Arsenal. A equipe de Joachim Löw encarou Gana em um jogo emocionante, mas que talvez não tenha agradado ao zagueirão, já que acabou empatado em 2 a 2. Mertesacker tornou-se o décimo alemão a alcançar a marca de 100 jogos pela seleção.
Brasil chega aos 100 jogos em Copas do Mundo, 23 de junho de 2014Uma semana depois da Alemanha, foi a vez de o Brasil chegar à marca de 100 jogos disputados em Copas do Mundo, na última rodada do Grupo A, contra Camarões. A partida acabou em 4 a 1 para a Seleção. Neymar fez o gol de abertura do histórico confronto. Foi a 69ª vitória brasileira em seu 20º Mundial — a seleção verde-amarela é a única que disputou todas as edições da Copa do Mundo.
Neymar marca o 100º gol do Brasil 2014, 23 de junho de 2014O primeiro gol da Copa do Mundo foi marcado por um brasileiro: Marcelo. Porém, teve sabor amargo, já que foi um gol contra, a favor da Croácia, no jogo de abertura. O 100º gol do torneio também foi de um brasileiro, mas com gosto bem mais especial. Neymar invadiu a área camaronesa e chutou rasteiro, sem chances para o goleiro Charles Itandje.  
Dirk Kuyt disputa seu 100º jogo pela Holanda, 29 de junho de 2014A centésima partida do atacante certamente entrará para a história da Copa do Mundo como uma das que possuíram o final mais surpreendente. Depois de um primeiro tempo dominado pelo México, o selecionado holandês saiu atrás no marcador logo no começo da etapa final, graças a um gol de Giovani dos Santos. Foi quando começou o drama. As incansáveis arrancadas de Kuyt simbolizavam a postura holandesa de não desistir nunca. Sneijder marcou um golaço, empatando o jogo aos 42 do segundo tempo, e Huntelaar, de pênalti, virou o placar, já nos acréscimos.
Joseph Yobo chega ao 100º jogo pela Nigéria, 30 de junho de 2014 Com a lesão de Godfrey Oboabona na estreia, diante do Irã, Yobo assumiu seu lugar no centro da defesa, ganhando também a braçadeira de capitão. Seu 100º jogo foi nas oitavas de final, contra a França, o primeiro da Nigéria em um mata-mata de Copa do Mundo desde 1998. Ele se tornou o primeiro jogador da história do país a atingir a marca. Porém, a tarde foi amarga para Yobo, que não conseguiu impedir a derrota por 2 a 0, resultado que eliminou os africanos do Brasil 2014.

