sábado, 5 de julho de 2014

ELE É O CARA! David Luiz, um brasileiro como todos nós. Talento, garra e emoção


Caso acontecesse nos tempos do futebol pelo rádio, em que não havia transmissão pela tevê, certamente os locutores e cronistas contariam em verso e prosa o gol de David Luiz. Certamente definiriam a cobrança de falta como a "folha 'seca" eternizada por Didi, em 1957, em lance revivido nesta sexta-feira na Arena Castelão diante de mais de 60 mil testemunhas.
O gol de falta não aconteceu por acaso. David treina com intensidade e repetição esse tipo de cobrança, em que procura dar à bola uma trajetória em que ela caia de repente, com efeito, para enganar o goleiro. Foi o que aconteceu.
- Procuro treinar muito esse tipo de cobrança. O prêmio veio com este gol, que me fez vibrar intensamente. Foi demais ver a massa comemorando comigo.
David Luiz é craque, zagueiro de Seleção, famoso no mundo, mas acima de tudo tem a alma e o coração de um simples torcedor. Ele extravasa toda a sua emoção a partir do momento que entra em campo e joga como se fosse mais um entre os milhões de pessoas que o estão acompanhando no estádio e por todos os cantos do país.
- Me sinto mais um entre todos os brasileiros que estão sonhando com o mesmo objetivo. E, como jogador, tenho o privilégio de poder colaborar  para que isso aconteça. Entrar em campo com a camisa amarela, ver o povo vibrando, é demais, é muita emoção. Me faz me sentir uma pessoa especial.
Zagueiro que nunca foge à luta, seja em amistoso ou jogo para valer, pode-se dizer que ele 'extrapolou' contra a Colômbia. A arrancada que deu desde o seu campo, superando os adversários que se intrometiam á sua frente, com trombadas e empurrões, foi sensacional. Merecia ter reminado em gol - aliás, com o este de falta de hoje, já fez dois na Copa. 
Jogador que igualmente não gosta de perder, jamais, David mostra também  a grandeza dos vencedores, capaz de levá-lo ao gesto carinhoso de trocar a camisa como garoto craque James Rodrigues. Não só trocou, como vestiu orgulhosamente a 10 do colombiano, e ficou longo tempo consolando o adversário que chorava convulsivamente. 
Saiu de campo vestido com a 10 de James e aplaudido pela massa do Castelão. Ele foi o cara do jogo!

Runco dará coletiva às 16 horas na Granja Comary

O médico da Seleção Brasileira, José Luís Runco, dará hoje às 16 horas entrevista coletiva sobre Neymar, que está fora da Copa do Mundo. O camisa 10 seguiu com a delegação, mas de ambulância, na madrugada deste sábado para Teresópolis.
Às 16 horas, também, os jogadores que não atuaram contra a Colômbia vão a campo treinar na Granja Comary.
Os titulares, que começaram jogando contra a Colômbia, fazem às 17 horas trabalho regenerativo na piscina do Centro de Treinamento.

Presidente Marin reverencia todo o time brasileiro

O presidente Marin vibrou como sempre na vitória do Brasil sobre os colombianos. Acompanhado do vice-presidente Marco Polo Del Nero, ele assistiu ao jogo com várias autoridades e dirigentes, entre elas o presidente da Colômbia Juan Manuel Santos,o presidente da FIFA Joseph Blatter e o governador do Ceará Cid Gomes. 
Marin vibrou muito com os gol também na companha da jogadora Marta, a quem admira, e ao final do jogo não escondeu a sua emoção por ver a Seleção Brasileira nas semifiinas da Copa do Mundo.
Desta vez, como ele fez questão de ressaltar, ele não quis destacar jogador algum pela brilhante vitória.
- Dou os meus parabéns a todos os jogadores que estiveram em campo e à comissão técnica. Eles foram verdadeiros heróis, lutaram muito e souberam honrar essa camisa vencedora. Gostei muito da atuação da Seleção Brasileira.
Ao saber da contusão de Neymar, o presidente fez questão de enviar uma mensagem ao jogador.
- Ficamos todos muito tristes com essa notícia. Vamos torcer para que não seja muito grave. O Neymar, além de um craque, é muito querido pelo grupo. 
Após o jogo, o presidente da CBF recebeu os telefonemas do ex-presidente Lula e do senador Aécio Neves pela vitória e classificação da Seleção Brasileira.  

