segunda-feira, 30 de junho de 2014

COPAS DAS COPAS: RESUMO DO DIA: 29 DE JUNHO


Histórias refrescantes e o terror dos europeus

Histórias refrescantes e o terror dos europeus
© Getty Images
No segundo dia das oitavas de final da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, mais uma vez os torcedores tiveram muita dificuldade para manter a cabeça fria. No primeiro dia, a emoção já havia sido enorme quando o anfitrião do torneio obteve a sua classificação apenas na disputa por pênaltis após uma emocionante partida. E a tendência teve continuidade no primeiro jogo de hoje, que foi decidido somente nos acréscimos. Mas as duas equipes permaneceram por ainda mais tempo do que o esperado no gramado devido a uma pausa inusitada.
O segundo confronto também foi muito quente, embora as chances de gol tenham sido menos frequentes. Não faltaram emoções, com direito a um gol de empate já nos acréscimos e uma disputa por pênaltis — pela primeira vez na história da Copa do Mundo dois duelos de oitavas de final foram decididos com chutes da marca da cal. No final, a Costa Rica mostrou mais frieza no momento decisivo e superou a Grécia. Com isso, os costarriquenhos não apenas avançaram em mais uma etapa do torneio e mandaram mais uma seleção europeia para casa, como também se classificaram pela primeira vez para as quartas de final de um Mundial. O FIFA.com resume os acontecimentos do dia e conta as histórias por trás dos resultados.
Os resultadosHolanda 2 x 1 México (Craque do Jogo Budweiser: Guillermo Ochoa, MEX)
Costa Rica 1 x 1 Grécia (5x4 nos pênaltis) (Craque do Jogo Budweiser: Keylor Navas, CRC)
O que marcou o dia
Refrescada histórica na Copa do Mundo
O termômetro no Estádio Castelão em Fortaleza chegou a 32 graus durante a partida entre Holanda e México. Além disso, com a umidade relativa do ar em 68%, o árbitro Pedro Proença determinou a paralisação do jogo aos 32 minutos do primeiro tempo para os jogadores se reidratarem, um fato que não havia ocorrido nas 19 edições anteriores da Copa do Mundo. Os jogadores ficaram agradecidos pelo intervalo técnico e aproveitaram para se refrescar com bebidas, gelo e toalhas úmidas. E essas medidas se mostraram eficazes. Pouco depois, os mexicanos aumentaram o ritmo e criaram boas chances. Mas a pausa não se destinava apenas aos jogadores. No telão apareciam frequentemente avisos para os torcedores para que eles se prevenissem contra o forte sol: "Não se esqueçam de passar filtro solar." Na etapa complementar, Proença parou novamente a partida por três minutos para que os jogadores se refrescassem mais uma vez.
Frieza e experiência
Embora Klaas-Jan Huntelaar ainda estivesse no banco durante o intervalo técnico, ele estava bem hidratado quando entrou em campo. Pouco antes de pisar no gramado, o atacante precisou descer aos vestiários para usar o toalete uma última vez. Possivelmente ele tomou mais uma bebida bem gelada no caminho para ter tanta frieza em duas oportunidades logo depois. O centroavante entrou aos 31 minutos do segundo tempo no lugar de Robin van Persie e pouco depois fez o passe de cabeça para o gol de empate de Wesley Sneijder. Mas ele precisou de uma cabeça ainda mais fria no quarto minuto dos acréscimos, quando mandou a bola para o fundo das redes em cobrança de pênalti. No Brasil 2014, Hunter ainda nem havia entrado em campo, mas estava sobrando em autoconfiança e resolveu assumir a tarefa de cobrar a penalidade. "Era para o Robben bater, mas ele pegou a bola e me perguntou se eu queria chutar", explicou ele após a partida. "Eu disse que sim porque estava confiante — e converti a cobrança."
Impetuosos costarriquenhos superam europeus
Na fase de grupos, a Costa Rica já havia aterrorizado os europeus ao mandar Itália e Inglaterra para casa. E nas oitavas de final foi a vez da Grécia. Mas teria feito bem aos costarriquenhos uma pausa como a do primeiro jogo do dia para refrescar a cabeça. Nas suas três primeiras partidas, a equipe do técnico Jorge Luis Pinto havia recebido apenas dois cartões amarelos, mas hoje foi advertida cinco vezes. Além disso, Oscar Duarte também entrou para a história como o primeiro jogador do país da América Central a ser expulso de campo em uma Copa do Mundo. Mas o treinador certamente deve ter ficado satisfeito em ver que os seus dois jogadores que estavam pendurados conseguiram manter a calma e, com isso, o único suspenso para o jogo contra a Holanda será mesmo Duarte. No entanto, a Costa Rica conseguiu controlar os ânimos na hora certa. Todos os seus cobradores converteram as suas cobranças de pênalti, sendo que a maior parte deles nem sequer deu chances ao goleiro grego. Agora, a equipe caribenha tentará mandar mais um europeu para casa nas quartas de final.
Os números145 — Até o momento a bola já balançou as redes 145 vezes em 52 partidas no Brasil 2014, exatamente o mesmo número de gols marcados nos 64 jogos da África do Sul 2010. Será que o recorde da França 1998 de 171 gols em Mundiais com 32 participantes será batido? Curiosamente, já foi quebrado o recorde de gols marcados por jogadores que entraram no decorrer da partida. Foram 25 gols até o momento marcados pelos substitutos, enquanto a melhor marca anterior era de 23 na Alemanha 2006.
Nas redes sociais
E agora?França x Nigéria, 30 de junho de 2014, 13h, Estádio Nacional, Brasília
Alemanha x Argélia, 30 de junho de 2014, 17h, Estádio Beira-Rio, Porto Alegre 
(Todos os jogos estão no horário local)

