sábado, 28 de junho de 2014

BRASIL


Um ano depois, a virada de Fernandinho

Um ano depois, a virada de Fernandinho
© Getty Images
Era o início do segundo tempo, e a Seleção Brasileira buscava tomar as rédeas definitivamente de uma partida nada fácil contra Camarões. Luiz Felipe Scolari deu a Fernandinho sua primeira chance de atuar na Copa do Mundo da FIFA, e o resultado foi imediato. Ou quase isso. Com quatro minutos em campo, o meio-campista viu uma bola sobrando e dominou com o peito. Antes de deixá-la tocar o chão, ajeitou com a perna direita e, logo em seguida, quase de costas, achou David Luiz livre na esquerda. O zagueiro cruzou, Fred marcou, e o Brasil abriu 3 a 1, agarrando para não soltar mais uma vaga nas oitavas de final. 
Fernandinho também foi o autor do quarto gol e sua estreia em Copa do Mundo pode ser justamente classificada como memorável. Tão memorável como os eventos de junho de 2013, um ano antes. Naquele mês, a Seleção Brasileira conquistou a Copa das Confederações da FIFA. O meio-campista não fazia parte do elenco e teve de ver de casa enquanto colegas festejavam no Maracanã a vitória sobre a Espanha. Aquele mesmo mês, contudo, é celebrado por Fernandinho até hoje, e por outro motivo: foi ali que o meio-campista deixou o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, e se transferiu para o Manchester City, da Inglaterra. 
As atuações que ajudaram seu clube a conquistar o título da Premier League chamaram a atenção de Felipão, que lhe deu uma chance na Seleção. Só uma mesmo, até porque Fernandinho não precisou de mais. Convocado a três meses da Copa do Mundo para um amistoso diante da África do Sul, o atleta de 29 anos entrou como titular e fez um gol na vitória por 5 a 0, em Johanesburgo. Na próxima vez que vestiria a camisa da Seleção, Fernandinho já faria parte no grupo dos 23 que disputariam o Mundial. 
“Sempre tive esse sonho de jogar a Copa do Mundo e vestir a camisa da Seleção. Mas na situação em que eu estava, jogando na Ucrânia e no Shakhtar Donetsk, eu sabia que era muito difícil”, disse, em conversa com o FIFA.com. “A partir do ano passado, quando eu me transferi para a Inglaterra e comecei a disputar uma liga muito maior, que tinha muito mais visibilidade, meu objetivo foi aflorando, eu fui batalhando, fui buscando e, em março deste ano, tive a convocação para o jogo com a África do Sul. Tudo que eu comecei a fazer a partir de junho de 2013 foi no objetivo de chegar aqui na Copa do Mundo.”

O gol que coroa a estreiaBalançar as redes em Copa do Mundo, não importa se como centroavante ou zagueiro, é especial. A emoção de Fernandinho não foi diferente. Afinal, saiu dos seus pés o gol mais bonito da partida. “Entrar e fazer gol com a camiseta da Seleção, em uma Copa do Mundo, jogando em casa… Passa tanta coisa na cabeça…”, diz, buscando as palavras. “Um dos principais é a emoção que a família e os meus amigos sentiram no momento. Talvez seja ainda maior do que a minha. Eu vou tomar um banho, voltar para o hotel e continuar concentrado. A família está em casa, vai receber carinho de outras pessoas, então talvez eles vão sentir uma emoção maior do que a minha. Fico muito feliz de poder proporcionar isso para eles.” 
O lance foi uma bela amostra do estilo de jogo que a Seleção Brasileira vem aplicando nos gramados da Copa: marcação forte no campo de ataque e ajuda dos meio-campistas que teriam, em tese, obrigação de defender antes de ajudar na frente. Após um roubo de bola de Oscar, Fernandinho avançou e passou para Fred, que devolveu a Oscar. A série de toques de primeira acabou com o próprio Fernandinho mandando de bico no canto esquerdo. “Aqui no Brasil, nós temos o costume de chamar um jogador de primeiro volante, que é aquele que só marca. Mas, como a maioria de nós está acostumada a jogar na Europa, a gente já está habituado. Os volantes também armam as jogadas e chegam na frente para finalizar. Talvez por isso a gente tenha jogadores que jogam nessa função e chegam na frente, acabam fazendo gol e armando algumas jogadas também.”

