quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Inversão de valores mantém Adélio Bispo preso e Bolsonaro solto/ Por Sérgio Jones*

 Circula nos principais jornalões do país, a notícia de que por decisão da segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ocorrida nessa terça-feira (3) a determinação de continuar mantendo a permanência de Adélio Bispo na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). A medida foi tomada durante sessão virtual.

Adélio é o autor da famosa facada desferida contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, durante a campanha eleitoral de 2018. No meu entender e de milhões de brasileiros, ele deve permanecer preso pelo resto de sua vida. Não pelo atentado, mas pelo fato de ter sido incompetente e não ter conseguido executar o seu nobre intento, abater a Besta.
Se fosse bem-sucedido em sua investida, não estaríamos nesse momento lamentando e chorando pelas milhares de mortes de brasileiros devido a ação criminosa adotada por um presidente genocida que se utilizando de suas prerrogativas, tudo fez e continua fazendo, para que o placar da morte continue registrando crescimento exponencial de vidas ceifadas pela Covid-19.
A falha cometida por Adélio Bispo é imperdoável e por isso mesmo deve pagar pelo seu erro e incompetência de executar a nobre tarefa, na qual falhou de forma vergonhosa. A sua falha permitiu que mais de meio milhão de brasileiros fossem mortos. Enquanto o representante das trevas, que não merece nem o ar que respira, continue vivo, leve e solto para avançar em sua macabra trajetória genocida.
Por decisão do magistrado responsável pelo caso, este resolveu manter Bispo internado em um hospital psiquiátrico por tempo indeterminado. Argumento utilizado foi devido ao nível de periculosidade do acusado. O que considero um equívoco da justiça. Quem oferece maior grau de periculosidade para a sociedade, Adélio Bispo que está preso ou genocida Bolsonaro que continua solto e assassinando, impunemente, milhares de Brasileiros?
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

Pedro Barros conquista prata no skate park da Olimpíada

 


Catarinense leva 3ª medalha do Brasil na modalidade em Tóquio

O catarinense Pedro Barros conquistou a medalha de prata no skate park na Olimpíada de Tóquio, no início da madrugada desta quinta-feira (5) no Parque de Esportes Urbanos de Ariake. Ele garantiu a a segunda posição da prova com a nota de 86,14 pontos, que alcançou logo em sua primeira tentativa. Nas outras duas ele fez 73,5 e 22,99.

A medalha dourada ficou com o australiano Keegan Palmer, que fez uma volta espetacular e obteve a nota de 95,83 em sua última oportunidade. Com 84,13, o americano Cory Juneau faturou o bronze e fechou o pódio.

Além de Pedro Barros, o Brasil foi representado na grande decisão por Luiz Francisco, que terminou em quarto com 83,14 pontos, e por Pedro Quintas, o oitavo com 38,47.

Antes da conquista de Pedro Barros no park, o skate brasileiro já havia garantido outras duas pratas, ambas no street, com Rayssa Leal e Kelvin Hoefler. https://agenciabrasil.ebc.com.br/




quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Brasil bate recorde de mulheres medalhistas em Tóquio com Ana Marcela

 


Nadadora é a oitava atleta do país a subir ao pódio na edição japonesa

A medalha de ouro conquistada por Ana Marcela Cunha na maratona aquática foi a oitava de mulheres brasileiras nos Jogos Olímpicos de Tóquio, um recorde para uma edição de Olimpíada, superando as sete de Pequim 2008.

Das quatro medalhas de ouro do país até agora em Tóquio, três foram conquistadas por mulheres: além da nadadora Ana Marcela, a ginasta Rebeca Andrade e as bicampeãs olímpicas da vela Martine Grael e Kahena Kunze também subiram ao lugar mais alto do pódio.

"Nem nos meus melhores sonhos imaginei que a minha medalha iria ser a do recorde das mulheres", afirmou Ana Marcela, segundo nota no site do Time Brasil.

Antes de ela cruzar a linha de chegada em primeiro lugar, o Brasil já havia conquistado dois ouros, duas pratas e dois bronzes com as mulheres, além de ter uma medalha assegurada por Beatriz Ferreira no boxe. Em Pequim 2008, foram sete medalhas.

