sexta-feira, 1 de maio de 2020

Está na hora de abrir as discussões sobre emissão de moeda, por Luis Nassif

 

Emitindo moeda, os críticos apontam dois riscos: volta da inflação e fuga dos investimentos externos. Falar em volta da inflação, no nível atual de recessão e desemprego, é bobagem. Vamos centrar a análise no presumível risco de fuga de recursos externos.

Aprendi algo em meus anos de jornalismo econômico. Para avaliar se determinada teoria é válida ou não, entenda a lógica que a sustenta; e compare com os efeitos na economia real.
Por exemplo, o sistema de metas inflacionárias prevê um aumento das taxas de juros a cada aumento da expectativa de inflação. Qual a lógica por trás disso? Aumentando os juros, encarece o custo do dinheiro reduzindo a demanda por crédito ao consumidor e no financiamento de capital de giro.
Olhando o mundo real, constatava-se que um ponto ano a mais na taxa Selic, sequer fazia cócegas no custo do crédito ao consumidor – na faixa de 3% ao mês (!) -, e tinha efeito insignificante no custo final dos produtos. Logo, o mundo real não convalidava a teoria. O único efeito era provocar uma demanda maior de dólares especulativos atrás das taxas de juros, reduzindo o preço dos produtos comercializáveis (exportáveis e importados), prejudicando as exportações e o saldo comercial brasileiro. Essa teoria é a maior responsável pela industrialização da economia brasileira nas últimas décadas, ao baratear artificialmente os produtos importados.
Quando nos debruçamos sobre a emissão de moedas, a análise de causalidade é a mesma: não há nada que convalide os receios levantados.
Um dos perigos apontados é o de aumentar a inflação. Com a economia em quase processo de depressão, essa hipótese não existe.
O segundo perigo seria o da fuga de dólares do país. Por quê? Vamos entender as correlações.
Para o investimento externo, sair da recessão é ponto central. Não se discute. Como também não se discute que os gastos públicos são essenciais para essa retomada.
Há duas maneiras de conseguir recursos, no meio dessa crise: emitindo dívida pública ou emitindo moeda.
Emitindo títulos públicos, os efeitos são os seguintes:
  1. Em função da relação dívida/PIB, pouco espaço para arrecadar recursos.
  2. Desvia recursos do setor privado para o setor público.
  3. Compromete mais ainda orçamentos futuros para pagar o serviço da dívida gerada agora.
  4. O aumento da vulnerabilidade espantaria o investimento externo, assim como a permanência de uma economia estagnada.
Emitindo moeda, os críticos apontam dois riscos: volta da inflação e fuga dos investimentos externos. Falar em volta da inflação, no nível atual de recessão e desemprego, é bobagem. Vamos centrar a análise no presumível risco de fuga de recursos externos.
Hoje em dia, a falta de liquidez (de dinheiro) derrubou preços das ações e dos títulos públicos e também de ativos reais – empresas e imóveis. O primeiro grupo, pela necessidade das instituições fazerem caixa para honrar os pedidos de resgate. O segundo grupo, pela quebradeira generalizada que está ocorrendo na economia.
Há três tipos de investimento externo: aqueles voltados para a atividade real (aumento da produção), os que se dirigem à especulação, em juros e ações, e os que vêm adquirir empresas quebradas na bacia das almas.
Vamos nos fixar nos investimentos especulativos.
Com a emissão de moeda, haverá possibilidade de injetar mais liquidez no mercado, reduzindo as vendas de ações e títulos públicos – e, com isso, contendo a sua queda. Reduzindo o prejuízo dos investimentos, haverá uma queda na volatilidade – e na fuga de capitais. Fonte:https://jornalggn.com.br/

Genuflexão - por Wilson Ramos Filho

Foto: Jonathan Samuel
"Não basta explorar os trabalhadores. É necessário humilhá-los, fazer com que se curvem, se ajoelhem para preservar seus empregos"

A dimensão simbólica da submissão ultrapassa em muito a tal subordinação jurídica a que aludem os defensores do Direito Capitalista do Trabalho. 
Não me recordo de ter visto, em quarenta e dois anos de estudos sobre as relações de trabalho no Brasil, imagens tão violentas. E tão reais. O empresariado, desde o golpe de 2016, vinha colocando as manguinhas de fora. Sem reação à altura, sem reação violenta e proporcional em sentido contrário, sem o exercício da legítima defesa, os empresários se esbaldam. E perdem quaisquer pudores que ainda, pelo menos nas aparências, lhes restavam. 

