quinta-feira, 3 de março de 2022

O LEGADO DE ADERVAN DEVE SER SEMPRE LEMBRADO

O LEGADO DE ADERVAN DEVE SER SEMPRE LEMBRADO


Walmir Rosário*


Se Deus não o tivesse requisitado para que ficasse ao seu lado, o jornalista José Adervan de Oliveira completaria – fisicamente – nesta quinta-feira (3 de março de 2022) 80 anos de idade. Sua ausência nos deixa saudades dos encontros, embora continue pra sempre em nossos corações, com sua calma, sempre em busca de um norte para o Sul da Bahia, como deixou escrito nos textos da Coluna Livre, no jornal Agora. Neste seu aniversário estariam presentes amigos tantos, parentes, admiradores de sua perseverança e do seu espírito conciliador. Uma comemoração não seria bastante para receber o abraço de tantos, que seria necessário preestabelecer um roteiro: em casa, na quinta-feira, parentes e amigos mais chegados; na sexta-feira, no jornal Agora, todos, sem distinção, como recomendaria o ritual.
E garanto que os 80 anos seriam comemorados em alto estilo, como todas as festas que promovia. Como esquecer o corre-corre do fechamento das sextas-feiras, jornal mais “gordo” com os cadernos do fim de semana e a atenção que dispensávamos aos convidados? Como um bom grapiúna que teve a felicidade de nascer em Boquim, Sergipe, era um grande anfitrião. A depender da amplitude do evento, o eficiente fotógrafo Waldyr Gomes se tornava um competente churrasqueiro; o editor que vos fala, um chef a elaborar um pièce de résistance da culinária brasileira; sem falar nos préstimos de José Nazal com sua festejada culinária árabe, diretamente de Ilhéus. Pratos fartamente regados com as melhores cachaças baianas e mineiras, além de uma variedade de whiskys, escoceses, claro. Aos poucos, chegavam em turmas os convidados. O pessoal chegava, se integrava ao bate-papo, bebia, comia e iam embora, também em turmas. Por fim, o pessoal que o ajudaria a fechar as portas e fazer companhia na passada pelo Alto Beco do Fuxico e Kati-Kero, no Pontalzinho, com Juvenal e Tonet. No período, assistíamos aos telefonemas de ministros, governador, secretários estaduais, prefeitos e amigos ausentes. E o ritual das sextas-feiras era sagrado, com mudanças apenas de intensidade. Nesse meio tempo, quando aparecia uma figura de destaque na política ou economia, concedia uma entrevista durante o ágape, sem a menor cerimônia. Essas mal traçadas linhas nos dá uma visão da importância do jornal Agora como meio de comunicação regional, linha traçada pelo mestre José Adervan.
Mesmo com as mudanças na economia e na tecnologia de comunicação, o jornal Agoracontinuou com seu prestígio junto aos leitores, apesar da diminuição no número de cadernos e páginas. Com a morte de José Adervan, em 12 de fevereiro de 2017, o Agora continuou circulando por algum tempo, mas não resistiu e encerrou suas atividades, deixando quase muda Itabuna e região.
O jornal Agora teve sua edição circulando em 28 de julho de 1981, por obra e graças de José Adervan e Ramiro Aquino, jornalistas e bancários (Banco do Brasil). Durante todo esse tempo ofereceu aos leitores não apenas notícias, mas a participação efetiva de um consagrado meio de comunicação nos problemas regionais. Em 1° de janeiro de 2003 o Agora deixa de ter circulação semanal e passa a ser diário, incrementando sua participação no mercado. O Agora era a cara de Adervan. Democrático, informativo, opinativo e com fôlego suficiente para fomentar e participar de todas as campanhas institucionais da região cacaueira. Nesses cinco anos de ausência de Adervan, está mais que provado que a região cacaueira – não só os leitores – perdeu um bastião, reconhecido ponta de lança em todas as lutas regionais.

Esta quinta-feira (3 de março) é dia de lembrança, de comemoração pelo legado deixado por José Adervan, como bancário, jornalista, empresário, economista, professor universitário, visionário. Os tempos mudam, as pessoas passam, a obra fica e passarão por análises permanentes, com destaque para as boas e recomendações de esquecimento para as sem relevância. Como diz a canção: Quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Foi como agiu Adervan.


*Radialista, jornalista e advogado.

 Fonte: https://costadocacau.blog.br/

terça-feira, 1 de março de 2022

Em conversa com a Ucrânia, China se coloca à disposição para mediar negociações com a Rússia

 



"Nas relações internacionais, a paz é uma concessão do mais forte", diz Etchegoyen

 

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

“Caretas” mantém a tradição e a alegria do carnaval de Itacaré

 

Reconhecido como patrimônio cultural e imaterial do povo itacareense, através da lei 385/2021, aprovada por unanimidade pela Câmara de Vereadores e sancionada pelo prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio, o desfile dos caretas mantém a tradição de levar alegria, fantasia, cores e a magia para o carnaval da cidade. E esse ano, por conta da pandemia, os caretas seguiram os protocolos de prevenção contra a Covid-19 e saíram em pequenos grupos, mantendo firme e viva a tradição do carnaval de Itacaré.

 

Nessa tradição não há limites de idade e nem de alegria. Vestidos com fantasias coloridas e máscaras assustadoras, os caretas viraram marca do carnaval de Itacaré, uma cultura que atravessa gerações e é símbolo da maior festa popular da cidade. De acordo com o prefeito Antônio de Anízio, o Desfile dos Caretas faz parte da nossa cultura, da nossa história, e nada mais justo que reconhecer definitivamente esse movimento como patrimônio da nossa gente.

 

De acordo com a lei, o Desfile dos Caretas ocorrerá todos os anos no período carnavalesco. E para garantir cada vez mais essa tradição e proporcionar segurança e manter os protocolos contra a Covid-19, a Prefeitura de Itacaré, através da Secretaria de Turismo e Cultura, realizou o cadastro de todos os caretas que estariam participando do carnaval.

 


Foram cerca de 250 cadastrados, das mais diversas idades e bairros. Além de definir os horários e critérios das saídas dos caretas, esse ano as pessoas também precisaram atender ao protocolo de conduta sanitária a ser seguido durante a manifestação cultural, observando o distanciamento social, evitando aglomerações e grandes grupos de participantes, além do uso de álcool em gel.


 

FOTOS: Maria Amália Martin

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