segunda-feira, 23 de março de 2015
domingo, 22 de março de 2015
Oficina de Percussão e Roda de Conversa: direitos, medos e sonhos da mulher.
Saskya Lopes mediará a Roda de Conversa com a participação das professoras convidadas Rachel de Oliveira e Indaiara Silva.
A AMATA – Associação Mantenedora do Terreiro de Odé Aladé, o Laikos e o Encantarte realizam nos dias 28 e 29 de março, a Roda de Conversa: direitos, medos e sonhos da mulher e a Oficina de Percussão, visando promover políticas multiculturais e afirmativas.
No dia 28 (sábado), as atividades serão iniciadas com a Roda de Conversa, com mediação de Saskya Lopes e participação das professoras convidadas Rachel de Oliveira e Indaiara Silva, na Escola Margarida Pereira, no Bairro Maria Pinheiro, em Itabuna, a partir das 08h. Em seguida, às 9h30min, será iniciada a Oficina de Percussão, com Gato Preto, percussionista do Grupo Nagô, de Salvador, com continuação no dia 29(domingo), das 14 às 18h. As inscrições podem ser feitas nos dias 23(segunda), 25 (quarta) e 27 (sexta), com Egnaldo França, do Encantarte.
Vale pontuar que no dia 28 (sábado), a partir das 19h30min, também haverá Roda de Conversa, no Banco da Vitória, no espaço Renove, inscrições com o ator Gustavo Corsan e Dinny Menezes. O evento conta com o apoio cultural da UESC, Acai, Coletivo: A Coisa Tá Ficando Preta, FICC e Clínica Genesha.
sábado, 14 de março de 2015
Por quem os sinos dobram?
Por quem os sinos dobram? Ou por quem a direita grita? Olhem sempre
primeiro para o salário mínimo. Se ele estiver alto - e por alto leia-se
atendendo minimamente a sobrevivência dos trabalhadores - a direita vai começar
a se movimentar para tentar dar o golpe. Brasil tem sido isso, sem tirar nem
pôr. Temos classes dominantes de um egoísmo sem par, daquelas que querem o bolo
todo, sem repartir com as classes trabalhadoras. E então, quando o salário
mínimo vai crescendo - e temos hoje o maior valor dele em 50
anos - elas vão espumando de raiva, deixando escorrer o ódio pelos cantos da
boca e anunciando o Apocalipse - e para o raciocínio delas parece mesmo o
Apocalipse. E movimentam-se então contra a legalidade, não disfarçam sua
vocação golpista, tantas vezes evidenciada ao longo de nossa história. Em 1954,
Getúlio deu um aumento de 100% do salário mínimo em maio. Matou-se em agosto
diante do golpe consumado, e sustado com seu sangue. Além do mínimo, há sempre
a Petrobras como elemento essencial para estimular as aventuras golpistas de
nossas classes dominantes. Volto a lembrar discurso de Tancredo Neves, de
outubro de 1954, onde ele mostra como a empresa ocupou o centro da crise que
levou Getúlio ao suicídio. Se a isso se adicionam políticas públicas que favoreçam
aos pobres, aí então nossas classes dominantes se irritam mais, ficam à beira
de um ataque de nervos. Elas têm vocação de Casa Grande. Não se conformam com
qualquer rasgo de autonomia dos mais pobres, que na visão delas deviam
continuar a limpar o seu chão a preço de banana. Por tudo isso, estão
irritadas. Por isso, tanto ódio. Por isso, o desrespeito ao resultado das
urnas. Saúdo a todas as companheiras e companheiros que estão hoje nas ruas
defendendo os direitos dos trabalhadores, a Petrobras, a presidenta Dilma, a
legalidade democrática. Sem ódio, sem perder a ternura. E firmes, dispostos a
garantir o Estado de Direito Democrático, que tem suportado tantos embates
nesses virtuosos 30 anos de democracia. O março que celebra os 30 anos do fim
da ditadura é também a celebração da democracia. Golpes e ditaduras, nunca
mais!
quarta-feira, 11 de março de 2015
Trade turístico apoia calendário de eventos da Bahiatursa
Medrado: primeiro de uma série de eventos que devem
reunir a Bahiatursa e o trade Foto: Rita barreto/ Bahiatursa
O trade turístico baiano apoiou o Calendário
de Eventos e Ações Promocionais da Bahiatursa para 2015 nos mercados nacional e
internacional, apresentado durante evento nesta terça-feira (10/3) no
Centro de Convenções da Bahia. A aprovação veio também em forma de sugestões
para ampliar a visibilidade do destino da Bahia nos principais mercados
emissores.
Uma das reivindicações apresentadas pelo presidente
da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav-Ba) e do Convention
Bureau, José Alves, foi a mobilização do trade junto com a Bahiatursa e o
próprio governo do Estado para que não permitam a transferência da
superintendência regional da Infraero para Recife.
“O Aeroporto Internacional de Salvador é o terceiro
maior de embarque do Brasil. E o aeroshopping é um dos mais lucrativos do país.
A mudança só vai prejudicar o turismo da Bahia, porque qualquer iniciativa que
vise o bom atendimento aos turistas terá que ser solicitada em Recife”, disse.
Entre as sugestões, uma das que ganharam maior eco
foi quanto à apresentação do planejamento, que deve ser feita antes do final do
ano, inteiramente acatada pelo presidente da Bahiatursa, Diogo Medrado, que
prometeu em setembro e outubro já apresentar todas as metas para o ano de 2016.
A ideia, também, é sempre levar uma novidade para os eventos internacionais.
