Prévia do dia: reencontro de gigantes 12 anos depois
© Getty Images
Pela primeira vez na história, as semifinais da Copa do Mundo da FIFA reeditarão duas finais de edições anteriores, dando a seus perdedores uma oportunidade de revanche. No dia 9 de julho, a Holanda reencontrará a Argentina, para quem perdeu o Mundial de 1978 (1 a 3 após prorrogação). Na véspera, a outra semifinal colocará frente a frente dois outros monstros sagrados do futebol, o Brasil, que busca seu sexto título, e a tricampeã Alemanha, que não foi páreo para o talento de Ronaldo na final da Coreia/Japão 2002 (0 a 2).
Curiosamente, no mesmo jogo em que os donos da casa conquistaram sua mais convincente vitória no atual torneio, sobre a brilhante Colômbia (2 a 1), uma imensa dúvida tomou conta de todo o país. A saída do ídolo Neymar na maca mudou completamente o cenário. Vítima de uma fratura na terceira vértebra lombar, o jovem craque terá que acompanhar a reta final da competição junto à família. Luiz Felipe Scolari, que havia montado a Seleção em torno dele, agora se vê diante de uma escolha difícil: mudar ou esquema tático ou simplesmente colocar um substituto da mesma posição. No caso do capitão Thiago Silva, que também está fora da semifinal, mas por suspensão, a opção pelo zagueiro Dante, do Bayern de Munique, parece definida. Certamente, Felipão saberá o que fazer, mas não há dúvida de que o duplo desfalque é um duro golpe na caminhada do Brasil rumo ao Maracanã.
A Alemanha, por sua vez, ainda que não tenha exibindo sua habitual autoridade, vem subindo de produção a cada vitória. A equipe do técnico Joachim Löw conta com uma linha defensiva ferrenha, que reencontrou seu equilíbrio com o retorno de Philipp Lahm à lateral. Não é por acaso que, entre os oito jogadores que mais efetuaram passes no torneio, haja nada menos que quatro alemães: Lahm 471, Toni Kroos 450, Per Mertesacker 324 e Jérôme Boateng 315. Para azar dos brasileiros, as dúvidas deram lugar à ambição na Mannschaft.
O jogo
Brasil x Alemanha, Estádio do Mineirão, Belo Horizonte, 17h (hora local)
Brasil x Alemanha, Estádio do Mineirão, Belo Horizonte, 17h (hora local)
Você sabia?
Sequência inéditaA Alemanha é a primeira seleção a se classificar quatro vezes seguidas para as semifinais da Copa do Mundo da FIFA. Em 2002, ela perdeu a decisão contra o Brasil. Em seguida, sofreu duas derrotas nas próprias semifinais: em 2006 para a Itália (0 a 2 após prorrogação) e em 2010 para a Espanha (0 a 1). Ou seja, nas três ocasiões, os alemães caíram diante do futuro campeão.
Sequência inéditaA Alemanha é a primeira seleção a se classificar quatro vezes seguidas para as semifinais da Copa do Mundo da FIFA. Em 2002, ela perdeu a decisão contra o Brasil. Em seguida, sofreu duas derrotas nas próprias semifinais: em 2006 para a Itália (0 a 2 após prorrogação) e em 2010 para a Espanha (0 a 1). Ou seja, nas três ocasiões, os alemães caíram diante do futuro campeão.
Zagueiro artilheiroO sólido zagueiro alemão Mats Hummels, autor de dois gols no Brasil 2014 (contra Portugal e França), é o primeiro defensor a realizar tal feito desde o sul-coreano Lee Jung-Soo em 2010. O recorde pertence ao lateral alemão Paul Breitner, que marcou três gols em 1974.
Novas marcas para Klose
Se entrar em campo contra o Brasil, o atacante alemão Miroslav Klose se tornará o primeiro jogador a participar de quatro semifinais consecutivas de Copa do Mundo, superando seu compatriota Uwe Seeler, com quem divide a marca de três partidas válidas por essa etapa da competição. Além disso, com os 22 jogos que já disputou na história do torneio, Klose ultrapassou Diego Maradona, Uwe Seeler e o polonês Wladyslaw Zmuda. Ele ainda pode tomar a segunda posição de Paolo Maldini (23) em caso de classificação para a final, mas não poderá igualar o recordista absoluto, Lothar Matthäus (25).
Se entrar em campo contra o Brasil, o atacante alemão Miroslav Klose se tornará o primeiro jogador a participar de quatro semifinais consecutivas de Copa do Mundo, superando seu compatriota Uwe Seeler, com quem divide a marca de três partidas válidas por essa etapa da competição. Além disso, com os 22 jogos que já disputou na história do torneio, Klose ultrapassou Diego Maradona, Uwe Seeler e o polonês Wladyslaw Zmuda. Ele ainda pode tomar a segunda posição de Paolo Maldini (23) em caso de classificação para a final, mas não poderá igualar o recordista absoluto, Lothar Matthäus (25).
