A esbórnia associada a irresponsabilidade, praticadas por considerável parte das instituições brasileiras, acontecem em alta escala devido à falta de punição adequada.
Embora tal comportamento tenha ganho maior visibilidade no campo político, não significa que em outros setores a prática ocorra de forma mais amena.
O que nos deixa indignados é quando nos deparamos com situação como as provocada recentemente pelos comentários feitos pelo ex-procurador Moura Pinho.
Pelo fato do mesmo ter denunciado a existência de “rachadinha” na Câmara Municipal de Feira de Santana, sem declinar nomes ou provas.
Se valendo deste fato o vereador governista José Carneiro Rocha, que segundo se comenta não ser ele o tipo de flor que se cheira. Sentiu-se abalado em seus ‘brios” e manifestou a sua insatisfação ao considerar “infeliz” a declaração do advogado, quando disse, em alto e bom tom, que na Câmara existe ‘rachadinha’.
“O advogado Moura Pinho deve se pronunciar e dizer quem faz ‘rachadinha’, fora isso, eu não concordo”, afirmou. Acreditamos que o Moura Pinho deve saber de alguma coisa e provavelmente, no momento certo deverá dar nomes aos bois.
Como é do conhecimento geral, o legislativo feirense já se tornou palco de sucessivos escândalos. Escândalos estes, que nunca foram devidamente apurados.
Enquanto isso não acontece, permite que determinados edis façam proselitismo diante da triste realidade que cerca aquele podre poder.
Se apresentar diante do público coberto com vestes de santidade, não o torna mais digno. Tal comportamento, a prática tem demonstrado de forma exaustiva, que nem sempre está em plena sintonia com os discursos proferidos por eles.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)
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