terça-feira, 4 de agosto de 2020

Governador decreta luto pelo falecimento de Jorge Portugal

Foto : Carol Garcia / GOVBA


O professor e ex-secretário de Cultura da Bahia, Jorge Portugal, faleceu na noite desta segunda-feira (3) em decorrência de falência cardíaca aguda.
 
O governador Rui Costa lamentou a perda e decretou luto no estado nesta terça-feira (4). “Imensamente entristecidos, lamentamos a morte do ex-secretário de Cultura do Estado Jorge Portugal. Educador, poeta, compositor, Jorge era um homem de múltiplos talentos, exercidos com a energia e a simpatia que inspirava todos à sua volta. Era, antes de tudo, um homem apaixonado pela Bahia e pelo seu povo, que estiveram sempre no centro do seu trabalho, fosse como administrador público, professor e artista. Como diz um dos seus versos: 'Uma nação diferente, toda prosa e poesia, tudo isso finalmente, só se vê, só se vê na Bahia'. Nossos sentimentos para seus amigos e familiares por essa grande perda”, afirmou o governador. 

Luto na Bahia: morre o professor Jorge Portugal, ex-secretário da Cultura

(Arisson Marinho/Arquivo CORREIO)
Ele foi admitido 'em estado crítico' no início da tarde e teve falência cardíaca aguda
03.08.2020, 20:37:00

O ex-secretário estadual da Cultura, professor Jorge Portugal, 63 anos, que estava internado em estado grave no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), em Salvador, morreu na noite desta segunda-feira (03), às 20h15, por falência cardíaca aguda, conforme informado pela assessoria do hospital. 

"O Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) comunica, com pesar, o falecimento de Jorge Portugal, por volta das 20h15 (horário de Brasília), de falência cardíaca aguda. O professor e ex-secretário de Cultura da Bahia estava internado na unidade de terapia intensiva (UTI) cardiovascular da instituição. A diretoria do HGRS apresenta sua solidariedade aos familiares e amigos ao tempo que se coloca em oração", diz a nota da unidade.

Ele, que completaria 64 anos na próxima quarta-feira (5), foi levado ao local no início da tarde desta segunda-feira (3), pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Só durante o trajeto, ele sofreu quatro paradas cardíacas.