70 vitóriasO Brasil conquistou contra a Colômbia seu 70º triunfo na Copa do Mundo em 102 jogos disputados, reforçando assim seu status de seleção mais vitoriosa da competição. Em segundo lugar, aparece ninguém menos que sua adversária nas semifinais, a Alemanha (64).
Felipão a duas vitórias de SchönAo somar sua 14ª vitória em Mundiais (sete com o Brasil em 2002, quatro com Portugal em 2006 e três com o Brasil este ano), Luiz Felipe Scolari superou seu compatriota Zagallo (13 vitórias em três Copas do Mundo) e agora está a apenas dois triunfos do alemão Helmut Schön (16 vitórias em 25 partidas ao longo de quatro Copas do Mundo).
Suspenso
Thiago Silva (BRA)
Thiago Silva (BRA)
Pendurados
Ninguém
Ninguém
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Último capitão da Alemanha a erguer a taça da Copa do Mundo, Lothar Matthäus conversou longamente com o FIFA.com sobre a ascensão da Mannschaft no Brasil 2014. Confiante, ele mandou uma mensagem muito clara a seus sucessores: "Tragam o título para casa"
Último capitão da Alemanha a erguer a taça da Copa do Mundo, Lothar Matthäus conversou longamente com o FIFA.com sobre a ascensão da Mannschaft no Brasil 2014. Confiante, ele mandou uma mensagem muito clara a seus sucessores: "Tragam o título para casa"
Após Neymar, David Luiz é sem dúvida o jogador brasileiro mais popular entre os torcedores, graças à sua postura irrepreensível em campo, mas também a seu carisma e seu bom humor constante. O FIFA.com bateu um papo com o zagueiro.
Improvável no papel, a associação germano-brasileira não é tão disparatada como possa parecer. Sobretudo do ponto de vista do futebol. O FIFA.com foi atrás dos laços de unem Brasil e Alemanha, tendo o esporte mais popular do planeta como fio condutor.
Nesse dia em...
Derrotada na final da Copa do Mundo 1986, no Estádio Azteca do México, pela Argentina (2 a 3), a Alemanha teve sua revanche quatro anos depois, no dia 8 de julho de 1990, no Estádio Olímpico de Roma, conquistando seu terceiro título mundial às custas daAlbiceleste de Carlos Bilardo (1 a 0). Naquela ocasião, foi o então técnico da Mannschaft, Franz Beckembauer, quem ganhou a batalha tática, confiando a marcação de Diego Maradona ao seu cão de guarda Guido Buchwald. Ovacionado cinco dias antes em Nápoles, ainda que tivesse convertido a cobrança decisiva que eliminou a anfitriã Itália na disputa de pênaltis (1 a 1 no tempo normal, 4 a 3 nos pênaltis), o craque argentino virou o principal alvo da animosidade do público presente no Estádio Olímpico, chegando a perder o controle em diversas ocasiões. Curiosamente, Andreas Brehme marcou o gol da vitória em cobrança de pênalti a cinco minutos do fim (1 a 0), enquanto os argentinos terminaram a partida com nove jogadores. Beckenbauer então se tornou o segundo homem a conquistar a Copa do Mundo como jogador (1974) e depois como treinador, igualando Zagallo, que venceu em 1958 e 1962 como jogador e em 1970 como técnico.
Derrotada na final da Copa do Mundo 1986, no Estádio Azteca do México, pela Argentina (2 a 3), a Alemanha teve sua revanche quatro anos depois, no dia 8 de julho de 1990, no Estádio Olímpico de Roma, conquistando seu terceiro título mundial às custas daAlbiceleste de Carlos Bilardo (1 a 0). Naquela ocasião, foi o então técnico da Mannschaft, Franz Beckembauer, quem ganhou a batalha tática, confiando a marcação de Diego Maradona ao seu cão de guarda Guido Buchwald. Ovacionado cinco dias antes em Nápoles, ainda que tivesse convertido a cobrança decisiva que eliminou a anfitriã Itália na disputa de pênaltis (1 a 1 no tempo normal, 4 a 3 nos pênaltis), o craque argentino virou o principal alvo da animosidade do público presente no Estádio Olímpico, chegando a perder o controle em diversas ocasiões. Curiosamente, Andreas Brehme marcou o gol da vitória em cobrança de pênalti a cinco minutos do fim (1 a 0), enquanto os argentinos terminaram a partida com nove jogadores. Beckenbauer então se tornou o segundo homem a conquistar a Copa do Mundo como jogador (1974) e depois como treinador, igualando Zagallo, que venceu em 1958 e 1962 como jogador e em 1970 como técnico.
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