O gnomo da Havan, o orelhudo do Madero, o boçal do Condor, a perua de roupão rosa em seda, entre outros, não teriam se agrandado se tivesse havido reação - violenta como as agressões dos empresários, nem mais, nem menos, proporcionais - por parte da sociedade. Prevaleceram os bons-modos, todavia. E pela ausência de reação o fascismo se espraiou. 
Os empresários de Campina Grande, Paraíba, tiveram a gentileza de nos proporcionar as imagens que nos faltavam para visualizar a maneira capitalista de existir em sociedade que eles defendem. Fizeram seus empregados se ajoelhar, uniformizados, em frente às lojas para pedir, mãos postas, a reabertura, assassina, do comércio enquanto o sistema hospitalar paraibano entra em colapso. Expuseram o capitalismo como ele realmente é, sem mediações, sem ocultação ideológica, tida como desnecessária em nossa realidade bolsonara. 
Quem manda é o Guedes, disse o jaguara. A Globo aplaudiu. O empresariado suspirou reconfortado. Há muitos desempregados. Os que têm emprego e não se ajoelharem estão fora. Os patrões não necessitam mais se esconder sob o transparente manto da subordinação jurídica. É submissão, mesmo. Não está satisfeito peça a conta. A ideologia do Direito do Trabalho se tornou obsoleta, desnecessária, inútil. Da classe trabalhadora foram retirados direitos que no passado recente tornavam opaca a exploração. Excluíram os pobres as políticas públicas, com o teto nas despesas. Acabaram com a expectativa de uma velhice amparada, com a reforma previdenciária. Uma violência depois de outra, para forçar a genuflexão eterna, para que a exploração fosse mesmo desejada pelos famélicos da terra. Milhares de trabalhadores estão infectados pelo vírus, dezenas de milhares morrerão afogados, sem ar, sem alento. Mas não faz importa. Há um exército de reserva ávido pelos postos de trabalho que vagarem. Os verdadeiros vagabundos, os que vivem da exploração do trabalho alheio, ficarão mais ricos. Terão se livrado dos antigos empregados, aqueles inúteis, sem os custos das verbas rescisórias. Abomináveis na grandeza, os reis da mina e da fornalha, edificaram a riqueza
sobre o suor de quem trabalha e agora não se sentem responsáveis pelas vidas e pelas mortes daqueles a quem explorou, e exigem: de joelhos, ó vítimas da fome! 

Wilson Ramos Filho (Xixo), doutor em direito, integra o Instituto Defesa da Classe Trabalhadora.

Fonte.http://gustavoconde.blogspot.com/

Covid-19: Justiça decreta lockdown na região metropolitana de São Luís

O bloqueio máximo valerá por 10 dias a partir de 5 de maio

Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília

A Justiça do Maranhão decretou hoje (30) o bloqueio máximo (lockdown) das cidades de São Luis, Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar em função da pandemia do novo cororavírus. Pela decisão, todas as atividades não essenciais à manutenção da vida e da saúde estão proibidas de funcionar por dez dias, a partir de 5 de maio. Palácio dos Leões é o edifício-sede do governo do estado brasileiro do Maranhão. Localiza-se no centro histórico da cidade de São Luís
A decisão foi proferida pelo juiz Douglas de Melo Martins por solicitação do Ministério Público do Maranhão. Segundo os promotores do caso, a medida é necessária porque todos os 112 leitos de UTI da rede estadual que foram destinados para pacientes com covid-19 estão ocupados. 
Durante o período de bloqueio, fica proibida a circulação de carros, exceto para compra de alimentos ou medicamentos e transporte de pessoas para hospitais. A entrada de veículos em São Luís também estará proibida, somente ambulâncias, carros com passageiros que estão em deslocamento para hospitais, viaturas e veículos com cargas de produtos essenciais poderão passar pelas barreiras. As agências bancárias deverão funcionar somente para pagamento de benefícios. 
Pelo Twitter, o governador do Maranhão, Flávio Dino, declarou que vai cumprir a determinação judicial e garantiu que as atividades essenciais, como alimentação e farmácias, continuarão abertas. 

quinta-feira, 30 de abril de 2020

CASA VII ASTROLOGIA E AUTOCONHECIMENTO


Augusto Castro tem melhora e terminará tratamento contra Covid-19 em casa


por Fernando Duarte / Lucas Arraz

Augusto Castro (PSD) apresentou melhoras do quadro grave da Covid-19 que enfrenta desde março e foi liberado para completar o tratamento da doença em casa. O ex-deputado estadual chegou a respirar com ajuda de aparelhos e estava fazendo hemodiálise após complicações devido ao novo coronavírus. 
 Com a alta hospitalar, Castro deverá ficar em isolamento domiciliar. O ex-deputado foi diagnosticado com a doença após retornar de uma viagem dos Estados Unidos. Ele estava internado no hospital da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna. Fonte:https://www.bahianoticias.com.br/

