quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Pelourinho registrou 145 horas de música no Carnaval


As secretarias da Segurança Pública (SSP), de Cultura (Secult), de Políticas para as Mulheres (SMP) e do Turismo (Setur) divulgaram, na manhã desta quarta-feira (26), o balanço das ações realizadas no Carnaval 2020. A apresentação ocorreu na sede do Comando Geral da Polícia Militar (PMBA), no Largo dos Aflitos, em Salvador. 

O Circuito Batatinha (Pelourinho) registrou 145 horas de música, distribuídas em 85 shows, ocorridos em quatro palcos, com estilos diferenciados, segundo a Secult. Completaram a folia 40 horas de desfiles de microtrios e nanotrios em torno do Terreiro de Jesus e mais de 30 desfiles de bandas e grupos de performances dedicados a manter a tradição dos bailes de carnaval ao ar livre.

De acordo com a SSP, a festa teve um público de 11,7 milhões de foliões entre quinta (20) e quarta-feira de Cinzas (26), sem registro de morte violenta. O Circuito Osmar (Barra/Ondina) foi o que registrou maior público, com 6,9 milhões de foliões. As tentativas de homicídio tiveram queda de 70% em relação a 2019; foram três registros este ano, contra 10 no ano passado. 

“Foi um Carnaval de um sucesso efetivo do que planejamos e conseguimos executar. O sistema de Reconhecimento Facial nos trouxe a possibilidade de medir quantas pessoas nós tivemos nos circuitos oficiais e a constatação daquilo que nós já sabiam: a migração do público do Campo Grande para a Barra/Ondina”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, que justificou o remanejamento do efetivo policial para o local onde havia mais demanda. 

Com a ajuda da tecnologia, 42 foragidos da justiça foram presos após serem identificados pelas câmeras de Reconhecimento Facial. Desses, foram 40 homens e duas mulheres. O Corpo de Bombeiros realizou 691 atendimentos pré-hospitalares, 36 operações de busca, resgate e salvamento e atendeu oito incêndios. A Polícia Civil atuou nos circuitos por meio das delegacias.

Turismo e SPM

Na apresentação desta quarta (26), o secretário do Turismo, Fausto Franco, afirmou que Salvador recebeu 700 mil turistas e alcançou 95% de ocupação da rede hoteleira. Já a titular da SPM, Julieta Palmeira, comemorou a ausência de feminicídios nos circuitos do Carnaval.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Em quatro dias, 6,5 milhões de pessoas passaram pelos portais






Cerca de 6,5 milhões de baianos e turistas brincaram nos quatro primeiros dias do Carnaval de Salvador. O número é contabilizado pelo sistema de Reconhecimento Facial da SSP, instalado nos 42 Portais de Abordagem nas entradas dos três circuitos oficiais.

Além da contagem e da checagem de mandado de prisão em aberto, os foliões passaram por abordagens. Objetos pontiagudos ou que oferecessem risco acabaram recolhidos.

"Conseguimos esse ano ter a dimensão real da quantidade de público no Carnaval e constatamos que, na proporção, o número de ocorrências policiais é baixo", salientou o secretário da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa. Lembrou também que nenhum crime grave foi registrado na festa.


Domingo

No quarto dia de evento não houve homicídio, latrocínio ou lesão dolosa seguida de morte nos circuitos Dodô (Barra/Ondina), Osmar (Centro) e Batatinha (Centro Histórico). Nos postos foram contabilizados 32 lesões corporais leves, 134 furtos e 18 roubos.

Mais de 13 mil turistas chegam de navios para conhecer Carnaval de Salvador

   Fotos: Tatiane Azeviche/Setur
Receptivo de turistas no porto de Salvador.



No último dia oficial de carnaval em Salvador, a Secretaria do Turismo do Estado (Setur) preparou um receptivo especial com música e baianas distribuindo fitinhas para dar as boas-vindas aos 13,6 mil passageiros de quatro navios de cruzeiro ancorados no porto de Salvador. Profissionais do projeto Guias e Monitores também prestaram informações turísticas, deram dicas e tiraram dúvidas dos passageiros sobre lugares a visitar na cidade. 