Ana Marcela, que disputou sua primeira Olimpíada com apenas 16 anos nos Jogos de Pequim, é um dos principais nomes do esporte no cenário internacional, mas nunca havia conquistado uma medalha olímpica.

"Em 2008, primeira Olimpíada, foi um aprendizado. Em Londres, ficar fora também foi. No Rio, ser cotada como uma das favoritas à medalha e não conseguir, eu soube lidar com isso e tudo que passei me deu mais motivos e gana para ganhar”, disse ela. "Eu sempre acreditei nos meus sonhos, nos da minha família, nos das pessoas que acreditaram em mim. Sou uma pessoa muito realizada principalmente por ter pessoas positivas ao meu lado. Isso me fez sempre continuar. Mesmo não ganhando medalha em 2008, e em 2012, e sendo uma decepção para muitos brasileiros em 2016, acho que sempre acreditei muito naquilo que estava guardado para mim. São 13 anos de espera e essa medalha representa muito”, acrescentou.

Meninas do vôlei batem Comitê Olímpico Russo e vão às semifinais

 


Próxima adversária do Brasil, em Tóquio, será a Coréia do Sul

Invicta, a seleção brasileira de vôlei feminino venceu nesta quarta-feira (4) o Comitê Olímpico Russo (ROC, na sigla em inglês) por 3 sets a 1 e avançou às semifinais da Olimpíada de Tóquio. A partida teve parciais de 23/25, 25/21, 25/19 e 25/22. O confronto aconteceu na Arena de Ariake, na capital Tóquio.

Na próxima fase, a seleção brasileira vai duelar com a Coreia do Sul, que foi derrotada para o Brasil na fase de grupos por 3 sets a 0. O confronto será realizado na sexta-feira (horário de Brasília), ainda sem horário definido.

Na primeira fase, as brasileiras terminaram na liderança do Grupo A. Além das coreanas, compunham a chave a República Dominicana, Japão, Sérvia e Quênia. Nestes confrontos, foram apenas três sets perdidos, dois para as dominicanas e um para as sérvias.

 

O jogo

No primeiro set, o Comitê Olímpico Russo ficou á frente no placar durante todo o tempo. Logo no início, ele abriu 4 a 0 no placar. Em seguida, as brasileiras conseguiram reduzir a diferença para um ponto, entretanto as russas venceram a parcial por 25 a 23.

Brasil reage a pressão russa
Brasil reage a pressão russa - REUTERS/Valentyn Ogirenko

O segundo set iniciou mais equilibrado. A primeira vez que o Brasil passou à frente no marcador foi quando estava 3 a 2. Em seguida, as adversárias das brasileiras cresceram na partida, fazendo 8 a 4.

As comandadas pelo técnico José Roberto Guimarães precisavam reagir, e conseguiram diminuir a distância para um ponto (9 a 8). Mas as russas estavam alertas no confronto e fizeram 14 a 8. A partir daí começou a reação brasileira, com virada em 18 a 17. Posteriormente, o Brasil fechou a segunda parcial por 25 a 21.

Na terceira etapa, o confronto permaneceu equilibrado até o Brasil abrir três pontos de vantagem (7 a 4). Na sequência, as brasileiras emplacaram diferença de cinco pontos (12 a 7). Posteriormente, embora as russas tenham lutado pela virada, sofreram derrota de 25 a 19.

O quarto e último set começou parecido com o terceiro, com o placar acirrado até o Brasil fazer 7 a 4. Na sequência, as russas viraram o jogo para 17 a 15. O vira-vira brasileiro começou quando o time de Zé Roberto fez 20 a 19. Na reta final, as brasileiras saíram vitoriosas por 25 a 22.

 

Seleção masculina também nas semifinais

No masculino, a seleção brasileira de vôlei também vai encarar o Comitê Olímpico Russo na madrugada desta quinta-feira (5), à 1h (horário de Brasília). A semifinal será disputada na Arena de Ariake.