domingo, 29 de junho de 2014

COSTA RICA X GRÉCIA - Via pênaltis, uma vaga inédita nas quartas

Via pênaltis, uma vaga inédita nas quartas
© Getty Images
Keylor Navas tentou segurar a onda enquanto a Costa Rica, com um a menos, defendia-se do ataque grego. Não foi possível no tempo regulamentar, quando a equipe helênica marcou nos acréscimos, empatou em 1 a 1 e forçou o tempo extra. Entretanto, no último lance da prorrogação e nos pênaltis, brilhou a estrela do goleiro costarriquenho. Navas, eleito Craque do Jogo Budweiser, parou Mitroglou no 120º minuto e defendeu uma penalidade de Gekas. Por 5 a 3, a Costa Rica avança pela primeira vez na história às quartas de final da Copa do Mundo da FIFA e vai enfrentar a Holanda.
O primeiro tempo foi de muita marcação e poucas chances para as equipes. Embora a Costa Rica tenha possuído a bola por mais tempo (54%), foi a Grécia que levou mais perigo. Em um desses lances, Karagounis encontrou espaço de fora da área  e disparou, mas Navas fez uma boa defesa. A melhor chance veio depois, com Salpingidis aproveitando cruzamento na área e completando de primeira. A bola tocou de raspão na perna direita de Navas e saiu.

A segunda etapa começou mais agitada, e tudo ficou ainda mais quente quando Bryan Ruiz chutou colocado de fora da área aos sete minutos. A Costa Rica parecia no controle das ações, mas Oscar Duarte levou o segundo cartão amarelo e foi expulso aos 21 minutos, deixando a Grécia em vantagem numérica. A equipe europeia avançou o quanto pôde, mas esbarrou em uma defesa bem postada, que permitiu poucas chances. Nos acréscimos, porém, Gekas aproveitou uma bola na área e chutou. Navas espalmou, e Sokratis Papastathopoulos pegou a sobra, mandando para o fundo do gol.

A prorrogação foi de um time só, com a Grécia pressionando. A Costa Rica se defendia bravamente com um jogador a menos e resistiu até o fim - incluindo uma defesa de Navas, que ficou cara a cara com Mitroglou no 120º minuto. Nos pênaltis, o goleirão fez a diferença outra vez. Navas defendeu a cobrança de Gekas, enquanto todos os cinco cobradores costarriquenhos converteram. 

HOLANDA 2 X 1 MÉXICO


Seis minutos para a nova maldição mexicana

Seis minutos para a nova maldição mexicana
A Holanda está nas quartas de final da Copa do Mundo da FIFA, após vencer, numa virada emocionante, o México por 2 a 1. A dois minutos dos 90, a seleção de Miguel Herrera estava prestes a acabar com o trauma das oitavas de final, mas Fortaleza assistiu a mais um episódio do drama nacional mexicano.
Pelo sexto Mundial consecutivo, o México é eliminado na primeira rodada após a fase de grupos e, este domingo, foi com contornos quase inacreditáveis. El Tri dominou por completo o primeiro tempo, marcou logo no início do segundo, com um belo gol de Giovani dos Santos, e aguentou a reação holandesa... enquanto foi humanamente possível.
O goleiro Guillermo Ochoa foi adiando o empate holandês com defesas quase impossíveis e alguma sorte – num remate do zagueiro, por exemplo, De Vrij viu a bola embater na trave após espalmá-la -, o tempo ia passando e o resultado parecia correr bem à equipe da CONCACAF.
Mas, a dois minutos dos 90, tudo começou a mudar. Após mais um escanteio, Huntelaar cabeceou para trás e surgiu Wesley Sneijder a chutar muito forte de primeira, sem quaisquer chances para Ochoa, no cantinho, para devolver a esperança à vice-campeã mundial.
A enorme torcida mexicana desesperava no Estádio Castelão e já imaginava uma prorrogação, mas nem a isso teve direito. No segundo minuto acrêscimos, Rafa Márquez derrubou Arjen Robben dentro da área e Huntelaar cobrou a grande penalidade com toda a calma do mundo. Já rolava o quarto minuto extra concedido pelo árbitro, e Ochoa, o Craque do Jogo Budweiser, desta vez nada pôde fazer para salvar o México. 