Além de ter sido professor de muita gente na Bahia, Jorge Portugal era também compositor, poeta e apresentador. Natural de Santo Amaro, no Recôncavo, Portugal era um compositor e letrista aclamado, com parcerias de sucesso com Roberto Mendes, em ‘Só Se Vê Na Bahia’, e com Raimundo Sodré, em ‘A Massa’.
Deixou a Secretaria da Cultura da Bahia em 2017, alegando questões pessoais e profissionais. Na TV, foi o idealizador e apresentador do programa “Aprovado”, exibido na TV Bahia. 
Emotiva ao atender a ligação, sua esposa, Rita Portugal, não pode falar com a reportagem por estar na sala de espera da UTI (Unidade de Terapia Intensiva), onde aguardava mais notícias do marido. “Tô aqui orando”, disse Rita, às 19h50. Menos de 30 minutos depois, veio a notícia de sua morte. 
O educador, que ficou conhecido por obras voltadas para estudos universitários, como o livro Redação é Assim, adotado por cursos pré-vestibulares de Salvador, foi um grande mestre para muitos. Sempre sorridente, Portugal se consolidou como apresentador de televisão ao liderar por nove anos Aprovado, programa educativo voltado para estudantes universitários na TV Bahia.
Entre as letras de sucesso compostas por Jorge Portugal está Só Se Vê Na Bahia, escrita em parceria com Roberto Mendes, e outras composições, que ficaram marcadas nas vozes de Gal Costa, Maria Bethânia e Elba Ramalho, Margareth Menezes, como Vida vã, Filosofia pura e A massa.
“Portugal era um dos maiores letristas da música popular brasileira de todos os tempos. Era uma pessoa apaixonada pela Bahia, por Santo Amaro.”, definiu o cantor e compositor J. Velloso, amigo do músico. “Me tornei compositor muito mais pela convivência com Roberto [Mendes] e Portugal do que por ter nascido em uma família de artista. 
Depois de ter recebido a notícia que ele tinha sido internado, Velloso disse que a música que mais o lembrava de Portugal no momento era “Assim como ela é”, que foi gravada com Roberto Mendes.
Autoridades
O prefeito de Salvador, ACM Neto, lamentou a perda. Segundo o prefeito, “a Bahia e o Brasil perderam um grande mestre da língua portuguesa, responsável pela formação de milhares de estudantes, a quem generosamente ele entregava os seus conhecimentos para que conseguissem passar no vestibular e entrar na faculdade”.
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), decretou luto no estado nesta terça-feira (4). “Imensamente entristecidos, lamentamos a morte do ex-secretário de Cultura do Estado Jorge Portugal. Educador, poeta, compositor, Jorge era um homem de múltiplos talentos, exercidos com a energia e a simpatia que inspirava todos à sua volta. Era, antes de tudo, um homem apaixonado pela Bahia e pelo seu povo que estiveram sempre no centro do seu trabalho, fosse como administrador público, professor e artista. Como diz um dos seus versos: “Uma nação diferente, toda prosa e poesia, tudo isso finalmente, só se vê, só se vê na Bahia”. Nossos sentimentos para seus amigos e familiares por essa grande perda”.
O diretor teatral Fernando Guerreiro, presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), também lamentou a morte do amigo e lembrou que ele é "um cidadão brasileiro, baiano e Santamarense de responsa, esse sempre foi Jorge Portugal. Impossível falar dele sem um sorriso nos lábios, uma leveza na alma e muita poesia no coração. Portugal ressignificou o ensino com sua excepcional  verve comunicativa e valorizou, como ninguém, nosso jeito de ver o mundo e se relacionar com ele. Com sua partida, as palavras perdem seu brilho e a nossa língua perde um de seus melhores tradutores. Vá em paz grande mestre!".Fonte:https://www.correio24horas.com.br/

sábado, 13 de junho de 2020

Projeto Brasil Andar Com Fé convida artistas para potencializar doações à comunidades carentes



Projeto Brasil Andar Com Fé convida artistas para potencializar doações à comunidades carentes

Para colocar em prática a frase “a união faz a força”, a campanha “Brasil Andar Com Fé” convida a olhar para quem precisa. O projeto parte da intenção de ajudar a divulgar instituições (ONGs) de todo o Brasil, que neste momento cuidam de pessoas em situação de vulnerabilidade. O site compila organizações de nove regiões do país para que as doações sejam feitas diretamente.
A partir do beat criado pelo produtor musical Renato Neto, a ação convida artistas a gravar versões da música de Gilberto Gil, como um convite às ações sociais no Brasil todo. A campanha já conta com Carlinhos Brown, Chico César, Elba Ramalho, Elza Soares, Preta Gil, Fernanda Abreu, Flávio Renegado, Gero Camilo , Gustavo Machado, Luedji Luna , Margareth Menezes , Orlando Morais , Rappin’ Hood, Rashid, Roberta Campos, Tania Toko, Toni Garrido e Zudizilla, que participaram de vídeos que serão divulgados nas redes sociais de cada artista e do Brasil Andar Com Fé (@brasilandarcomfe) gradativamente. A ação deseja abrigar cada vez mais mensagens de artistas de diferentes áreas, como poetas, DJs, músicos, cantores(as), atores, atrizes, cineastas e influenciadores(as).
“Sabemos da força da voz de um artista. Sabemos mais ainda que essa voz, somada a outras vozes, é tamanha. O momento é sensível e significativo pois o tempo que vivemos pede ação. Somos um movimento a mais de ajuda àqueles com menos condições de proteção, que tem como objetivo único a potencialização das doações em favor das comunidades, com a urgência que a situação requer”, declaram os organizadores Andrea Francez, Béco Dranoff, Heitor Chaves, Renato Neto e Vera Ferraz, que em movimento colaborativo têm tornado o projeto possível em parceria com Agência Jangada, Agência Lema, Guerrilha Filmes, Portfólio para Artistas, Sergio David e Vicente Negrão Assessoria.
O projeto acaba de ir ao ar e o primeiro vídeo conta com participações de Rappin’ Hood, Fernanda Abreu e Rashid, mescladas com imagens feitas em comunidades brasileiras gravadas por Alex Fisberg.





