Construído no século 17, o Forte de Santo Antônio Além do Carmo, no Centro Histórico de Salvador, é um patrimônio arquitetônico que abriga hoje escolas de capoeira de grandes mestres desta arte. Equipes das secretarias de Turismo e Cultura do Estado fizeram uma visita técnica ao equipamento, nesta sexta-feira (6), para estudar formas de transformá-lo em um centro de referência da capoeira.
“É um esforço conjunto do Turismo e da Cultura no sentido de aproveitar o forte de grande riqueza histórica e a tradição de nossa capoeira, que tem reconhecimento internacional, para atrair um fluxo maior de visitantes e, desta forma, promover a valorização destes dois patrimônios da Bahia”, explica o secretário estadual do Turismo, Maurício Bacelar.
Uma das propostas é, além da preservação do espaço físico, o estabelecimento de um calendário de programação de eventos com os capoeiristas que já utilizam o equipamento e grupos visitantes.
Atualmente, o Forte de Santo Antônio possui sete academias de mestres capoeiristas, como Bola Sete, Curió e Moraes, entre outros. Nestes locais são realizadas aulas e palestras sobre a história da capoeira. Há também a galeria Memorial de Capoeira, com três exposições permanentes, e o pátio Besouro Mangangá.
O espaço é cedido também para atividades culturais diversas, como apresentações artísticas e gravações de videoclips, programas televisivos e novelas (cenas de ‘Segundo Sol’ foram rodadas no forte), entre outros.
História
A posição fortificada que deu origem ao Forte Santo Antônio foi construída em 1638 para defender a cidade da segunda invasão holandesa. Novas construções foram acrescentadas à estrutura original, até virar um forte e, a partir de 1850, uma prisão. Com a transferência do presídio para Mata Escura na década de 1970, surgiu o projeto de transformar o equipamento em espaço cultural. A partir de 2003 houve uma reforma total do forte, que passou a ser destinado à capoeira, em primeiro lugar, e a manifestações culturais diversas.
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