segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O XVII ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE LETRAS 




Vai dá continuidade a uma série de outros eventos do mesmo gênero que, há dezessete anos, integra discentes e docentes do curso de Letras de todas as Instituições de Ensino Superior (doravante IES) baianas. Trata-se de um evento organizado por docentes e discentes de uma IES baiana com o objetivo de fomentar produção intelectual científica e discussões político-acadêmicas.
No Brasil, várias regiões e estados realizam seus encontros e promovem discussões que refletem os objetivos dos cursos de Letras no Brasil, para além de uma postura metodológica tradicional, enfocando atitudes e posturas político-acadêmicas críticas. De tais posturas é possível destacar: formação de professores, política de línguas, análise do discurso literário, crítica literária, objetivos do ensino/aprendizagem, entre outros. Assim, não se trata de um evento meramente político ou acadêmico, mas a integração de duas categorias que não costumam se misturar na universidade. A primeira abordagem, a política, é advinda do movimento estudantil e é relegada a segundo plano no ambiente acadêmico, cumprindo uma tarefa secundária, mesmo tocando diretamente a realidade sócio-histórica de cada indivíduo na universidade; a segunda abordagem, a acadêmica, ocupa primeiro lugar na Academia, mas não dá conta da tarefa de se estender à sociedade e procurar entender, ao lado da prática e da materialidade histórica, o funcionamento da linguagem e a práxis discursiva e histórica que a rodeia. A estrutura dos encontros, entretanto, materializa-se pela realização de atividades e temáticas relevantes para o pensar da realidade do ensino superior nas IES baianas e, a stricto sensu, brasileiras, permitindo a discussão de temas que vão desde os mais teóricos até os mais práticos, tendo as sessões comunicação para apresentação de resultados de pesquisas e aquelas em andamento e os Grupos de Discussão (GDs) loci de reflexão da realidade política da universidade baiana.

Uma outra perspectiva adotada pelos encontros de Letras, não superior às demais, é a tentativa de enfocar a realidade regional, excluindo-se a regionalização limitante. Trata-se, baseando-se em Moita Lopes (2006) de um enfoque em que geral e local dialogam entre si, sem hierarquia limitante, mas com a possibilidade do geral permitir pensar o local e a interface local permitir pensar o geral, ambos construindo-se e reconstruindo-se mutuamente. 

Deste modo, o XVII ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE LETRAS, com a temática "O Jorge e os jorges: das Terras do Sem-fim ao Território da Linguagem", tem o objetivo de repensar a temática amadiana por um viés que não a limite na perspectiva regionalista ou universal, mas que possibilite uma crítica pós-colonial e multicultural, ou ainda intercultural da dinâmicas motoras e norteadoras da produção literária e linguística, do fazer acadêmico, das relações Academia-sociedade, da relevância de uma extensão que produza resultados coerentes com o atual estágio de conhecimento humano e não se prenda a perspectivas conservadoras e condizentes com um mundo de vantagens, aquele reproduzido nas obras de Jorge Amado, que representam as condições de um mundo arcaico, dominado pelo favor, pela exploração do trabalhador, da guerra por poder etc

Festival Gastronômico e Cultural de Prado boa sugestão de viagem

Festival Gastronômico e Cultural de Prado homenageia culinária caribenha

Acontece de 11 a 19 de Outubro
Foto: DIV
Localizado na Costa das Baleias, no extremo sul do estado, Prado realiza, de 11 a 19 de outubro, o 8º Festival Gastronômico e Cultural, com 34 estabelecimentos comerciais já inscritos, previsão de ocupação hoteleira de 100% e a expectativa de atrair sete mil turistas para o município. Integra o evento, que conta com o apoio da Bahiatursa, uma programação cultural, social e ecológica desenvolvida em torno do tema “Cultura para saborear e vivenciar”.

“Um enfoque que estamos dando como chamamento é a relação da culinária caribenha com a culinária pradense”, informa Wander Luiz Rocha de Noronha, presidente da Associação Pradense de Restaurantes, Hotéis, Operadoras, Pousadas e Estabelecimentos Comerciais.  “No Caribe,  a gente encontra essa influência  cultural da África e da Europa, o mesmo que acontece com a gente. Os restaurantes vão criar pratos usando algum elemento da culinária do Caribe. Eles ficaram livres para escolher o país”, completa.