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Japão vê disseminação inédita da covid-19 e recorde de casos em Tóquio

 

Capital registrou hoje (4) recorde de infectados com 4.166 novos casos



O Japão alertou nesta quarta-feira (4) que as infecções pelo novo coronavírus estão disparando em um ritmo inédito, e os casos novos atingiram uma alta recorde em Tóquio, ofuscando a Olimpíada e aumentando as dúvidas sobre como o governo lida com a pandemia.

A variante Delta está levando a uma proliferação de infecções "nunca vista no passado", disse o ministro da Saúde, Norihisa Tamura, ao defender a nova diretriz de pedir aos pacientes com sintomas mais brandos que fiquem em casa, ao invés de irem ao hospital.

"A pandemia entra em uma nova fase... a menos que tenhamos leitos suficientes, não podemos levar as pessoas ao hospital. Estamos agindo preventivamente nesta frente", disse Tamura ao Parlamento.

Mas ele sinalizou a possibilidade de reverter a diretriz, já que a decisão de pedir que alguns doentes fiquem em casa gera críticas de especialistas médicos por colocar vidas em risco.

"Se as coisas não saírem como esperamos, podemos revogar a diretriz", disse Tamura, acrescentando que a mudança de diretriz foi realizada para se lidar com a disseminação inesperadamente rápida da nova variante.

O Japão testemunha um crescimento acentuado de casos de covid-19. Tóquio relatou um recorde de 4.166 casos novos nesta quarta-feira (4).

Na segunda-feira (2), o primeiro-ministro Yoshihide Suga disse que só pacientes de covid-19 gravemente doentes e correndo risco de agravamento serão hospitalizados, enquanto os outros se isolarão em casa - uma mudança de diretriz que alguns temem poder elevar o número de mortos.

Autoridades do governista Partido Liberal Democrata concordaram em buscar a revogação da diretriz, relatou a agência de notícias Jiji nesta quarta-feira (4), um eco de apelos semelhantes de parlamentares da oposição.

A revolta é mais um contratempo para Suga, que vê o apoio a si despencar por causa da forma como lida com a pandemia antes das eleições gerais deste ano.

Pesquisas mostram que muitos japoneses se opõem à realização da Olimpíada enquanto o país patina nos esforços para conter a pandemia e vacinar a população.

O premiê e os organizadores olímpicos dizem não haver relação entre os Jogos de Verão de 23 de julho a 8 de agosto e o aumento acentuado de casos.

Mas Shigeru Omi, um dos principais conselheiros médicos do país, disse ao Parlamento que sediar os Jogos pode ter afetado o sentimento público e prejudicado o impacto dos pedidos do governo para que as pessoas fiquem em casa.

Impor um estado de emergência de âmbito nacional poderia ser uma opção para se lidar com a pandemia, disse ele. Tal medida já vigora em vários municípios, além de Tóquio. Fonte:https://agenciabrasil.ebc.com.br/




terça-feira, 3 de agosto de 2021

A UESC é um patrimônio da sociedade baiana, diz reitor na Câmara

 



Homenageado de ontem (03) à tarde pela Câmara Municipal de Ilhéus, o reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Alessandro Fernandes, dedicou a Moção de Congratulação que recebeu das mãos da vereadora Enilda Mendonça (PT), autora da iniciativa ao lado da colega Ivete Maria (DEM), à ciência e àqueles que acreditam que a ciência pode conduzir a um lugar melhor. “A UESC é um patrimônio da sociedade baiana”, destacou o reitor, lembrando que a “a universidade só serve e só faz sentido se for para servir à comunidade” e, para isso, precisa extrapolar seus muros. “Que eles sejam apenas simbólicos e que possamos ir onde a sociedade estiver”.

Alessandro Fernandes lembrou que a primeira vez que apresentou um trabalho científico fora do estado e se identificou como sendo da UESC, foi questionado se era representante de uma universidade do estado de Santa Catarina. A UESC não era conhecida. No entanto, agora, 30 anos depois, a instituição apresenta-se no patamar de uma das melhores universidades brasileiras. Este ano a UESC foi posicionada novamente no Times Higher Education Latin America University Rankings (THE), instituição que lista as melhores universidades da região da América Latina e do Caribe.