"Essa é a primeira vez durante o carnaval que os navios ficam ancorados mais de uma noite, o que dá uma experiência muito maior para os turistas, que podem conhecer a cidade, os pontos históricos e artísticos e depois curtir os blocos e camarotes com mais tranquilidade. Também montamos aqui uma estrutura para venda e entrega de abadás, para que os visitantes não tenham que se deslocar e ganhem tempo para aproveitar ainda mais a nossa cidade", afirmou o secretário da Setur, Fausto Franco.

Com capacidade para 5.210 pessoas, o navio Seaview desembarcou às 18h de segunda-feira (24), vindo de Santos (SP), e permanece em Salvador até 1h da Quarta-Feira de Cinzas (26), horário previsto para o transatlântico partir rumo a Ilhéus. A paulista Tereza Ribério chegou na embarcação a tempo de conhecer o carnaval no Pelourinho. "Foi muito bom. É um carnaval divertido e familiar, bem democrático. Hoje estou indo para a Barra, que também tem um carnaval muito famoso. Estou bastante ansiosa".

Nesta terça-feira (25), o primeiro a atracar foi o Island Princess, com capacidade para 1.974 passageiros. A embarcação chegou de Búzios (RJ) às 7h e partiu às 17h. Logo em seguida foi a vez do MSC Fantasia, com capacidade para transportar até 3.952 turistas, que veio de Ilhéus e chegou às 8h em Salvador, partindo às 18h para Búzios. Por fim, o Costa Fascinosa, que transporta até 2.547 passageiros, chegou às 10h de Cabo Frio (RJ) e parte às 20h para Ilha Grande (RJ). 

Na Quarta-feira de Cinzas também tem navio aportando. É o Volendam, que chega de Ilhéus às 8h e segue para Recife às 17h. A capacidade é de 1.432 passageiros. Segundo a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), entre sábado de Carnaval (22) e a Quarta-feira de Cinzas (26), seis navios de cruzeiro fazem parada em Salvador, com estimativa de trazer o total de 15,6 mil visitantes.

Edu Casanova e Cacique Raoni levantam bandeira da preservação ambiental no Campo Grande

Fotos: Mateus Pereira/GOVBA
Cacique Raoni, líder da etnia Caiapó, une diversão com defesa de causas sociais no trio do Edu Casanova, no Circuito Osmar (Campo Grande)

O domingo (23) de Carnaval no Campo Grande contou com a presença de um indicado ao Prêmio Nobel da Paz. Reconhecido mundialmente como defensor dos povos indígenas e da Floresta Amazônica, o Cacique Raoni acompanha o cantor e compositor Edu Casanova, em cima do trio, durante todo o percurso pelo Circuito Osmar. Para a alegria dos foliões pipoca, os dois vão repetir a dose nesta segunda-feira (24), a partir das 16h.





Batizado Raoni Metuktire, o índio é cacique líder da etnia Caiapó e já recebeu apoio, publicamente, de diversas autoridades, inclusive governantes do Canadá e França. Estima-se que o ativista tenha nascido por volta de 1930, no Mato Grosso. O cacique deixou uma mensagem para os foliões de Salvador. "Que no restante dos dias todos façamos como no Carnaval, fazendo reinar a diversão, o amor, a alegria. Nada de guerra", clamou o indígena.

Com mais de 30 anos de carreira, Edu é autor de sucessos gravados por artistas como Ivete Sangalo, Chiclete com Banana, Beth Carvalho, Gal Costa, Banda Eva, Cheiro de Amor e É O Tchan. Traz, para o carnaval baiano, os lemas: 'Em defesa do Meio Ambiente', 'Em defesa da Amazônia e dos Povos Indígenas' e  'Em Defesa da Paz e de todas as etnias e raças'.