CURSOS, PALESTRAS, QUALIFICAÇÃO - Wander informa que o festival não se limita ao período em que acontece. Como ações preparativas são realizados alguns cursos, em parceria com o Senac, ministrados por Adelmo Jaqueira, durante o mês de setembro. Um deles é o de garçom. Três turmas de drinks estão sendo qualificadas na sede e uma em Cumuruxatiba. Em parceria com o Sebrae, já aconteceu uma palestra sobre economia de energia, e, atualmente, camareiras recebem treinamento  quanto à postura, ergonomia e atendimento ao cliente.

Segundo Weslen Moreira, diretor de Serviços Turísticos da Bahiatursa,  o apoio ao festival é importante no  sentido de gerar fluxo regional,  além de riqueza e renda, em uma região que tem uma culinária muito forte, marcada pelo peixe e os frutos do mar. “É uma região estratégica, uma porta não apenas para quem quer conhecer seus atrativos e a culinária, mas o arquipélago de Abrolhos neste período de visitação de baleias”.

 

São 84 quilômetros de litoral, rara beleza e tranquilidade

As falésias de tons variados e rara beleza intercalam-se com planícies, praias de águas mornas e piscinas naturais convidativas, rodeadas pelo vasto coqueiral.  São 84 quilômetros de litoral. Prado é também reduto de parte imponente na história nacional. Foi na foz do Rio Cahy que se deu o primeiro contato entre índios e portugueses, antes mesmo das caravelas lusitanas chegarem ao ponto depois batizado de Porto Seguro.

A cidade fica, exatamente, na fronteira entre a Costa do Descobrimento e a Costa das Baleias. Palco de belezas naturais e reduto histórico e cultural. O Centro Histórico preserva o casario dos séculos XVIII e XIX, com ruas estreitas, calçadas com paralelepípedos e praças arborizadas.

Destaque para as centenárias construções da Matriz de Nossa Senhora da Purificação, a antiga Cadeia Pública, a Casa Colonial do Beco das Garrafas e o sobrado da Rua Rui Barbosa. Os hábitos locais remetem o visitante a um passado longínquo, de cadeiras espalhadas na calçada, à porta das casas, no final da tarde, para um bom bate-papo.


Como chegar:

Via Terrestre

O município fica a 785 km de Salvador.

Partindo de Salvador, vá pela BR-324, sentido Feira de Santana. Suba o viaduto que dá acesso à BR-101, seguindo no sentido sul. Depois de passar por Gandu, Itabuna, Eunapólis, Itamaraju, entrar na BA- 489 e seguir por 50 km até Prado.

De ônibus, o principal destino é Porto Seguro e, de lá, até Prado.

Via Aérea

Pode pegar um avião até a cidade de Porto Seguro (a 213 km de Prado) e posteriormente seguir até o município com um traslado fretado, ônibus de linha ou carro alugado. Os ônibus que partem de Porto Seguro param em Itamaraju ou em Teixeira de Freitas, que também é ponto de conexão de ônibus que vêm de outras regiões e, de lá, seguem para Prado.

http://youtu.be/W1ARYwDxHhkhttp://youtu.be/W1ARYwDxHhk

sábado, 22 de junho de 2013

Arraiá Cacau, Serra e Mar é na cidade de Uruçuca


Adriana Santtos
O São João de Uruçuca, a 405 quilômetros de Salvador, acontecerá de 22 a 24 de junho, com o tema Arraiá Cacau, Serra e Mar. Os shows serão realizados na Praça Municipal Régis Pacheco, onde será montada toda uma estrutura temática para a festividade.
Bandeirolas coloridas, pequenos balões, fogueiras, palha de coqueiro decoram o ambiente, um show à parte. Os quitutes juninos como milho cozido, amendoim, bolos, pamonhas e licores serão vendidos em barraquinhas espalhadas pelo circuito da festa.
O agito vai ficar por conta da banda paulista, Forró Saborear, que explodiu com a música Patricinha, ganhando destaque em vários cantos do Brasil, além de muito forró com as bandas É só Filé, Amor de Novela, Moreno no Caprixo,, Cupim de Ferro, Perfume de Madame, Rosy e Banda, Zabumbahia, Laís e Brena, Forró Tequila, Forró do Karoá, Krakes do Forró, Quarto de Luxo e Estilo Gruvado, além dos forrozeiros Vander de Aguiar, Jonas Alves  e Zezinho da Paraíba.
*A grade com atrações, separada por dia e horário dos shows, ainda não foi confirmada pela prefeitura local.
Para mais informações sobre o São João em Uruçuca basta entrar em contato com a Prefeitura local pelo telefone (73)3239-2307. Já as linhas do sistema intermunicipal de transporte podem ser consultadas pelo site da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba):    http://www.agerba.ba.gov.br/transporte/index.asp.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Energia renovável ou lixo atômico? Uma escolha indispensável!