ALEMANHA

Matthäus manda o aviso: "Tragam o título para casa"
(FIFA.com) 
Matthäus manda o aviso: "Tragam o título para casa"
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Lothar Matthäus foi o capitão da Alemanha na Copa do Mundo da FIFA Itália 1990 e teve a honra de levantar o troféu na ocasião. Desde então, nenhum outro capitão alemão conseguiu repetir o gesto, embora a seleção alemã tenha chegado perto do título algumas vezes. Na Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, o selecionado germânico chegou pela quarta vez consecutiva às semifinais do Mundial — e quer finalmente conquistar o seu quarto título.
O jogador, que é recordista em número de partidas na Copa do Mundo, está acompanhando o torneio no Brasil atentamente e tem a sensação de que desta vez o seu país conseguirá finalmente voltar a levantar a taça. Antes das semifinais, ele concedeu uma entrevista à FIFA para falar sobre as primeiras partidas da seleção alemã, o próximo jogo contra o anfitrião e os motivos da sua confiança.
FIFA: Como você avalia o desempenho da Alemanha até o momento no Mundial?
Lothar Matthäus: Não é o mesmo futebol bonito que a Alemanha mostrou nos dois últimos Mundiais, mas Joachim Löw também aprendeu algo com isso: não se ganha título jogando bonito. E o objetivo da seleção alemã é vencer a Copa do Mundo no Brasil. Por isso, estamos vendo um jogo um pouco mais conservador. Estamos pensando apenas na linha de quatro defensores e em Philipp Lahm como primeiro volante. A Alemanha teve alguns problemas na preparação. Jogadores importantes ficaram lesionados por longo tempo — como Bastian Schweinsteiger, Sami Khedira e também Miroslav Klose. E provavelmente por isso Löw teve de testar algo diferente, e até o momento isso funcionou muito bem do ponto de vista dos resultados.
Na Alemanha, houve até agora muitas críticas a respeito do estilo de jogo da equipe, principalmente depois da partida contra a Argélia. A que se deve isso, já que os resultados estão acontecendo?
Os torcedores estão um pouco mal acostumados, já que a equipe mostrou um futebol muito bom nos últimos anos e conta com uma grande qualidade. Até agora, quase todos os jogos foram muito disputados e é óbvio que os jogadores se perguntam: 'Queremos jogar bonito e voltar para casa mais cedo ou queremos estar com a taça nas mãos depois de sete jogos?' A resposta é clara: tragam o título para casa. E por isso não joguem apenas bonito, mas acima de tudo pratiquem um futebol vitorioso.
O que você achou de, antes da partida contra a França, Löw ter recuado Lahm para a lateral, alterando com isso a sua mentalidade e a sua tática?Löw é inteligente. É claro que isso também depende da situação. Ele percebeu que Schweinsteiger e Khedira estão de volta à sua melhor forma e aos poucos vêm ganhando ritmo. Ele precisava estar convencido disso para recuar Lahm novamente.
O que a Alemanha precisa mudar para chegar à final?
Os jogadores precisam apenas vencer o Brasil, não importa como. Alguns atletas não estão jogando na posição a que estão acostumados nos seus clubes. Isso ocorre principalmente pela esquerda. Fica perceptível no caso de Mesut Özil. Na realidade, a sua posição é no centro e agora ele está jogando pela esquerda. Pela sua linguagem corporal, fica claro que ele não tem a mesma alegria e diversão de jogar como antes. Mas Özil precisa jogar nesse setor se quiser ao menos estar em campo e ele está fazendo o seu melhor por lá. Benedikt Höwedes também não é lateral esquerdo, e sim zagueiro central. Observo que a Alemanha está com problemas nesta posição. Mas, tirando isso, a equipe está funcionando como uma unidade compacta, está em boas condições físicas e consegue jogar no mais alto ritmo durante os 90 minutos. E isso pode ser decisivo para triunfar no Mundial.
Agora, a Alemanha enfrentará o anfitrião Brasil nas semifinais. Nos jogos anteriores da Seleção, os torcedores criaram uma atmosfera grandiosa. Será que isso pode intimidar os alemães?
Os jogadores estão acostumados a grandes atmosferas. Eles jogam quase todas as semanas em estádios lotados na Bundesliga, que são quase tão grandes quanto os do Brasil. Principalmente os jogadores do Bayern. Em toda partida fora de casa, eles sentem a pressão e todo o estádio fica contra eles. Agora, a mesma coisa vai acontecer. Mas isso também pode se tornar uma pressão para os anfitriões e pode ser bom para a Alemanha. Observamos que os brasileiros estão muito sensíveis, eles choraram muito durante a Copa do Mundo. Não apenas por tristeza, mas também por alegria. Eles estão colocando as suas emoções para fora. E assim vemos que existe muita sensibilidade na equipe. Precisamos observar como vão lidar com essa pressão. O Brasil tem a vantagem de jogar em casa, mas a Alemanha tem a vantagem de ter uma equipe forte.
Em que sentido é vantajoso que Löw disponha de jogadores que já estão disputando a sua segunda, terceira ou, no caso de Klose, até mesmo a sua quarta semifinal de um Mundial?
A grande vantagem contra a França foi, sem dúvida, a experiência. Os franceses têm uma equipe jovem, mas pouca experiência em torneios, enquanto há muitos jogadores da Alemanha que já disputaram 80, 90, 100 ou até mais jogos pela seleção e vários torneios. Isso só pode ser uma vantagem. A experiência de ter disputado o torneio no passado é com certeza uma vantagem da Alemanha em relação ao Brasil.
Você também participou de várias Copas do Mundo. Como os jogadores se preparam para uma semifinal como esta?
Não podemos generalizar isso. O importante é que os jogadores também façam outras coisas e não pensem apenas no jogo. Mas claro que isso fica na cabeça, talvez até mais, por exemplo, do que contra a França porque agora sabemos que vamos jogar contra equipe que é supostamente a maior favorita, o anfitrião do torneio. Os jogadores também são mais confrontados externamente com isso. E eles precisam se libertar disso.
Como será a partida contra o Brasil?
Sou um patriota e acredito que não há nada de errado nisso. Sabemos que será um jogo difícil e com certeza não somos os favoritos. Mas vamos vencer por 2 a 1 — e quando digo 'nós' é claro que me refiro à Alemanha.
O que o deixa confiante de que a Alemanha será campeã?
Acredito que precisamos diferenciar as coisas. Não temos a obrigação de ser campeões mundiais, mas queremos e podemos fazer isso. A equipe já chegou muito longe. Ela está entre os quatro melhores e agora tudo depende de nuances. A seleção alemã deixou em mim uma impressão de firmeza e estabilidade. Ela está autoconfiante. A linguagem corporal dos jogadores mostra o que eles pensam: 'É preciso que apareça uma equipe melhor do que a nossa para nos vencer.' Eles estão esbanjando autoconfiança. No setor ofensivo, com certeza há uma coisa ou outra a ser melhorada, mas eles querem apenas uma coisa: o 

