O XVII ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE LETRAS
Vai dá continuidade a uma série de outros eventos do mesmo gênero que, há dezessete anos, integra discentes e docentes do curso de Letras de todas as Instituições de Ensino Superior (doravante IES) baianas. Trata-se de um evento organizado por docentes e discentes de uma IES baiana com o objetivo de fomentar produção intelectual científica e discussões político-acadêmicas.
No Brasil, várias regiões e estados realizam seus encontros e promovem discussões que refletem os objetivos dos cursos de Letras no Brasil, para além de uma postura metodológica tradicional, enfocando atitudes e posturas político-acadêmicas críticas. De tais posturas é possível destacar: formação de professores, política de línguas, análise do discurso literário, crítica literária, objetivos do ensino/aprendizagem, entre outros. Assim, não se trata de um evento meramente político ou acadêmico, mas a integração de duas categorias que não costumam se misturar na universidade. A primeira abordagem, a política, é advinda do movimento estudantil e é relegada a segundo plano no ambiente acadêmico, cumprindo uma tarefa secundária, mesmo tocando diretamente a realidade sócio-histórica de cada indivíduo na universidade; a segunda abordagem, a acadêmica, ocupa primeiro lugar na Academia, mas não dá conta da tarefa de se estender à sociedade e procurar entender, ao lado da prática e da materialidade histórica, o funcionamento da linguagem e a práxis discursiva e histórica que a rodeia. A estrutura dos encontros, entretanto, materializa-se pela realização de atividades e temáticas relevantes para o pensar da realidade do ensino superior nas IES baianas e, a stricto sensu, brasileiras, permitindo a discussão de temas que vão desde os mais teóricos até os mais práticos, tendo as sessões comunicação para apresentação de resultados de pesquisas e aquelas em andamento e os Grupos de Discussão (GDs) loci de reflexão da realidade política da universidade baiana.
Uma outra perspectiva adotada pelos encontros de Letras, não superior às demais, é a tentativa de enfocar a realidade regional, excluindo-se a regionalização limitante. Trata-se, baseando-se em Moita Lopes (2006) de um enfoque em que geral e local dialogam entre si, sem hierarquia limitante, mas com a possibilidade do geral permitir pensar o local e a interface local permitir pensar o geral, ambos construindo-se e reconstruindo-se mutuamente.
Deste modo, o XVII ENCONTRO BAIANO DOS ESTUDANTES DE LETRAS, com a temática "O Jorge e os jorges: das Terras do Sem-fim ao Território da Linguagem", tem o objetivo de repensar a temática amadiana por um viés que não a limite na perspectiva regionalista ou universal, mas que possibilite uma crítica pós-colonial e multicultural, ou ainda intercultural da dinâmicas motoras e norteadoras da produção literária e linguística, do fazer acadêmico, das relações Academia-sociedade, da relevância de uma extensão que produza resultados coerentes com o atual estágio de conhecimento humano e não se prenda a perspectivas conservadoras e condizentes com um mundo de vantagens, aquele reproduzido nas obras de Jorge Amado, que representam as condições de um mundo arcaico, dominado pelo favor, pela exploração do trabalhador, da guerra por poder etc
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
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