"A noite vai ser muito especial. É dia de celebrar a natureza. Carnaval é lugar de diversão, mas também pode ser um espaço para discutir questões importantes para o mundo, como é a preservação ambiental e o respeito às diferentes etnias", afirmou o cantor.

A doméstica Jaqueline Pereira veio com a família toda do interior para curtir o Carnaval e adorou o trio puxado pelo Edu Casanova com a presença do Cacique. "É muita energia. Está tudo maravilhoso".

Afoxé Filhos de Gandhy leva tradição em nome da paz no Carnaval

 Fotos: Fernando Vivas/GOVBA

Um tapete azul e branco em nome da paz cobriu os paralelepípedos do Largo do Pelourinho neste domingo (23). Fundado em 1949, a tradição do Afoxé Filhos de Gandhy contagia a todos. O bloco é uma das 49 entidades apoiadas pelo Carnaval Ouro Negro, da Secretaria de Cultura do Estado.


A Secretária da Cultura, Arany Santana, prestigiou a saída do Filhos de Gandhy. "Um exemplo da importância do Carnaval Ouro Negro para manter as tradições dos blocos afro e dos afoxés é a saída dos Filhos de Gandhy. É uma das instituições que deu brilho ao Carnaval da Bahia. Então, com o Carnaval Ouro Negro, a gente celebra hoje esse bloco que sai aqui do coração da cidade de Salvador em direção ao circuito Osmar".

O vice-presidente do Afoxé, Ildo Sousa, fala sobre o que é ser filho de Gandhy e sobre a importância do patrocínio do Carnaval Ouro Negro para se manter a tradição. "O afoxé filhos de Gandhy é, antes de tudo, uma emoção que nos leva a ter força e trabalhar muito para manter a instituição. Além do bloco, temos muitos trabalhos sociais. Este ano, nós contamos com o apoio do carnaval Ouro Negro para colocar o bloco na rua, a iniciativa é a tábua de salvação dos blocos afro e dos afoxés. Não temos incentivo da iniciativa privada e colocamos quatro mil pessoas nas ruas".

A tradição é compartilhada por várias gerações. O agente de sistema Marinaldo dos Santos tem 23 anos de bloco. "Meu filho mais velho, Jorge, já tem 10 anos que sai comigo e meu filho Marlon tem 5 anos que vem ao desfile. E quem me trouxe para cá foi meu pai, antes de morrer, e que já era há muitos anos integrantes do bloco".

A saída dos filhos de Gandhi movimenta toda uma economia. O contregum, a alfazema e os colares são vendidos nas ruas. Os famosos turbantes são feitos na hora. A turbanteira Mila da Silva é um exemplo da importância econômica do bloco. "Tenho 23 anos de turbanteira e fico na expectativa da chegada do carnaval, para que eu ganhei uma grana extra, reforce o orçamento e possa comprar alguma coisa ou fazer uma viagem"



segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

SUELLEN VALIENSE É DESTAQUE EM ESCOLA DE SAMBA PAULISTA



A eterna musa do Esporte Clube Bahia, Suelen Valiese, foi destaque no Carnaval de São Paulo no último sábado (22). A modelo levou toda sua alegria e energia para o Sambódromo do Anhembi e desfilou pela Escola de Samba Colorado do Brás, do Grupo Especial. Além de ex-musa do time baiano, Suellen é Digital influencer e empresária.
A escola se apresentou às 23h, com aposta no samba-enredo “Que rei sou eu?”. A baiana abrilhantou a Avenida com uma fantasia bastante colorida e charmosa e dedicou a passagem pelo sambódromo à sua família. “Estou extremamente feliz. Esse momento é muito importante pra mim. Quero agradecer a Deus pela oportunidade e à minha família, que sempre me apoiou em todas as conquistas. Representei a minha cidade e o meu estado com todo amor”, salientou.
Ela prometeu mais novidades para o pós-Carnaval e agradeceu também aos fãs que acompanham o seu trabalho.