CHILE



Zamorano: "A geração atual supera todas"27 Jun 2014

Iván Zamorano está visivelmente feliz. Todos os seus gestos mostram um homem que está curtindo ao máximo a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, tanto como comentarista de uma grande rede de televisão quanto como torcedor do Chile, seleção à qual serviu, com status de grande ídolo, por 14 anos.
O centroavante disputou 69 partidas com a camisa chilena entre 1987 e 2001. Ficou marcado pelos gols: foram 34 ao todo, sendo 12 nas eliminatórias para a França 1998, um recorde da competição sul-americana. A maior conquista foi a medalha de bronze no Torneio Olímpico de Futebol Sydney 2000, no qual foi o artilheiro, com seis gols.
Para muitos, a geração de Zamorano e Marcelo Salas foi a melhor da história do futebol chileno até o surgimento da safra atual. No entanto, em 2010 o Chile também foi derrotado nas oitavas de final pelo Brasil, adversário que já o havia batido em 1998.Former Chilean footballer Ivan Zamorano (R) arrives before the start of a Group B football match between Spain and Chile in the Maracana Stadium in Rio de Janeiro during the 2014 FIFA World Cup on June 18, 2014.  AFP PHOTO / LLUIS GENE
Horas antes do novo confronto com a seleção brasileira em 2014, o FIFA.com conversou com Zamorano sobre o duelo deste sábado (veja vídeo), entre outros tantos assuntos.
FIFA.com: Muito tem sido falado sobre a atual geração de jogadores chilenos. É comparável com aquela da qual você fez parte em 1998? 
Não, a atual supera todas. O Chile sempre teve bons jogadores, mas gerações inteiras neste nível é difícil de encontrar. Estes meninos vêm criando conceitos diferentes. Todos falam que querem ser campeões do mundo. Em 1998, éramos dois ou três que fazíamos carreira fora do país. Hoje, esse percentual chega a 95%. Esta equipe tem mais categoria, maturidade e experiência para enfrentar diferentes desafios internacionais.
Mas ainda fica a sensação de que a equipe de Nelson Acosta, com Salas e você, tinha mais poder ofensivo...
Sim (sorri), pode ser... Salas e eu nascemos na mesma época e só pensávamos em fazer a maior quantidade de gols possível para o Chile. Hoje temos ótimos atacantes, mas falta um pouco mais de gols. O esquema tático utilizado influi nisso: não jogamos agora com um centroavante clássico. São adotados outros tipos de conceitos técnicos e táticos, os quais fazem esta seleção ser muito melhor. Ela não faz tantos gols, mas conta com muito mais oportunidades, sabedoria, inteligência e criatividade.
Quando você vê tudo o que está vivendo esta seleção, fica com vontade de voltar a jogar? 
Sempre! Quando o Chile joga ocorre algo muito especial, tenho sentimentos fortes. A seleção é a coisa mais importante que já aconteceu na minha vida. Jogar pelo país, ser o capitão, cantar o hino nacional em uma Copa do Mundo ou Olimpíada é o sonho de qualquer jogador de futebol. Do lado de fora a gente sofre mais, fica mais ansioso, nervoso e se emociona muito mais. Escutar o hino no Maracanã é algo muito forte, ver os jogadores cantar com alma e coração, ver milhares de chilenos acompanhando...  São emoções únicas, que me dão vontade de jogar, de estar lá, de ser 15 anos mais jovem. Muitas coisas. Mas hoje sou o torcedor número 1 da seleção, me emocionam e me deixam muito feliz todas as vitórias que os rapazes estão nos dando.
Esta é a melhor Copa do Mundo que você já viu até hoje?
Tive a sorte de participar de Copas do Mundo em diferentes papéis. Em 1994, fui como torcedor aos Estados Unidos porque queria ver Maradona. Em 1998, fui o capitão da seleção, e em 2010, como agora, trabalhei como comentarista de televisão. De todas as Copas que pude ver, esta está sendo a melhor. Estamos em um país que respira futebol, onde o futebol é uma religião. Para mim é normal que estejamos vendo um futebol tremendamente ofensivo, com muitos gols e grandes espetáculos. Esta primeira fase me deixou uma ótima impressão. Os treinadores estão mais abertos a jogar, a arriscar do ponto de vista tático. Estou feliz de poder ver esta Copa do Mundo.Respeito é bom e fortalece
Você conhece bem o futebol espanhol. Como se explica esta eliminação da Espanha neste contexto de futebol bonito e ofensivo?
O futebol tem dessas coisas. Um dia você é o rei, e no outro pode ir mais cedo para casa. Nenhuma equipe hoje ganha na camiseta, na história, só descendo do ônibus. A Espanha não esteve à altura e teve de enfrentar dois adversários que lhe dificultaram demais a vida desde o começo. A Holanda fez uma partida perfeita do ponto de vista tático, e o Chile fez o mesmo no lado emocional, tático, futebolístico e físico. Uma equipe sem planejamento, sem estrutura, sem motivação nem preparação física não chega a lugar nenhum.
Há algum jogador ou seleção que o deslumbrou até agora?
Houve grandes equipes que fizeram grandes partidas: a França contra a Suíça, Holanda e Chile contra a Espanha, mas nenhuma me deslumbrou. Nas oitavas de final estão os melhores, e certamente alguém despontará. Jogadores? Neymar, Messi, Robben e Shaqiri são os que mais me chamaram a atenção. Levam as suas seleções nas costas, dá gosto de vê-los ou tê-los ao seu lado, pois eles são capazes de ganhar jogos. No Chile, a grande figura é Alexis Sánchez. As vitórias dependem de grandes jornadas dele.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