COLETIVO A COISA TÁ FICANDO PRETA


COSTA RICA: Alexandre Guimarães: “Não dava para prever essa ascensão"


Alexandre Guimarães: “Não dava para prever essa ascensão"
© AFP
Em 20 de junho de 1990, a Costa Rica derrotava a Suécia e avançava pela primeira vez às oitavas de final de uma Copa do Mundo da FIFA. Exatos 24 anos depois, novamente em um 20 de junho, a seleção costarriquenha bateu a Itália e repetiu aquele resultado. O grupo que está no Brasil, contudo, foi mais longe ainda e, ao bater a Grécia nos pênaltis, colocou-se como um dos oito melhores do planeta.

Em comum entre as duas campanhas, o sangue brasileiro. Celso Borges, atual camisa 5 dos Ticos, é filho de Alexandre Guimarães, alagoano que defendeu a Costa Rica como jogador em 1990 e, depois, em 2002 e 2006 ocupando o posto de treinador. No Brasil para acompanhar atentamente as atuações do filho na Copa do Mundo da FIFA, Guimarães conversou com o FIFA.com às vésperas do confronto contra a Holanda, valendo uma vaga nas semifinais, e falou sobre a evolução do futebol costarriquenho nas últimas duas décadas.

FIFA.com: Você participou da Copa do Mundo da FIFA como jogador em 1990 e como treinador em 2002 e 2006. Qual foi a mais marcante?
Alexandre Guimarães:
A de 1990 me marcou muito porque foi a única que eu pude disputar como jogador. Foi a primeira que eu disputei e foi a primeira vez que a Costa Rica passou às oitavas. Essa Copa me marcou muito porque joguei com 30 anos. Foi ela que me deu pique para querer voltar a ter essa sensação (de estar em uma Copa do Mundo). Só que, para isso, tinha que ser como treinador.

Como treinador, conseguiria imaginar que, em tão pouco tempo, a Costa Rica estaria entre as oito melhores seleções do mundo, ganhando de campeões mundiais e buscando vaga nas semifinais?
Não. Acho que ninguém podia adivinhar o que está acontecendo. É realmente  muito difícil fazer o que a Costa Rica está fazendo agora. São muitos os motivos. Tem a continuidade do técnico (Jorge Luis Pinto) e tem uma geração de jogadores muito boa e com muita fome de vitória. Essa geração já vem há algum tempo atuando com sucesso na Europa, o que dá muita experiência competitiva. Esse grupo tem aquela raiva interna do atleta. Isso fez com que eles, ao não poderem ir à África do Sul, tenham decidido mostrar para todo o mundo que são bons. Tem também a continuidade do processo de seleções mais jovens. A maioria do grupo jogou Mundiais Sub-17 e Sub-20. Você vai juntando todas essas coisas e pode ver que o grupo estava preparado para o que aconteceu. Às vezes, você pode ter um bom resultado por sorte, por algo que o outro time deixou de fazer, mas neste caso, não. Nos quatro jogos, a Costa Rica mereceu.

Esta seleção da Costa Rica é muito compacta e forte na defesa, algo que nem sempre foi uma marca do time. O que mudou? 
É uma marca registrada do técnico. Todos seus clubes eram um times muitos bem armados defensivamente e balanceados. Neste caso, ele teve o tempo necessário para encontrar o equilíbrio depois de três anos e meio. E encontrou no momento justo.

O fato de a Copa estar sendo disputada no Brasil ajuda? Ajuda muito. Posso dizer isto com toda segurança porque é uma coisa que sempre conversei com meu filho. Eles tinham uma vontade incrível de jogar no Brasil, que é o país do futebol. Eles queriam estar aqui para mostrar o futebol deles. É algo a mais, não só para eles, mas para todas seleções. 

Além de torcedor da Costa Rica, você também é pai do Celso. Como fica o coração: é mais complicado acompanhar essa Copa?