MÉXICO


Ochoa: "Voltaremos ainda mais fortes"

Ochoa: "Voltaremos ainda mais fortes"
© Getty Images
Os semblantes eram de desilusão e tristeza. Afinal, não é fácil ser eliminado de uma Copa do Mundo da FIFA após levar dois gols nos últimos cinco minutos. O México esteve muito próximo da classificação, mas terá que voltar para casa após ter sido derrotado pela Holanda por 2 a 1 em um duelo de oitavas de final tão emocionante quanto dramático.
Apesar de tudo, os integrantes da seleção asteca sabem que sua destacada participação não pode ser desprezada. Por isso, junto às lágrimas, surgiram também olhares firmes e palavras de consolo. Foi assim que o goleiro Guillermo Ochoa, um dos protagonistas do confronto, e o técnico Miguel Herrera se expressaram em entrevista exclusiva para o FIFA.com.
Circunstâncias do futebol
Ochoa, que apesar da derrota foi eleito o Craque do Jogo Budweiser, salientou que sua equipe não pode se deixar abater. "É muito duro perder assim nos últimos minutos, principalmente depois de ter jogado tão bem. Mas não podemos esquecer que enfrentamos uma grande seleção e que chegamos realmente perto (da classificação)", disse o goleiro.
O resultado significou a sexta eliminação consecutiva do México nas oitavas de final da Copa do Mundo, mas Ochoa se negou a considerar que essa sequência negativa tenha virado uma espécie de barreira psicológica para a seleção. "Nem um pouco. Poderíamos ter vencido o jogo, mas a Holanda tem grandes jogadores. A derrota foi por razões futebolísticas, não psicológicas."
Como é possível se recuperar de um golpe assim? Para o goleiro, o segredo é se levantar o mais rápido possível. "Teremos tempo para pensar no que devemos fazer. O que me parece evidente é que saímos de cabeça erguida e que agora temos que nos preparar para voltar ainda mais fortes no próximo Mundial."
De olho em 2018
O técnico mexicano Miguel Herrera também buscou palavras de alento para seus jogadores. "Disse a eles que não podíamos nos lamentar, que havíamos sido melhores. Todo mundo falava que a Holanda era a grande seleção da Copa, mas acho que conseguimos controlá-los. Infelizmente, sofremos o gol de empate em um lance de desatenção e depois veio o pênalti."
O que faltou ao México para segurar o resultado? "Acho que malandragem. Conduzir a bola até a lateral, não errar passes. No final, cometemos equívocos em algumas jogadas que poderíamos ter feito melhor para esgotar os segundos finais. Mas, repito, não acho que fomos inferiores em nenhum momento."
Concordando com seu espetacular goleiro, o técnico acredita que o momento é de aprender com os erros para que o México chegue ainda mais poderoso à Rússia 2018. "Essa é a ideia. Acredito que temos uma boa base e que foi montada uma grande equipe, com jogadores muito talentosos e dedicados. Estou muito orgulhoso dos meus garotos e acho que ainda temos muito para dar."
Herrera, por sinal, não se furtou a falar sobre seu futuro. "Minha ideia é seguir à frente da seleção. Conversei com os dirigentes da Federação Mexicana e acredito que estão felizes com meu trabalho. Ficaria feliz de poder concluir este trabalho que começamos."
E o que há no horizonte de Ochoa? Para o goleiro, as perspectivas também são boas. "Desfrutei muito desta Copa, a primeira em que pude jogar. Pessoalmente, vou embora satisfeito, ainda que obviamente preferisse ter vencido e que a experiência tivesse durado mais, mas tenho certeza de que voltaremos mais fortes."


