Para Assunção, existe um grupo que quer convencer de que com o avanço do agronegócio, a democratização das terras no Brasil não é importante. O parlamentar responde dizendo que nunca a reforma agrária foi tão necessária e rebate sobre a motivação de permanecer no campo. “O agronegócio, como modelo de desenvolvimento para o campo, não é capaz de alimentar o povo brasileiro e nem de garantir a qualidade do que produz. Por causa desse modelo, o Brasil é campeão de consumo de venenos agrícolas, cuja importação saltou de US$ 259 milhões no ano 2000 para US$ 2,2 bilhões em 2012. É o agronegócio também que está no topo da lista suja do trabalho escravo”.
De acordo com a primeira publicação, as organizações dos sem-terra enfrentam dificuldades em encontrar pessoas que de fato queiram - e saibam - explorar a terra. A opinião ainda aponta que o êxodo rural aumentou e que até os filhos dos acampados querem morar na cidade. “Passados quase 12 anos com o PT no principal gabinete do Palácio do Planalto, o mantra [pela reforma agrária] se mantém, mesmo que nas últimas décadas a agricultura brasileira tenha passado por uma modernização revolucionária, a ponto de superar a necessidade da reforma agrária como pensada no século passado”, diz o texto do Globo.
Entretanto, o parlamentar petista retruca e diz que o governo trouxe para o debate e para a ação dos órgãos responsáveis a necessidade do desenvolvimento dos assentamentos instituídos, com a qualificação de ações como o Luz Para Todos, crédito para produção e assistência técnica. “No entanto, precisamos ter em mente que reforma agrária é, prioritariamente, a democratização da propriedade da terra, ou seja, trabalhar para a desconcentração fundiária no Brasil, cujo índice de Gini de mais de 0,85 é equiparado ao período da ditadura militar”, finaliza Assunção.
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