A tarde do último sábado, dia 13 de dezembro começou com São Pedro concedendo trégua no dilúvio que castigava o Sul da Bahia. Certamente sentado numa nuvem, acompanhou lá de cima a tarde ensolarada que deu um brilho especial à festa da grande final da primeira Liga do Foot7. A Charanga da Alegria vestida na cor do som, muito antes da bola rolar, já ditava o tom na recepção dos muitos convidados que lotaram as dependências do clube, esquentando o clima de decisão, aumentando ainda mais a expectativa para uma grande disputa.
Em campo, Cangaceiros e Pedra Bruta chegavam à final com méritos e igualdade de condições no sonho de levantar a taça. No desenho tático da partida as duas equipes formavam linhas defensivas bem postadas que faziam os desarmes com a imposição física e o apelo das faltas. O prefácio dos primeiros minutos de jogo sinalizava para uma decisão capitaneada pelos detalhes. E a minúcia veio ainda no primeiro tempo. Abude antecipou o movimento atacando o espaço na intermediária, roubando a bola num assalto a pés armados. Carregou pela direita com passadas audaciosas para soltar o petardo da entrada da área e mudar a história do jogo. Cangaceiros um a zero. O segundo detalhe nasceu de uma bola de risco atravessada com o ossinho do tornozelo pela defesa do Pedra Bruta. Alex numa tarde inspirada, intuiu a jogada e com uma chapa de primeira, cheia de estilo, ampliou o marcador. Minutos depois, numa boa trama do ataque do Pedra Bruta, um chute forte encontrou no rebote do goleiro o caminho do gol. Paulo César na solidão do oportunismo só teve o trabalho de completar e acender os ânimos da disputa. Fim de primeiro tempo: Cangaceiros 2 Pedra Bruta 1.
O segundo tempo reservava muitas emoções já que a diferença de apenas um gol deixava a decisão com o destino em aberto. Disputas acirradas, birro trocado, catimba e muita entrega envolvida no tempero do segundo tempo. Na equilibrada disputa, o terceiro detalhe entrou em cena. Um entrevero numa jogada e lá estava o cartão vermelho colorindo o céu. Pedra Bruta com inferioridade numérica via as chances de reverter o placar ficar nas asas da saudade. Até tentou ainda compensar com os pulmões cheios de raça, mas uma bola atrasada na fogueira da distração, permitiu a Luiz dividir com o goleiro e ampliar a contagem. Logo depois Toinho apareceu na área para transformar o resultado em goleada. Cangaceiros 4 Pedra Bruta 1. A festa seguiu com alegrias e tristezas, todas elas açucaradas pelo sabor do malte na boa companhia de Jan Costa, com sua melodia enchendo de ressonância o ambiente. Na entrega de troféus os agradecimentos aos mentores do sucesso que foi a primeira Liga do Foot7, o Presidente Eric Ettinger e os Diretores Márcio Sodré e Jorge Pires.
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