O Partido dos Trabalhadores realizou, na manhã de hoje (sábado, 28), sua Plenária Municipal, como forma de cumprir um dos requisitos orientados pelo Diretório Nacional, para afunilar as discussões em torno do possível lançamento de candidatura petista no município. Essa etapa não era deliberativa, ou seja, não iria decidir por nenhuma candidatura, o que não impediu de haver disputa em torno dos objetivos dos dois grupos distintos que hoje compõem a sigla em Itabuna: aqueles que apoiam a reeleição do atual prefeito e aqueles que defendem uma candidatura petista. E Geraldo venceu esse debate, ao defender, numa plenária do PT, uma candidatura petista.
Geraldo discursou lembrando que o município enfrenta um desastre administrativo, e lembrou da situação da saúde “que mata pobres”, do caos no transporte público e da educação. “Sou do tempo em que os deputados petistas iam aos municípios defender candidaturas petistas”, falou, numa crítica direta ao deputado Rosemberg Pinto, que momentos antes defendeu uma adesão do PT à candidatura “da base”, sem citar diretamente o nome de Augusto Castro.
Foi o suficiente para Geraldo dizer que aquele era um apoio “envergonhado”. “Todos que discursam aqui falando em apoio à base não tem coragem sequer de falar o nome do prefeito, que enfrenta uma rejeição de 80% na cidade. Só quem falou o nome dele foi Osni, que mora a mil quilômetros de Itabuna e não sabe o que se passa aqui”.
“Geraldo fez uma defesa enfática dos valores petistas, daquilo que defendemos enquanto militantes desse partido que transforma o Brasil e a Bahia. Queremos esse modelo de gestão em Itabuna, que valoriza a vida das pessoas, que transforma e melhora a saúde, a educação e os serviços que ajudam a nosso povo e aos trabalhadores. Esse é o modo petista de governar: principalmente para os trabalhadores, para as mulheres, jovens e idosos. Para o povo, enfim”, declarou o presidente do Partido dos Trabalhadores em Itabuna, Jackson Moreira.
Após a fala de Geraldo, a plenária foi encerrada, levando ao êxtase petistas históricos, “militantes-raiz”, que se viram contemplados pelas palavras do pré-candidato petista em defesa do partido. “Geraldo entende a alma petista, e essa defesa do Partido nos lava a alma”, declarou o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi), Raimundo Santana.
O presidente do PT, Jackson Moreira informou que os próximos passos, a partir de agora, será a busca do consenso em torno do nome de Geraldo Simões como candidato do Partido dos Trabalhadores em Itabuna em 2024. “Vencida esta etapa, vamos trabalhar para buscar o consenso. Não sendo possível, vamos encaminhar para a decisão do Diretório Municipal. Se ainda assim não houver definição, vamos decidir até abril de 2024, em Encontro de Militantes”.
“Acreditamos que podemos construir essa decisão antes, porque entendemos que aqueles petistas do Diretório Municipal, que tem responsabilidade com a vida dos itabunenses, não irão se prestar ao papel de indicar um apoio petista à reeleição de um prefeito que não tem nenhum compromisso com o modo petista de governar”, observa Jackson Moreira.
A nota de “vergonha alheia” da plenária ficou por conta de um grupo de pessoas gritar o nome de Augusto Castro numa atividade do PT. Para quem observou, disse que não passou de uma manifestação de pessoas contratadas pela prefeitura, muitos dos quais constantes das famosas listas de contratados que circularam na cidade há dois meses.