Muito. Realmente está sendo uma experiência muito diferente. Sempre acompanhei a carreira dele, assistindo ao vivo ou na internet, mas Copa do Mundo é outra coisa. Você sabe o que significa uma Copa pra qualquer jogador. Como ele está vivendo seu sonho, você sempre quer que o sonho seja perfeito. Até agora tem sido (risos).

E como está analisando o desempenho dele? 
Não é porque seja meu filho, mas ele está mostrando uma liderança muito importante e cadência de jogo. É ele quem regula o ritmo de jogo da Costa Rica no meio de campo. Está tendo também uma dinâmica de jogo muito importante, cobrindo o campo inteiro. Então acho que ele está se mostrando uma opção ainda melhor para talvez se lançar em uma aventura mais ousada em outra liga da Europa (Borges joga no AIK da Suécia).

Você o cobra mais? Ou ele vem pedir conselhos especiais?
Conversamos muito, mas não cobro nada. Primeiro porque o treinador cobra muito, e ele se cobra também. Minha função com ele é apoiá-lo 100%. É o que fazemos quando vamos na concentração. Minha esposa e eu ficamos com ele, sem falar muito de futebol. Falamos da família no Brasil, o pessoal que esta mandando recado.
E seu palpite para o jogo contra a Holanda?
Espero poder continuar na Copa através dele (Celso) uma semana mais, mesmo que seja com toda aquela tensão que houve no jogo passado e ele ganhando. Meu coração já está à prova de tudo. 
E como a Costa Rica pode ganhar?
Com outro jogo perfeito, como nas três primeiras partidas, contra Uruguai, Itália e Inglaterra. Para você ganhar de uma seleção dessas, o primeiro que se tem que fazer é um jogo perfeito. O segundo é ter atenção nos pequenos detalhes. O terceiro é aquela dose de sorte que sempre conta.

Prévia do dia: dois favoritos, um azarão e uma surpresa

 

Prévia do dia: dois favoritos, um azarão e uma surpresa
© FIFA.com
Dois favoritos, um ambicioso azarão e a maior surpresa do Mundial entrarão em campo pelas quartas de final do Brasil 2014 neste sábado. Em Brasília, Argentina e Bélgica se enfrentarão pela terceira vez em Copas do Mundo em busca de um desempate. De fato, os belgas levaram a melhor no primeiro confronto, com a vitória por 1 a 0 em 1982 na Espanha, enquanto os argentinos deram o troco fazendo 2 a 0 quatro anos mais tarde. 
Seria injusto reduzir a partida às comparações entre Lionel Messi e Eden Hazard, embora os dois craques carreguem as respectivas equipes na ponta das chuteiras. Messi é o termômetro do jogo argentino, ajudando na marcação, ditando o ritmo, distribuindo bons passes e impulsionando uma seleção que às vezes parece sucumbir a um certo marasmo. Hazard, por sua vez, costuma levar muito perigo nas arrancadas em direção à área adversária e calcula muito bem todas as suas jogadas, mas ainda lhe falta uma atuação decisiva para estar entre os maiores astros do futebol atual. O duelo com a Argentina será uma ocasião de ouro para o meia do Chelsea.
Já a Costa Rica não era esperada por ninguém nas quartas de final, mas a sua presença nesse estágio da competição não deve nada ao acaso. Desde o início do torneio, a equipe caribenha sacudiu a ordem estabelecida com duas vitórias sobre dois campeões mundiais (Uruguai e Itália), além de um empate com um terceiro (Inglaterra) e a classificação nos pênaltis contra a Grécia, que foi campeã europeia em 2004. 
A Holanda, que precisou suar a camisa para eliminar o México por 2 a 1, enfrentará outro oponente da CONCACAF que se sente em casa em solo brasileiro. Mas, liderados por um Arjen Robben em grande fase e com 12 gols marcados na competição, os holandeses têm todos os recursos para fazer a diferença nesse encontro inédito, muito embora a Costa Rica só tenha sofrido dois gols no Mundial.
Os jogos
Argentina x Bélgica, Estádio Nacional, Brasília, 13h (hora local)
Holanda x Costa Rica, Arena Fonte Nova, Salvador, 17h (hora local)

Você sabia?
Alguns númerosA Costa Rica é o quarto representante da região da América do Norte, Central e Caribe a chegar às quartas de final da festa máxima do futebol, após EUA (1930 e 2002), Cuba (1938) e México (1970 e 1986). Somente os americanos se classificaram às semifinais uma vez, em 1930.