Por Rose Bassuma*


A sociedade brasileira está distante de uma escolha que irá definir o tipo de futuro que queremos. Um futuro sustentável, baseado em fontes se energia renovável, ou um futuro ameaçado pelo fantasma do lixo atômico.
Isso porque o governo brasileiro voltou a anunciar que ainda este ano começará a implantar a usina nuclear de Angra 3, que pode custar mais de R$ 12 bilhões de reais. E ainda pretende implantar 7 usinas no país sendo duas no Nordeste brasileiro.
O governo da Bahia está se empenhando politicamente para construir uma dessas usinas às margens do sofrido rio São Francisco, que pede socorro e ao invés de ajudá-lo, vamos desgastá-lo ainda mais.
Por que bloquear o desenvolvimento sustentável, se temos no Brasil várias fontes de energia renováveis e não-poluentes? Temos fontes alternativas como a energia solar, a eólica, das marés, das biomassas. Vários estudos mostram que nem precisamos ampliar a oferta de energia, porque podemos ainda economizar muito no consumo.
O Atlas Eólico Nacional, documento elaborado pelo governo federal, afirma que o potencial de geração de energia eólica do Nordeste chega a 75 gigawatts (GW). Desse total, estima-se que 17,5 GW poderiam ser gerados na Bahia, o que equivale a toda energia produzida por Itaipu e uma usina do Rio Madeira, juntas.
No mundo todo, países como Alemanha, Suécia, Espanha, Holanda e Bulgária, entre outros, já estão desativando suas usinas nucleares – porque a segurança é problemática, a energia é cara e não há destinação eficaz para o lixo nuclear, altamente perigoso.
O governo precisa responder à sociedade sobre o grave dilema do que se vai fazer com o perigosíssimo lixo nuclear de Angra 3, assim como de Angra 1 e 2 que continuam armazenados provisoriamente nas usinas. Esse lixo continuará perigoso durante milhares de anos. E o que se pretende fazer é um leilão entre municípios que se candidatarem a receber dinheiro para abrigar esse lixo indesejável.
De acordo com dados do governo americano em fins da década de 80 encontravam-se armazenados, apenas nos Estados Unidos, em tanques especiais de aço, entre 300 e 400 milhões de litros de resíduos radioativos.
O ecologista brasileiro Júlio José Chiavenato afirma que “1% desse lixo atômico é mais poderoso do que todas as emissões liberadas pelas bombas atômicas detonadas até hoje”. Todo esse lixo atômico precisa ser guardado por pelo menos mil anos, e os tanques precisam ser substituídos a cada vinte anos por razões de segurança. De acordo com Chiavenato, todo animal vivo hoje na Terra tem traços de estrôncio-90 nos ossos, um composto resultante dos processos de industrialização nuclear.
Portanto, por que insistir com a implantação de uma energia tão nociva e perigosa aos seres vivos e que interfere negativamente nos ecossistemas, se há outras formas viáveis de energia?
A quem interessa gastar bilhões na implantação de uma usina nuclear que gera empregos para poucos? Há ausência de recursos humanos treinados no país, é uma energia mais cara, em que os resíduos produzidos emitem radioatividade durante milhares de anos e há dificuldades no armazenamento desses resíduos!
A sociedade baiana precisa participar de debates sobre o assunto e dizer ao governo se quer ou não a instalação da usina nuclear, se quer conviver com a possibilidade do risco de um acidente na central nuclear e ser contaminado com o lixo atômico!
Estamos diante de um momento crítico na história do Brasil, em que devemos escolher que futuro queremos. A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa saúde e a destruição da vida.
Já hoje temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos com energias renováveis e reduzir os impactos ao meio ambiente, garantindo que as atividades econômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento de forma equitativa e sustentável.
*Pedagoga e Artista Plástica

JORNAL DAS PRAIAS VIVA 72 ANOS DE IBICARAÍ

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