Os colonistas (ver no
ABC do C Af) do PiG, como se sabe, só entendem de Economia –
são os parvos do “ajuste”.
Como dizia o Néstor Kirchner, Economia é o campo da alquimia ideológica neolibelês.
O
Conversa Afiada, por exemplo,
prefere tratar de Defesa, e Comunicações, ainda mais agora,
com o Berzoini.
Por isso, localizou velho amigo no Oráculo de Delfos.
- Caríssimo Oráculo, por que a
Presidenta Dilma nomeou Vilas Bôas para o Exército, Leal Ferreira para a Marinha, e Rossato para a Aeronáutica ?
- Antes de mais nada, ansioso, cabe destacar o papel dos que comandaram as três forças nos últimos oito anos: Peri, Moura Neto e Saito. E o Ministro da Defesa, o Celso Amorim.
- O que os credencia a elogios ?
- Em oito anos, não engendraram nenhuma crise, não fizeram nenhum “pronunciamento”. E isso vale muito ! E deram início ao processo revolucionário de renovar da Força brasileira.
- Sim, e os novos, Oráculo, o que tem de novo ?
- Primeiro, são de tropa, não são de gabinete.
- E por que isso é tão importante ?
- Porque significa que eles estão colados à realidade, às necessidades mais prementes. Veja você: Villas Bôas comandou a Amazônia, região estratégica, central à Defesa nacional.
- Posso dizer que a Amazônia hoje é o que a região do Prata significava para os militares do Golpe.
Aquele que nasceu em Washington.
- Provavelmente, sim. Há mais perigos hoje em torno da Amazônia, do que na Argentina…
- E Villas Bôas sempre defendeu mais recursos para o Brasil se apossar definitivamente da Amazônia, diante da ameaça estrangeira, aqui representada pelos Verdes bláblárínicos…
- Isso quem está dizendo é você. O Villas Boâs já demonstrou um profundo sentimento nacionalista, essa bandeira que precisa ser reerguida,
como disse você.
- E o Rossato e o Leal Ferreira ?
- O Rossato cuidou da defesa do espaço aéreo. O Leal Ferreira dirigia a Escola Superior de Guerra, mas também teve larga experiência nas operações, lá junto à tropa, aos problemas reais.
- O que mais explica a escolha da Presidenta ?
- Os três são de uma geração nova nas Forças Armadas. Uma geração impregnada de modernização, de
Gripen,
satélites geo-estacionários,
carros de combate Guarani,
submarinos a propulsão nuclear, Amazônia Azul, pré-sal… É o que os une e orienta.
- Fale mais da Amazônia, Oráculo.
- A Amazônia tem uma importância central na integração da Defesa da fronteira com os países amazônicos. Tem a ver com o
Conselho de Defesa da América do Sul e a
Unasul.- Ou seja, a Amazônia está no centro da Defesa sul-americana contra o olho grande do amigo do Norte…
- Isso é o ansioso quem diz … E não se esqueça do satélite geo-estacionário que o Brasil constrói e vai compartilhar com os países da Unasul.
- E a Unasul é um antídoto contra Golpes paraguaios.
- Paraguaios e Supremos …
- Mas, e se o Levy “ajustar” tudo isso.
- Ele não é besta !
- Calma, Oráculo !
- Quero ver o Levy ajustar a modernização da Defesa nacional. Quero ver ele “ajustar” o submarino nuclear !
- Também quero !
- A continuidade do programa de Defesa é indispensável. O corte de um mês atrasa a obra um ano !
- É melhor ele “ajustar”
a grana da Friboi no BNDES.
- E não deixe de fazer uma associação importante, ansioso blogueiro: a integração de Unasul, África e BRICS.
- Como assim ?
- Repare bem na nova política dos Estados Unidos para a América do Sul, depois da reaproximação com Cuba. Eu não sei o que a Dilma e o Joe Biden
conversaram na posse, quando ela esteve com o vice-premier da China.
- Também não.
- Mas, seguramente, caiu a ficha dos americanos. Não adianta mais aquela política de Guerra Fria com cocaína.
- Como assim ?
- A política americana se resumia a Guerra Fria contra Cuba e combate ao tráfico no resto da América do Sul.
- Caiu a ficha, como ?
- O Obama se deu conta de que a América do Sul é mais em baixo.
- No Sul.
- Mais ou menos, meu filho. Aqui tem petróleo a rodo no Leste, no pré-sal, e a melhor agricultura do mundo, no Oeste, em Mato Grosso.
- Quer dizer que a política americana mudou e não avisaram ao Ataulfo Merval e ao dos chapéus (ambos no
ABC d o C Af)?
- Eles só vão perceber quando der no New York Times.
Pano rápido.
Paulo Henrique Amorim