BRILHO NOS OLHOS

Um dia para jamais ser esquecido:

Seleção recebe os filhos 

da tragédia de Teresópolis


Os brilhos nos olhos, a expressão de autêntica alegria, o sentimento de quem está vivendo um dia para jamais ser esquecido.
Os filhos da tragédia de Teresópolis, que devastou cinco bairros de Teresópolis em 2011, realizaram nesta quarta-feira o sonho que acalentaram durante três anos e meio: foram recebidos pelos jogadores, comissão técnica e o presidente Marin e assistiram ao treino da Seleção Brasileira.
Antes do treino, reunidos no gramado, os meninos ganharam autógrafos, posaram para fotos e, sobretudo, receberam o carinho e o afago dos seus ídolos.
O presidente da Associação de Moradores vítimas da tragédia, Joel Caldeira, falou em nome das crianças em um discurso simples e tocante. Ele nada pediu em ajuda material. Expressou apenas o desejo que diz ser o de todos os meninos.
- A gente tinha certeza que a Seleção Brasileira iria nos abraçar, nós que fomos vítimas da maior tragédia que aconteceu no Brasil, e que iria nos receber com essa atenção e carinho. Só peço a vocês que ganhem este pentacampeonato, o que vai fazer todas essas crianças muito felizes. É tudo o que eles querem.
Dos cerca de 60 presentes, o menino Rian, 13 anos, cadeirante,parecia o mais feliz. Bateu bola com Neymar, brincou com todos os jogadores e estava com a expressão de quem acabara de ganhar o melhor presente.
Entre todos, havia pessoas com muitas histórias tristes para contar e amargura que será levada para o resto da vida. Como é o caso de Marcus Vinícius, vestido com a camisa do Fluminense, que perdeu 23 parentes, entre eles três filhos e um neto.
- Essa tragédia vai nos acompanhar par o resto da vida. Mas o momento agora é de pausa para um sentimento que nos une: ver a gratidão das pessoas, ser acolhido por pessoas a quem a gente admira, nossos ídolos do futebol. Nunca mais vou esquecer este dia. Fotos: Rafael Ribeiro  CBF

iro / CBF



CHOCOLATE FESTIVAL

FESTIVAL DO CHOCOLATE EM JULHO

Aberto ontem à noite, Festival do Chocolate e Cacau vai até domingo (Foto Pimenta).
Solenidade de abertura do festival em 2013 (Foto Pimenta/ Arquivo).
A sexta edição do Festival Internacional do Chocolate e Cacau da Bahia começa em 24 de julho, no Centro de Convenções de Ilhéus. Os detalhes e as atrações do evento deste ano serão anunciados em lançamento no próximo dia 3, no Volp Club, na Avenida Soares Lopes. O festival é realizado pelo Convention Bureau Costa do Cacau, APC e MVU Eventos.

