Testos e fotos de Edson Felloni Borges.
Grandes seleções, goleadas, “gringos” de várias Nações e, principalmente, muita muvuca. Todos entraram no clima gostoso da Bahia! Foram mais de mil fotos dos bastidores desse show baiano na Copa do Mundo!
Show de bola da Copa na Fonte Nova
Irã x Bósnia e EUA x Bélgica foram mais duas grandes festas na Arena Fonte Nova, na Copa do Mundo em Salvador.
O boteco do mundo
Não é no Farol da Barra, nem no Elevador Lacerda, ou em qualquer outro cartão postal de Salvador. Esta é foto mais emblemática da invasão de “gringos” na Copa do Mundo na primeira capital do Brasil: aí estão três nações, de dois continentes, assistindo a um jogo na TV, num boteco no pé da Ladeira do Pepino, nas margens do Dique do Tororó.
Andando pela orla, fazendo farra no Pelourinho, subindo e descendo as ladeiras da Bahia, se “fretando” com as baianas, os estrangeiros entraram rapidinho no clima da Bahia. Também pudera,na terra de mainha, do dengo e da pimenta pra acender o fogo!!
Chineses, coreanos, japoneses, alemãs, ingleses, espanhóis, franceses, holandeses, peruanos, iranianos, croatas, argentinos, mexicanos, enfim, o mundo nunca ficou tão grande e tão juntinho na Bahia, como nessa imagem no boteco do pé da Ladeira do Pepino!
Mais um show na Fonte Nova!
Eu sempre vestirei essa camisa
Eu tinha 14 anos de idade e 1970 era tido como um dos piores anos da Ditadura Militar, com o general Médici no comando. Gremista, ele saiu espalhando dinheiro para a construção de estádios pelo Brasil. Fez o de Alagoinhas, o “Carneiro”, ampliou a Fonte Nova (fez o anel superior) e por aí foi alimentando a paixão nacional pelo futebol.
Hoje, com 57 anos de idade, vivi uma grande emoção, ganhando de presente dos meus filhos uma camisa da Seleção Brasileira de 70, me relembrando outras grandes emoções que passei naquele ano do Tricampeonato.
Só consegui assistir ao primeiro tempo do jogo. Muito ansioso, me refugiei nas obras do “Carneirão”, que estava sendo erguido bem defronte da minha casa. De lá só saí quando ouvi um grande foguetório e percebi que o Brasil fez 2 a 1.
Sai andando em direção ao Bar de Galego, quase no centro da cidade. Não queria ficar na frente da televisão. No meio do caminho, novo foguetório. Brasil 3 a 1. Já bem mais aliviado, tive a chance de ver o 4 a 1 assim que entrei no boteco.
Só voltei pra casa por volta de 10 da noite, depois de muita festa nas ruas e na Associação Recreativa de Alagoinhas. A Copa de 70 estimulou mais ainda meu patriotismo e, lógico, minha disposição de lutar por melhorias no meu País.
Eu sempre vestirei essa camisa.
Fonte: http://www.farinhanosaco.com.br