quinta-feira, 4 de junho de 2020

Projeto de lei de apoio a artistas é aprovado pelo Senado e vai para sanção presidencial




Em sessão virtual nesta quinta (4), os senadores aprovaram projeto de lei que destina R$ 3 bilhões para o pagamento de renda mensal a trabalhadores da cultura, manutenção de espaços artísticos e para ações que ajudem o setor durante a pandemia.
O projeto, de autoria da deputada federal Benedita da Silva, obteve unanimidade entre os 75 senadores presentes na sessão. A proposta será encaminhada diretamente para sanção de Jair Bolsonaro.
Batizado de Lei Aldir Blanc, o projeto permite que artistas, produtores, técnicos e trabalhadores que atuam no setor cultural tenham uma renda de R$ 600 por três meses. O valor será retroativo a 1º de junho.
A renda é destinada aos profissionais que não foram contemplados pelo auxílio de R$ 600 a informais. A forma de pagamento, contudo, não será a mesma do outro auxílio, que é pago pela Caixa Econômica Federal. No auxílio cultural, os recursos devem ser executados preferencialmente por meio de fundos estaduais e municipais de cultura.
Se o auxílio emergencial dos informais for prorrogado, a renda emergencial a trabalhadores de cultura será estendida pelo mesmo prazo.
A concessão será dada a profissionais da área que não tenham emprego formal ativo, não recebam aposentadoria, auxílio-doença, seguro-desemprego ou outro programa de transferência de renda, com exceção do Bolsa Família.
Para ter direito, o beneficiário tem de ter renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo ou a familiar não pode ultrapassar três salários mínimos, o que for maior.
Só dois membros da família poderão receber o benefício. Mães solteiras terão direito a duas cotas do auxílio.
Os senadores aproveitaram que a sessão estava sendo conduzida pelo líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes, do MDB de Tocantins, para pedir que Bolsonaro agilizasse a sanção do projeto. O presidente tem até 15 dias para sancionar e, com isso, liberar o pagamento do recurso.
Enquanto a votação no Senado era feita, artistas se mobilizavam nas redes sociais para pressionar pela aprovação.
O projeto aprovado prevê ainda subsídios mensais para a manutenção de espaços, micro e pequenas empresas do setor cultural, cooperativas, instituições e organizações comunitárias que tiveram as atividades interrompidas durante a pandemia.
A ajuda terá valor mínimo de R$ 3.000 e máximo de R$ 10 mil. O texto proíbe que o benefício seja concedido a espaços vinculados à administração pública, assim como a fundações e institutos mantidos por grupos de empresas.
Teatros e casas de espetáculos com financiamento exclusivo de grupos empresariais e espaços geridos pelo Sistema S não terão direito ao subsídio.
Como contrapartida, os espaços beneficiados deverão realizar atividades destinadas, prioritariamente, aos alunos de escolas públicas ou em espaços públicos, gratuitamente.
O texto aprovado no Senado, sem alteração em relação ao que já havia passado em votação simbólica na Câmara, prevê que pelo menos R$ 600 milhões do valor total destinados ao auxílio, o que representa 20%, devem ser aplicados em editais, chamadas públicas, prêmios, compra de bens e serviços para o setor cultural e instrumentos voltados à manutenção de agentes, espaços, cursos e produções.
Essa fatia também seria usada para atividades artísticas e culturais que possam ser transmitidas pela internet.
Os R$ 3 bilhões deverão ser repassados até 15 dias após a publicação da lei. Metade deverá ser repassada a estados e ao Distrito Federal, sendo que 20% do valor seguirão critérios de divisão do Fundo de Participação dos Estados, e 80% serão proporcionais à população.
A outra metade será destinada a municípios. Desse total, 20% acompanharão critérios do Fundo de Participação dos Municípios, e o resto será proporcional à população.
O projeto dá 60 dias a municípios, contados a partir do repasse, para aplicar os recursos nas ações emergenciais.
O projeto também prevê que bancos públicos federais poderão disponibilizar linhas de crédito para fomento de atividades e compra de equipamentos e condições especiais para renegociação de dívida.
A dívida deverá ser paga em até 36 meses após o fim do estado de calamidade –previsto para acabar em 31 de dezembro.
A imagem pode conter: 7 pessoas, incluindo Lula Palmeira, pessoas sorrindo, pessoas em pé e atividades ao ar livre
Iara Lemos/Folhapress