O ranking é baseado nos mesmos 13 indicadores de desempenho rigorosos, mas os pesos foram redefinidos para refletir as características das universidades da América Latina. As universidades foram avaliadas em todas as suas missões principais: ensino, pesquisa, transferência de conhecimento e perspectiva internacional. A classificação de 2021 inclui 177 instituições em 13 países, contra 166 instituições no ano passado. A Universidade Estadual de Santa Cruz obteve a 87º posição, uma posição acima no mesmo ranking em relação ao ano de 2020.

Na Bahia, a UESC tem a apenas a UFBA a sua frente e na região Nordeste, a Uesc ficou atrás somente das universidades Federal da Bahia (UFBA), Federal de Pernambuco (UFPE), Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Federal de Sergipe (UFS). Mas, para o reitor, o maior e mais importante reconhecimento que a universidade pode ter, está na própria sociedade regional ao atender com eficiência um universo de 2,5 milhões e meio de pessoas e oferecer 33 cursos de graduação, duas dezenas de mestrados, oito doutorados, 23 cursos de pós-graduação, oito mil alunos, 785 professores e 600 técnicos administrativos.

Outra significativa informação apresentada por Alessandro Fernandes diz respeito ao número de doutores na instituição. A média brasileira é de 7,5 a cada 100 mil habitantes. Por esta média, Ilhéus e Itabuna teriam apenas 15 doutores, cada. A UESC, entretanto, possui 525.

“Avançamos para inovação e internacionalização com 19 países diferentes”, destacou. Ao discursar na Câmara, o reitor defendeu a necessidade de a região trabalhar em rede com a universidade. “Não podemos mais ter uma universidade com mais de 500 doutores e uma população analfabeta no seu entorno”. Hoje a UESC desenvolve 11 projetos que beneficiam diretamente a população do Salobrinho.

Para a vereadora Enilda Mendonça, uma das autoras da homenagem, é preciso estar de pé para falar da importância da UESC para o sul da Bahia e para Ilhéus. “A UESC é hoje um modelo vitorioso, resultado de muitas pessoas que já passaram por lá”, destacou.

Presidente da Câmara e vereador mais votado no bairro Salobrinho, Jerbson Moraes (PSD) defendeu a necessidade da Câmara se aproximar mais da universidade e, juntas, fomentarem mais políticas públicas para a comunidade local. “Sinto essa obrigação de ser esse elo”, disse Moraes, lembrando que a presença da UESC trouxe um aumento populacional ao Salobrinho em torno de 40 por cento e os ganhos até aqui não foram proporcionais para a comunidade.


Capoeira ganha força e atenção em debate na Câmara



 O que me alegra é a nossa capacidade de resistir. O desabafo é do professor de história Erlon Costa. Membro efetivo do Conselho Municipal de Cultura, Erlon é uma espécie de “formiguinha” no trabalho de difusão da capoeira em Ilhéus. Por onde passa fala do tema. Onde é possível, “joga” sua arte. Com índios ianomâmis, por exemplo, perfilou na roda no topo do Pico da Neblina. Batizado de “Chocolate” pelos mestres, Erlon comemora outro feito, que define como “silencioso e estratégico”: ter dois praticantes da capoeira na formação do Conselho de Cultura.

Mas se a presença da dupla fortalece a representatividade da arte, a ausência de políticas públicas definidas fragiliza o presente e cria um vazio sobre o futuro. “Faltam espaços. Os que tínhamos, foram destruídos. E quem está disposto a reconstruí-los não têm mais onde investir”, lamenta. Ao falar na Audiência Pública que debateu na Câmara Municipal ações afirmativas para o segmento, “Chocolate” lembrou que nos últimos anos muitas crianças deixaram de praticar a capoeira por que encontraram salas fechadas onde, até então, a arte era praticada.

Espaços

Não bastasse, prédios onde projetos sociais e esportivos poderiam ser implantados, não são liberados para atender à demanda de crianças, especialmente as que se encontram em vulnerabilidade social. Por exemplo, o Colégio da Proa, na zona sul. Fechado, o imóvel se deteriora. Mas poderia estar vivo sediando um complexo de capoeira. “Entrega na mão da gente pra ver”, desafia.