sábado, 22 de fevereiro de 2020

Olodum estreia no Carnaval com uma mulher na regência da banda


     Fotos: Rosilda Cruz/Bahiatursa
Como manda a tradição, o Olodum deu início ao Carnaval do bloco na tarde desta sexta-feira (21), com a saída oficial de sua sede, no Pelourinho. Baianos e turistas se aglomeraram em frente à Casa do Olodum para conferir a última apresentação da banda antes do desfile do bloco no circuito do Campo Grande hoje à noite. Um dos blocos afro apoiados pelo edital Ouro Negro, da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), o Olodum recebeu também em sua sede o governador Rui Costa e a secretária de Cultura Arany Santana.

Este ano, o bloco faz uma homenagem às mulheres com o tema “Mãe, Mulher, Maria: Uma História das Mulheres” e teve, pela primeira vez em 40 anos de história do bloco, uma mulher regendo os 120 percussionistas da banda. Na tarde desta sexta, a maestrina Andréia Silva Reis, de 44 anos, foi quem conduziu a banda que tomou toda a rua em frente à Casa do Olodum, enquanto os três vocalistas cantavam lá de cima das sacadas do antigo casarão. Descoberta aos 12 anos de idade, quando tocava numa banda de latas com amigos, Andréia foi a primeira mulher a ingressar na Escola do Olodum e é uma das 20 percussionistas mulheres da banda.

“Apesar de todos os avanços e conquistas, as mulheres estão passando por um momento crítico, então, nada melhor que no Carnaval, nessa festa popular, trazer a mulher como tema não só para homenagear, mas também para mostrar a responsabilidade do Olodum”, ressaltou Rita Castro, coordenadora de Eventos do bloco e integrante do Conselho Consultivo do Olodum.

O tema também faz referência à canção “A Ver Navios”, dos compositores Valmir Brito e Roque Carvalho, lançada no álbum A Música do Olodum (1992), e regravada no EP 40 anos, lançado pela banda no ano passado. “Mãe, Mulher, Maria, Olodum, amamentando o dia”, diz o refrão da canção que fala sobre opressão e resistência.

Professora do Instituto Federal da Bahia, Joelma Santos é fã do Olodum e se emocionou ao ver uma mulher à frente da banda pela primeira vez. “Eu e meus irmãos praticamente nascemos no Olodum, vivemos o bloco desde crianças, e o Olodum ainda não tinha homenageado essas mulheres do cotidiano que tanto sofrem com a discriminação na sociedade”, destacou a foliã.

Carnaval Ouro Negro

O Governo do Estado segue fortalecendo o carnaval dos blocos de matrizes africanas através do edital Carnaval Ouro Negro, que completa 13 anos estimulando a participação de agremiações oriundas das diversas comunidades de Salvador, que tem na folia o ápice para as diversas atividades sociais que são desenvolvidas ao longo do ano. Indumentárias, toques percussivos, danças, performances e cantos fazem parte dos espetáculos, que trazem em si a força da ancestralidade e da tradição. 49 blocos, das categorias afro, afoxé, samba e reggae desfilam este ano com o apoio.

Carnaval da Cultura

Fundamentado nas matrizes que construíram a nossa história, expressadas através das danças e musicalidade dos blocos afro e dos afoxés, na alegria e no gingado do samba, na força e balanço do reggae, que integram o Carnaval Ouro Negro em 2020. Com a diversidade de gerações e de ritmos que ocupam os palcos do Carnaval do Pelô, e que ainda toma conta das ruas mantendo a tradição que une os foliões no Centro Histórico. Por meio destes projetos de grande participação comunitária e popular, o Carnaval da Cultura, que integra o Carnaval da Bahia, do Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura, dá continuidade às políticas de preservação e democratização na maior folia do mundo, que segue colorida, diversa e com o espírito folião que contagia todo baiano.

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