domingo, 31 de maio de 2020

Recusa de Colbert em manter diálogo com governador Rui coloca em risco a saúde do feirense


[
 Por Sérgio Jones*
Como eu sempre digo e repito, os políticos só olham para os próprios rabos. A recusa de manter diálogo com o governador em plena pandemia, em um momento em que todos deveriam estar unidos e dar as mãos, demonstra por parte de Colbert ser esse, um ato de irresponsabilidade e profundamente antirrepublicano.
A prática tem provado ao contrário da imagem que inutilmente o prefeito emedebista tenta criar em torno de si, como lídimo representante dos interesses do povo.
O que ele prega em seus constantes discursos e entrevistas concedidas na mídia provam que os mesmos não deixam de ser uma estratégia de palanque em que adota uma postura em torno de uma verborragia em que procura justificar as suas sucessivas e inaceitáveis mentiras, prática que já se tornou mantra desse governante bolsonarista.
Exemplo significativo o feirense está se deparando diante da recusa do prefeito de direito e não de fato, Colbert Martins. Em manter um diálogo mais próximo ao governador petista Rui Costa. Este, busca debater e adotar medidas saneadoras visando conter o avanço da pandemia, no município.
Mas em um ato de estreiteza mental e por questões ideológicas o alcaide tem se furtado ao diálogo, sob diversas e falsas alegações. Essa atitude de “menino amarelo” coloca em risco a integridade física e a saúde do povo feirense.
Importante observar que o município registrou um aumento preocupante na taxa de crescimento do novo coronavírus. São 413 casos confirmados da doença. De acordo com o governador Rui Costa, o crescimento na segunda maior cidade da Bahia chegou a índices preocupantes, 54% em cinco dias.
Sob a falácia e o equivocado argumento de que a situação da pandemia na cidade está controlada o alcaide diz não necessitar de que ninguém precise ligar sinal vermelho.
Referência ao termo utilizado pelo governador com relação ao alerta feito por ele durante várias entrevistas concedidas à imprensa baiana. Com relação ao abrupto crescimento da contaminação do coronavírus, em Feira de Santana.
Essa tem sido a postura e o legado desse político. Fala e age em nome do povo, em tese, mas o que acaba sempre prevalecendo na prática, são os seus interesses nem sempre confessáveis.
O mandatário feirense faz uma aposta arriscada, um jogo perigoso, ao tentar partidarizar politicamente a questão da pandemia.
A atitude não parece ser inteligente e deixa transparecer a arrogância, um elevado grau de miopia associado a demonstração de estupidez política, abraçada pelo burgomestre de plantão.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

JORNAL DAS PRAIAS VIVA 72 ANOS DE IBICARAÍ

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