Lula espera enfrentar Moro nas eleições de 2022

"Quero enfrentar no primeiro turno, porque acho que ele não chega ao segundo", disse
publicado 30/04/2020
LulaesperaenfrentarMoronaseleiesde20221.png
O ex-presidente Lula afirmou, nesta quinta-feira (30/IV), que gostaria de enfrentar Sergio Moro nas eleições de 2022.
Em entrevista ao UOL, o petista chamou o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de "medíocre" e "sem estatura política".
"Moro pode ser candidato, eu quero ver se estará preparado. Ele vai ter que participar debate, enfrentar a rua e ouvir a opinião do povo", disse Lula.
"Eu gostaria de enfrentar o Moro na eleição de 2022. No primeiro turno, porque ele não chega ao segundo", prosseguiu o ex-presidente.
"Moro é uma criatura inventada pela Globo. É um juiz medíocre. Sem a toga, ele não é ninguém", acusou.
Para Lula, no entanto, não garantiu que será candidato à presidência. "Quero ajudar o PT a ter candidato. Eu já dei a minha cota, já prestei o meu serviço. Espero que o PT não precise de mim", ponderou.

Bolsonaro x STF

Na conversa, Lula comentou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de impedir a nomeação de Alexandre Ramagem para a Polícia Federal.
"O importante é tratar a instituição de forma republicana. A instituição é um instrumento do Estado brasileiro. Não pode um delegado estar a serviço de um ministro ou de um presidente", opinou.
"As pessoas não podem ter memória curta. O FHC trocou delegado que investigava um escândalo da Ilhas Cayman", continuou.
Lula ressaltou, entretanto, que a prerrogativa da escolha é do presidente.

Impeachment de Bolsonaro

Lula defendeu o PT diante da acusação de que o partido seria contra o afastamento de Bolsonaro. "Se o PT apresentar o pedido de impeachment, vão partidarizar. Eu prefiro que seja feito por uma instituição ou entidade da sociedade civil".

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Daniela Mercury e Ivete brilharam no último dia do Carnaval da Bahia

                                                         Foto: Camila Souza/GOVBA
 As cantoras Ivete Sangalo e Daniela Mercury reinaram absolutas no Circuito Osmar (Campo Grande-Avenida), seguidas pela banda Duas Medidas, na terça-feira (25), último dia do Carnaval da Bahia, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Bahiatursa. No Circuito Dodô, desfilaram Tony Sales, com a banda Parangolé, Bruno Magnata, com a La Fúria, Denny Denan, Luana Monalisa, Teus Santos e Nata do Samba.

Vestida de Rainha Arqueira, Ivete arrastou uma multidão, que delirou com seu jeito brincalhão e pulou ao som das músicas do seu novo EP. 'O Mundo Vai' se tornou uma das mais elogiadas, durante a folia. A cantora trouxe Vanessa da Mata como convidada e apresentou ainda hits como 'Mainha Gosta Assim'. E seguiu interpretando sucessos do pagode baiano, como 'Lobo Mau', sem deixar de embalar os foliões com clássicos: 'Festa', 'Sorte Grande', 'Dalila'.

Daniela Mercury voltou ao circuito com o seu Triatro, patrocinada pelo Governo do Estado, fazendo uma performance ao som de 'Piracema' com peixes de garrafas pet pintados pelo artista J. Cunha. Inquieta, vibrante e questionadora, a cantora arrastou a multidão ao som de antigos sucessos e do repertório inspirado em seu novo álbum, 'Perfume', que tem canções como 'Confete e Serpentina' e 'Rainha da Balbúrdia'. Lincoln, com a banda Duas Medidas, encerrou as apresentações do circuito. 

Tony Sales, no comando da banda Parangolé, levou milhares de foliões ao Circuito Dodô, apostando na música de trabalho 'Ela Não Quer Guerra Com Ninguém' e em repertório formado por músicas como 'Sou Favela', 'Rebolation', 'Diferenciada' e 'Open Bar'. Bruno Magnata, com a La Fúria, mostrou muita energia cantando sucessos como 'Homem Muriçoca', 'Procura o Brinco', 'Baile de Favela', 'Pá Pá Pá' e 'Tchaco Tchaco'. Denny Denan trouxe novos hits, sucessos da Timbalada e clássicos como 'É d’Oxum'. A festa foi encerrada por Teus Santos, Luana Monalisa e Nata do Samba.

Pelourinho

O carnaval mais tranquilo do Centro Histórico foi encerrado por Gerônimo, no Largo Pedro Archanjo; Vitrola Baiana e Orquestra Sanfônica, no Tereza Batista; e Genard, Estakazero e Aloisio Menezes, no Quincas Berro d’Água.

Fotos: Camila Souza/GOVBA

JORNAL DAS PRAIAS VIVA 72 ANOS DE IBICARAÍ

https://drive.google.com/file/d/1VS3UHbudMASOvoTt8TItsCdeDwXUmo-S/view?usp=drive_link