FEIRA DO INTERIOR - Além do São
João da Bahia, que está sendo preparado como uma grande festa nacional, Diogo
Medrado disse que o Salão Baiano de Turismo vai acontecer em agosto junto com a
Feira da Abav-Ba e a Feira do Interior, no Parque de Exposições. “A ideia é
unificar a vinda das cidades do interior, dos 156 municípios que integram as 13
zonas turísticas baianas”, disse.
Com relação ao Carnaval 2016, o presidente da
Bahiatursa garantiu que nos próximos dias dará início à elaboração do projeto
para a festa juntamente com o Conselho Municipal do Carnaval – Comcar e o
próprio trade turístico.
domingo, 1 de março de 2015
Política
.
Entrevista
O governo começou mal...
... Mas pode se recuperar, avalia João Pedro Stedile, líder do MST
por Redação — publicado 27/02/2015 04:26, última modificação 27/02/2015 04:26
Mauricio Lima/AFP
João Pedro Stedile: Não. Sou parte daqueles que fizeram a campanha pela reeleição, a fim de garantir mudanças para melhorar as condiçoes de vida do povo. Espero, e ainda há tempo, de a presidenta e seu governo entenderem o recado das urnas.
CC: Como a presidenta poderia recuperar a confiança do eleitorado que optou por manter o PT no poder por mais quatro anos?
JPS: Infelizmente, o governo Dilma começou mal, pois deu sinais de aceitar as pressões da direita e a agenda neoliberal. Errou ao compor um ministério com representações conservadoras e ao anunciar cortes de direitos dos trabalhadores. Ao aceitar o projeto de lei que abre para o capital estrangeiro a área de saúde. Errou ao demorar em tomar uma atitude mais incisiva e demitir a diretoria da Petrobras, instalar uma comissão da sociedade para uma auditoria e salvar a empresa da sanha de quem quer privatizar o acesso ao pré-sal. Tudo isso leva à perda da base social que a havia apoiado no segundo turno. Espero que o governo se recupere. Da nossa parte, nos mobilizaremos para reverter essas medidas equivocadas.
CC: O Brasil parece prostrado, mergulhado em um impasse de difícil solução. Como chegamos a este ponto, depois de viver um período de esperança em relação ao futuro?
JPS: O Brasil vive uma crise econômica por falta de investimentos pesados na indústria e na infraestrutura social das cidades. Uma crise social, por falta de iniciativas mais claras para enfrentar o problema da moradia, da reforma agrária, da universalização do acesso à universidade. E uma crise politica, pois a democracia brasileira foi sequestrada pelas empresas. As dez maiores financiaram 70% do Parlamento. Os deputados representam seus financiadores, não programas ou partidos.
CC: Qual a saída?
JPS: A única saída é política, ou seja, uma reforma que devolva ao povo a confiança na democracia. O ministro Gilmar Mendes, do STF, precisa criar vergonha e devolver o processo que proíbe o financiamento privado de campanha, e o Congresso precisa aprovar os dois projetos em tramitação por lá. Um, proposto pela coalização democrática de entidades brasileiras, pede mudanças no sistema e outro sugere um Plebiscito para decidir sobre a convocação de uma Assembleia Constituinte. Este recebeu o apoio de 8 milhões de brasileiros.
CC: O senhor vê no horizonte um clima a favor de um processo de impeachment contra Dilma Rousseff?
JPS: O anúncio do impeachment é uma tática da direita para pressionar e acuar o governo. Para que ele tenha medo de fazer as mudanças que o povo votou e quer no segundo mandato. A tática é sangrar o governo, desgastá-lo para colher os frutos em 2018. O processo de impeach-
ment não tem base legal. Não há responsabilidades da presidenta em nenhum crime. É uma tática burra, inclusive, pois daria motivos para a sociedade se mobilizar em defesa da democracia e da legalidade. E daria aos movimentos o direito de pedir oimpeachment de todos os governadores acusados de fraudes, de todos os prefeitos. Ninguém sabe no que daria.
ment não tem base legal. Não há responsabilidades da presidenta em nenhum crime. É uma tática burra, inclusive, pois daria motivos para a sociedade se mobilizar em defesa da democracia e da legalidade. E daria aos movimentos o direito de pedir oimpeachment de todos os governadores acusados de fraudes, de todos os prefeitos. Ninguém sabe no que daria.
CC: Há disposição dos movimentos sociais de saírem às ruas em defesa do governo ou do projeto por ele representado?
JPS: Os movimentos populares estão dispostos a se mobilizar e lutar contra os ajustes neoliberais do governo, as tentativas de retrocesso, a privatização da Petrobras, da Caixa, do sistema de saúde. Ao governo cabe ter juízo e honrar o programa que o elegeu. A sociedade, acredito, não aceitará nenhuma aventura golpista, via Congresso ou Poder Judiciário.
CC: Existe uma liderança capaz de apaziguar a situação e conduzir o Brasil por um caminho que o tire desse impasse?
JPS: A gravidade do tema não se restringe a lideranças, que sempre são fruto de processos de mobilização de massa, e não o contrário. O Brasil precisa de um amplo debate a respeito de um projeto capaz de mobilizar os cidadãos, os movimentos, a favor das reformas estruturais necessárias, a começar pela política, mas sem deixar de lado a dos meios de comunicação e a tributária, que pune os assalariados e premia as grandes fortunas e o capital financeiro.
Fonte; http://www.cartacapital.com.br/revista/837/o-governo-comecou-mal-405.html
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