O vazio que “Chocolate” enxerga, Mestre Ramiro, sente na pele. Viu, sem justificativa, fechar espaços onde há anos atendia crianças. O Ginásio de Esportes e uma sala da Biblioteca Pública Municipal, são os dois exemplos mais recentes. “Sequer um ofício fizeram justificando a decisão”, desabafa. Ele compareceu à Câmara vestido de branco (representando a paz) e descalço (representando a liberdade). Disse que a Câmara realiza uma importante iniciativa ao debater o futuro da capoeira de Ilhéus.

Ações pensadas

Contrameste, Paulo Magalhães destacou que há 72 ações pensadas para a capoeira na Bahia. Elas só precisam ser colocadas em prática através de políticas públicas de valorização de uma das maiores expressões culturais do povo brasileiro. Ao participar da Audiência Pública, Paulo lamentou que a capoeira esteja, hoje, presente apenas nas escolas particulares da Bahia e afirmou que já há um arcabouço institucional jurídico para que possa, finalmente, ser implementada nas escolas públicas do estado. Há um debate sobre a necessidade ou não da formação acadêmica dos instrutores para ministrar aulas nos estabelecimentos públicos.

Jornalista, mestre em Ciências Sociais e doutor em Cultura e Sociedade, Paulo Magalhães lembrou que a capoeira foi perseguida e chegou a ser considerada uma atividade criminosa entre 1890 e 1940. Mas ela venceu, hoje é praticada em mais de 170 Países. “Os caminhos agora estão abertos e temos muito que ainda avançar”, assegura. Levantamento feito pelo setor aponta que Ilhéus possui 36 grupos de capoeira cadastrados, mas vivendo em verdadeiras ilhas, isolados, sem uma ação política coletiva. Ao justificar a realização da Audiência Pública, o autor da proposta, o vereador Cláudio Magalhães (PCdoB) destacou a importância deste movimento cultural numa cidade de 487 anos de fundação.

Resistência à escravidão

“É preciso que valorizemos a capoeira como uma atividade física, luta, dança e expressão do povo negro da cidade”, disse Cláudio. Para o vereador Vinícius Alcântara (PV), encontros e iniciativas como esta são fundamentais para puxar a reboque o poder público para ações do interesse coletivo. “Estar aqui é uma oportunidade de entender a capoeira e, através das reivindicações, fazer com que as coisas aconteçam”. O vereador Vinícius lembrou que o produto da capoeira é um produto da resistência à escravidão e um patrimônio cultural do Brasil.

Professor da rede pública com atuação em Salvador, Mestre Duda defendeu que é inevitável que todo cidadão politizado esteja neste momento revoltado com a realidade nacional. “A luta é grande. Agora, sobretudo, é no sentido se organizar enquanto coletivo para pensar na proposição de políticas públicas”. Mas lembrou que é preciso avançar muito. “Quando a gente propõe políticas públicas a gente hoje não sabe nem se a escola quer aceitar a cultura tradicional como ela é”, exemplificou.

Sistema trabalha para o sistema

A capoeira está esquecida, lamenta o professor Artur Gregório, o outro capoeirista que integra o Conselho Municipal de Cultura. “Essa é a cultura do povo, da gente. Mas se o seu filho não consegue ver alguém jogar capoeira na rua, ele não se inspira”, afirmou. Gregório criticou o sistema que, segundo ele, trabalha para amigos e coligados e não pra todo mundo. “O sistema trabalha para o sistema. E quando eles nos querem fora, eles não nos ajudam”, sentenciou. “Só se lembram dos capoeiristas na semana da consciência negra”, completa Bruno Reis, o mestre Zumbi. “É preciso permanência, regularidade, para que possamos ser olhados com outros olhos”, afirma. “Por isso, organizar coletivos é o que faz a gente estar aqui”, finalizou Erlon, encerrando a Audiência Publica e as comemorações do Dia do Capoeirista, que acontece neste dia 3, terça-feira.

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