HOLANDA

O incrível 100º jogo de Kuyt e o momento de Huntelaar

O incrível 100º jogo de Kuyt e o momento de Huntelaar
© Getty Images
Poderia ter sido tudo muito diferente. Os jornalistas já começavam a encerrar os seus relatos da partida em Fortaleza com manchetes como "México avança" ou "Sonho holandês para em Ochoa". Os milhares de votos dos torcedores no FIFA.com, no Twitter e no aplicativo da FIFA deram a Guillermo Ochoa o prêmio de Craque do Jogo Budweiser, certamente creditando o goleiro mexicano pela vitória após o gol de Giovani dos Santos.
Aos 43 minutos do segundo tempo, porém, o drama asteca começou a se desenhar. As mudanças táticas de Louis van Gaal surtiriam efeito diante da equipe de Miguel Herrera. Depois de começar o jogo no 3-4-1-2, o técnico transformou a Holanda em um 4-3-3 no segundo tempo e, à medida que a derrota parecia inevitável, em um 4-2-4 sem nada a perder. Após um escanteio da direita cobrado por Arjen Robben, o atacante Klaas-Jan Huntelaar cabeceou para trás e Wesley Sneijder surgiu para chutar forte de primeira, no canto esquerdo de Ochoa. 
Os mexicanos ficaram visivelmente abalados com a perspectiva de adiar o sonho de disputar as quartas de final em Salvador. Antes da prorrogação, porém, os holandeses mostrariam que não estavam vencidos. Nos acréscimos, Robben invadiu a área e sofreu pênalti. Huntelaar, que havia saído do banco para entrar no lugar de Robin Van Persie, se apresentou para a cobrança. O atacante do Schalke não desperdiçou a oportunidade de dar outro desfecho à história.
Para Dirk Kuyt, a partida tinha um significado especial. O jogador do Fenerbahçe foi usado na lateral esquerda, na lateral direita e até como ponta-direita, mas admitiu ter acreditado que terminaria o seu centésimo jogo com a camisa da Holanda no lado eliminado. "Foi incrível, um dia especial para mim", disse ele ao FIFA.com com exclusividade. "Ser o sétimo jogador na história do futebol holandês a alcançar a marca de 100 partidas pela seleção e terminar o jogo assim é sensacional. Estou muito orgulhoso, tenho orgulho do time e do nosso espírito de equipe. Continuamos lutando até o fim e estamos muito felizes com o resultado."
"No futebol, principalmente no futebol de uma Copa do Mundo, quando você joga em um estádio como esse, às vezes não importa como você joga ou o que você faz", prosseguiu Kuyt. "Só o que importa é ganhar. Foi isso o que a equipe mostrou hoje. O México foi um adversário difícil com uma defesa valente e bons atacantes. Foi difícil criar chances, precisamos ser pacientes e continuar lutando. Continuamos lutando, com três esquemas táticos e conseguimos. No fim das contas, acho que a diferença entre os mexicanos e nós foi a qualidade individual. O espírito de luta das duas equipes foi sensacional, mas temos jogadores como Robben e Van Persie, que podem mudar o jogo a qualquer momento. Van Persie lutou muito e foi substituído por Huntelaar, e ele decidiu."
Huntelaar era só sorrisos ao ouvir os elogios do experiente Kuyt. "Você sonha com momentos como esse, em que é difícil voltar e de repente acontece", "comentou o atacante. "Sabíamos que seria difícil, eles tinham a vantagem do clima, principalmente quando estava 1 a 0 a dois minutos do fim. Mas a gente tenta o nosso melhor e dá tudo de si. Veio o escanteio e vi que eu não conseguiria colocar a bola no gol, então a pus de volta na área. Não sabia se alguém estava lá, mas o Wesley (Sneijder) estava e pegou em cheio. Daí começamos a acreditar e conseguimos o pênalti."
O que se seguiram foram momentos memoráveis. Enquanto os holandeses celebravam e cruzavam os dedos, os mexicanos imploravam em vão para que os árbitros mudassem de ideia. Huntelaar, por sua vez, aguardou a autorização para a cobrança segurando a bola indiferente ao caos à sua volta. "Eu estava tentando me concentrar porque todo mundo queria me perturbar e me fazer perder o foco", explicou ele. "Escolhi o canto e coloquei a bola lá. Ela entrou. Foi um sentimento incrível, um sonho realizado."