Fonte;http://www.pimenta.blog.br 

URUGUAI


Suárez é suspenso por 9 jogos e banido por 4 meses de atividades 

Suárez é suspenso por 9 jogos e banido por 4 meses de atividades relacionadas ao futebol
© Getty Images
O Comitê Disciplinar da FIFA tomou uma decisão no caso relacionado ao atacante uruguaio Luis Suárez após um incidente ocorrido durante a partida da Copa do Mundo da FIFA™ disputada entre Itália e Uruguai no  dia 24 de junho de 2014.
O Comitê Disciplinar da FIFA decidiu que:
· Suárez violou os artigos 48, par. 1º, alínea "d" ("agressão") e 57 ("comportamento antidesportivo para com outro jogador") do Código Discplinar da FIFA;
· O jogador Luis Suárez deverá cumprir suspensão de nove partidas oficiais, a primeira delas a ser observada no jogo entre Colômbia e Uruguai pelas oitavas de final da Copa do Mundo da FIFA™ no dia 28 de junho de 2014. As demais deverão ser cumpridas na(s) próxima(s) partida(s) do Uruguai no torneio, se a seleção se classificar, e/ou nos jogos oficiais subsequentes, nos termos do artigo 38, par. 2º, alínea "a" do Código Disciplinar da FIFA;
· O jogador Luis Suárez está proibidio de participar de qualquer atividade relacionada ao futebol (administrativa, esportiva ou qualquer outra) pelo período de quatro meses, de acordo com o artigo 22 do Código Disciplinar da FIFA.
· Uma proibição de frequentar estádios foi imposta ao jogador Luis Suárez em conformidade com o artigo 21 do Código Disciplinar da FIFA nos seguintes termos: Suárez está proibido de adentrar as dependências de qualquer estádio durante o período de banimento (item 3). Suárez está proibidio de adentrar as dependências de qualquer estádio no qual a seleção do Uruguai esteja jogando enquanto cumprir as nove partidas de suspensão (item 2).
· O jogador Luis Suárez foi condenado a pagar multa no valor de 100 mil francos suíços.
A decisão foi notificada ao jogador e à Federação Uruguaia de Futebol nesta quinta-feira.
"Tal comportamento não pode ser tolerado em nenhum campo de futebol, sobretudo em uma Copa do Mundo, quando os olhos de milhões de pessoas estão voltados para os astros no gramado", afirmou o presidente do Comitê Disciplinar da FIFA, Claudio Sulser. "O Comitê Disciplinar levou em consideração todos os fatores do caso e o grau de culpa de Suárez de acordo com as normas aplicáveis previstas no código. A decisão entra em vigor assim que for notificada."

MARINA MARAÚ BAHIA


ARGÉLIA


Slimani: um sonho que virou realidade

Slimani: um sonho que virou realidade
© Getty Images
Quando chegou para a disputa da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, ele já tinha tudo na cabeça — a mesma cabeça que deu à Argélia um feito inédito. Muito já foi escrito sobre sonhos que se tornam realidade. E é exatamente isso o que está vivendo Islam Slimani, o atacante da Argélia que, com um gol de cabeça sobre a Rússia em Curitiba, decretou a classificação da seleção para as oitavas de final pela primeira vez na história.
O atacante do Sporting Clube de Portugal já havia tido uma ótima atuação diante da Coreia do Sul, jogo no qual marcou um gol e deu duas assistências. Tal desempenho elevou muito as esperanças argelinas antes da decisão diante da Rússia: "No jogo anterior as coisas se saíram muito bem, e sabíamos que tínhamos boas possibilidades", declarou. "Imaginamos que podíamos chegar lá e conseguimos."
O alto e robusto atacante exibe um amplo sorriso e ganha um brilho no olhar quando oFIFA.com lhe pergunta sobre a sensação de ter marcado o gol mais importante da história da sua seleção. "Foi muito importante, porque o jogo começou ruim para nós", prosseguiu. "Eles fizeram um gol muito cedo, e isso mudou tudo. Mas lutamos por cada bola e confiamos em nós mesmos. Eu tinha dito que a classificação para a segunda fase era mais do que um objetivo, era um sonho, e para mim é um sonho que virou realidade."
A explosão de alegria ao final do jogo na Arena da Baixada foi uma cabal demonstração do que foi conquistado e da união da equipe africana. "Foi incrível, simplesmente incrível. A torcida nos apoiou por todo o torneio, e neste jogo nos apoiou o tempo inteiro. Somos um grupo muito unido, e por isso este é um prêmio para uma equipe fantástica. Eu adoro fazer parte desta seleção."
Muito mais adiante
Nas oitavas de final, a Argélia enfrentará a sempre temível Alemanha, um desafio que motiva Slimani. "Os alemães estão jogando muito bem, e todo mundo sabe do que são capazes. Claro que não somos favoritos, mas confiamos em poder realizar uma grande partida. Teremos que estar mais concentrados que nunca e jogar o melhor futebol possível."
Os argelinos causaram a grande surpresa da Copa do Mundo da FIFA Espanha 1982 ao vencerem justamente a Alemanha por 2 a 1. Slimani mostra confiança em repetir a dose. "Sabemos como foi a vitória contra a Alemanha em 1982, com nomes como Madjer, Assad e Belloumi. Queremos seguir os seus passos, pois se alguma vez já foi possível fazê-lo, então por que não sonhar com que se repita?"
E se o assunto são sonhos, não há ninguém melhor para tratar disso no momento que o atacante argelino. "Viemos ao Brasil com o objetivo de passar de fase. Agora que conseguimos, podemos ficar orgulhosos, mas não nos conformamos apenas com isso. A gente sempre quer mais, e esperamos poder seguir com este sonho. Não quero que ninguém me acorde dele."

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