HOLANDA


Kuyt: "Já perdemos uma Copa. Agora queremos ganhar"

(FIFA.com) 
Kuyt: "Já perdemos uma Copa. Agora queremos ganhar"
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"Cobrar um pênalti é muito simples: ou você erra, ou você acerta."
Dirk Kuyt tem toda a razão. O pênalti, um tiro livre de 11 metros, sem barreira e com tempo para escolher a melhor forma de chutar, deveria ser uma das tarefas mais fáceis do futebol. Em uma Copa do Mundo, porém, é tudo menos isso.
Com as esperanças de toda uma nação sobre os ombros do cobrador e o mundo inteiro assistindo, a pressão – como podem atestar alguns dos maiores craques de todos os tempos – pode fazer o simples parecer praticamente impossível. Os holandeses já vivenciaram de tudo nos pênaltis e, diante de um goleiro como Keylor Navas, que havia eliminado a Grécia na fase anterior, eles tinham motivos de sobra para temer e tremer.
Ainda assim, quando a balança parecia pender a favor da Costa Rica, os experientes astros da Laranja deram o exemplo. Em toda a história da Copa do Mundo, dificilmente terá havido uma série de pênaltis tão bem executada como a do quarteto Kuyt, Robin van Persie, Arjen Robben e Wesley Sneijder, que exibiu sangue frio e técnica irrepreensíveis. E embora todos eles tenham corrido incansavelmente durante os 120 minutos anteriores, Kuyt disse à FIFA que as pernas cansadas não foram um problema.
"Para falar a verdade, quando chega a hora (de bater o pênalti), você não pensa sobre isso (no cansaço)", explicou. "Você tem muita adrenalina no corpo. Por outro lado, há também muita pressão, por isso você tenta se concentrar apenas em cobrar o pênalti. Você basicamente não sente nada e naquele momento se decide se os 120 minutos de corrida valeram a pena ou não."
Além de elogiar a competência dos companheiros na marca fatal, o atacante também se lembrou de enaltecer o grande herói da noite. "Os jogadores bateram muito bem, um de cada vez, e aí Tim (Krul) fez sua mágica. Ele ficou intimidando os cobradores adversários e deu o seu melhor. Isso mostra a força deste grupo. Temos 23 jogadores e todos são muito bons no que fazem. Sempre que o treinador precisa, eles correspondem. Provamos mais uma vez que não estamos vencendo apenas com 11 jogadores. Somos todos um time – um time com um único objetivo."
Não há dúvida de que nenhum outro técnico no Brasil 2014 utilizou tantos jogadores como Louis van Gaal. Afinal, o goleiro Krul foi o 21º dos 23 holandeses que já entraram em campo no torneio. Apenas o meio-campista Jordy Clasie e o terceiro goleiro, Michel Vorm, ainda não tiveram oportunidades, o que prova que a boa campanha da Laranja é fruto de um genuíno esforço coletivo. Isso tem ajudado a criar um sentimento de solidariedade que tem ficado evidente nas atuações da equipe até aqui. Não à toa, insistiu Kuyt, os vice-campeões mundiais de 2010 brilharam até mesmo durante os 120 minutos de 0 a 0 com osTicos.
"Acho que fizemos um ótimo jogo, a bola é que simplesmente não quis entrar", destacou. "Normalmente, com as posições em que nossos atacantes estavam, teríamos marcado cinco ou seis gols. Mas às vezes acontecem essas coisas no futebol."
"Estou muito orgulhoso desta seleção, porque não desistimos em nenhum momento, seja no tempo regulamentar ou na prorrogação, muito menos nos pênaltis", continuou. "Acho que mostramos, tanto nos 120 minutos como nos pênaltis, que realmente queríamos ganhar o jogo e avançar às semifinais. E no fim conquistamos o que merecíamos."
O prêmio da Holanda pela classificação é um desafio maiúsculo, provavelmente o maior de todos até agora: a Argentina, adversária na semifinal de São Paulo. E ainda que a Albicelestetenha sofrido contra a Bélgica antes de confirmar uma apagada vitória por 1 a 0, Kuyt sabe muito bem a ameaça que ela representa.
"A Argentina é uma seleção de primeira linha", elogiou, "e merece estar entre os quatro primeiros colocados. Mas queremos enfrentar os melhores e não apenas isso, mas vencer também. É por isso que estamos aqui. As semifinais estão fantásticas, mas sabemos o que é perder uma Copa do Mundo e agora queremos muito ganhar. Esse é o nosso objetivo."

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