Em busca de um recorde
Os holandeses Arjen Robben e Wesley Sneijder já marcaram seis gols em Copas do Mundo. O recorde da Laranja Mecânica pertence a Johnny Rep, com sete.

Pedra no sapato
Os argentinos costumam ter dificuldades contra adversários europeus, por quem foram eliminados nas quartas de final em três ocasiões. A Alemanha foi o carrasco da Albicelesteem 2010 (4x0) e em 2006 (1x1 seguido de derrota por 4 a 2 nos pênaltis), enquanto a Holanda encerrou o sonho argentino em 1998 (2x1). Some-se a isso o revés contra a Romênia nas oitavas de final em 1994 (3x2) e a final perdida diante dos alemães em 1990 (1x0) e será preciso reconhecer que as equipes da Europa são a pedra no sapato da Argentina.

Messi x Maradona
 
Messi disputará a sua partida de número 91 com o uniforme argentino contra a Bélgica e igualará o total de Diego Maradona, que marcou 34 gols contra 42 do atacante do Barcelona. Ambos estrearam pela seleção diante do mesmo adversário, a Hungria, um em 2005 e o outro em 1977. No México 1986, Maradona foi o artilheiro da Argentina com cinco gols e recebeu o prêmio de melhor jogador do torneio. No Brasil 2014, Messi anotou quatro gols em quatro jogos até o momento e foi escolhido o melhor em campo em todos eles.

Jogadores suspensosÓscar Duarte (Costa Rica) e Marcos Rojo (Argentina)

Ameaçados
Ángel Di María e Ezequiel Garay (Argentina); Toby Alderweireld, Axel Witsel, Jan Vertonghen, Moussa Dembélé e Vincent Kompany (Bélgica); Stefan de Vrij, Daley Blind e Jonathan de Guzman (Holanda); Yeltsin Tejeda, Esteban Granados, José Cubero, Giancarlo González, Keylor Navas e Bryan Ruiz (Costa Rica)

Você vai gostar de ver
As melhores lembranças da Bélgica na Copa do Mundo estão intimamente ligadas à Argentina. O FIFA.com mostra o porquê em entrevistas exclusivas e vídeos de 1982 e 1986. 
Robben é sério candidato ao prêmio de melhor jogador do Brasil 2014. "Psicologicamente eu me sinto muito bem e fisicamente eu me sinto bem forte", diz o craque da Holanda na longa entrevista que concedeu com exlusividade ao FIFA.com antes de enfentar a Costa Rica pelas quartas de final. "Estou conseguindo jogar o meu futebol e fico muito feliz de poder ajudar a equipe." 
O torcedor mais jovem não conheceu Just Fontaine, o maior artilheiro de uma mesma edição do Mundial com 13 gols marcados em 1958 na Suécia. Aos 80 anos, o francês continua tendo excelente memória e opiniões bastante firmes quando o assunto é futebol, conforme você pode conferir nesta entrevista.
Nesse dia em...
O dia 5 de julho de 1982 entrou para a história da Copa do Mundo como a data da Tragédia do Sarriá. O técnico italiano Enzo Bearzot desdenhou da opinião pública e decidiu levar para a Espanha o atacante da Juventus Paolo Rossi, que havia acabado de cumprir suspensão de dois anos por envolvimento em um escândalo de apostas. Como previsto, Rossi passou em branco nas três primeiras partidas da Azzurra, bem como na vitória de 2 a 1 sobre a Argentina, no primeiro jogo da segunda fase. Em seguida, porém, como em um passe de mágica, Rossi anotou três gols contra o Brasil naquele famoso 5 de julho, antes de deixar mais dois contra a Polônia nas semifinais (2x0) e abrir o placar na decisão contra a Alemanha vencida por 3 a 1. Artilheiro e melhor jogador do torneio, Rossi foi recebido como herói na Itália, depois de ter sido duramente atacado por várias semanas.

JORNAL DAS PRAIAS VIVA 72 ANOS DE IBICARAÍ

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