EVERALDO COSTURA RETORNO DE VANE AO PT

Everaldo trabalha pelo retorno de Vane ao PT.
Everaldo trabalha pelo retorno de Vane.
Silenciosamente, a direção estadual do PT trabalha pelo retorno do prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, ao partido. O gestor deixou a legenda, em 2011, para disputar o governo municipal, já que o comando do partido trabalhava a candidatura da esposa de Geraldo Simões, Juçara Feitosa. Encontrou abrigo no PRB, mas não esperava que, na última hora, o partido fosse cair nos braços adversários. A legenda de Bispo Marinho apoiará o democrata Paulo Souto.
Ontem, o presidente do PT baiano, o ilheense-itabunense Everaldo Anunciação, tomou café da manhã com Vane. O PIMENTA apurou que o retorno de Vane não é descartado e pode ocorrer no período pós-eleições de 2014. Este, aliás, é o sonho de Everaldo. E, também, do deputado federal Josias Gomes.
Não se sabe se dependerá do resultado das urnas, mas a eleição do nome petista na disputa ao Palácio de Ondina, Rui Costa, reforçaria essa possibilidade. Fonte: http://www.pimenta.blog.br

MÉXICO - Guardado: "Não temos medo de ninguém"


Guardado: "Não temos medo de ninguém"
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Andrés Guardado é o motor do meio de campo mexicano. Responsável pelo lado esquerdo do setor, ele pode ser encontrado na frente, incomodando a saída de bola do adversário, ou mais atrás, cortando aproximações perigosas. Contra a Croácia, três minutos após Rafael Márquez ter feito 1 a 0, o habilidoso canhoto invadiu a área adversária e anotou o segundo gol dos astecas, dando tranquilidade à equipe na briga pela vaga nas oitavas de final do Brasil 2014.
"Foi meu gol mais especial, porque foi em uma Copa do Mundo", confessou o sorridente jogador de 27 anos em entrevista exclusiva ao FIFA.com. Sua alegria é natural. Embora esteja disputando seu terceiro Mundial, o meia não havia conseguido deixar sua marca nas seis partidas anteriores. "Simplesmente não dá para explicar o que senti. Foi uma sensação de adrenalina enorme. Estou muito feliz, mas principalmente satisfeito pela maneira como a equipe atuou e como todos os jogadores estão comprometidos, compartilhando o mesmo objetivo, entre outras coisas", acrescentou.
De fato, foi a força coletiva que salvou o México nas complicadas eliminatórias e o levou a uma grata participação no Brasil 2014. Para ilustrar essa coesão, basta dizer que a equipe avançou para a segunda fase com apenas um gol sofrido. "Não foi uma mera classificação, nos classificamos com estilo e muito mérito, jogando de uma maneira que nos agrada e nos dá muita confiança. Mas, apesar do que fizemos, ainda não conquistamos nada. Nosso objetivo ainda não foi cumprido", ponderou o jogador do Bayer Leverkusen.
Solidariedade, experiência e autoconfiança
A adversária que agora espera os mexicanos em Fortaleza é ninguém menos que a Holanda, uma seleção que tem brilhado com luz própria até aqui na competição. "Sim, será um jogo duro", admitiu. "As três partidas da fase de grupos já foram difíceis, especialmente contra o Brasil, outro favorito. Vamos com a mesma expectativa: fazer história para o México."
Comandados pelo capitão Robin van Persie, os holandeses contam com uma equipe jovem e veloz, que tem uma capacidade letal de aproveitar os espaços. Do outro lado, porém, estará uma das melhores retaguardas da Copa. "O segredo da nossa defesa é a participação de todos. O mérito não é apenas do goleiro ou dos defensores. Até Oribe e Giovani têm nos ajudado muito. Se a bola chegar até nós, do meio de campo, estaremos prontos. Caso contrário, contamos com uma linha defensiva de cinco jogadores. E como último recurso, temos Memo Ochoa, que está jogando muito bem", analisou.
Além do comprometimento de toda a equipe, outro aspecto fundamental para a força defensiva do México é o experiente capitão Rafael Márquez. "Sua maneira de liderar sempre foi conversando individualmente e também pelo exemplo. Ele não precisa nos dizer muita coisa. Basta vê-lo em campo, um cara que ganhou tudo, tem 35 anos e, em sua quarta Copa do Mundo, está jogando desse jeito... Sentimos um grande orgulho de tê-lo na seleção."
A sorte está lançada. Apenas 90 minutos separam o México da tão sonhada quinta partida no Mundial. Com um espírito de grupo impecável, o selecionado asteca entrará em campo disposto a tudo para conseguir a vitória. "A verdade é que não temos medo de ninguém, estamos felizes de enfrentar quem quer que seja e esperamos sair vencedores. Vamos jogar de igual para igual e complicar a vida deles, porque o México não é nada fácil. E vamos em busca da classificação, que é o que realmente queremos", alertou. 

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