sexta-feira, 20 de junho de 2014

Entrevista: Luiz Carlos Suíca,

Atual vereador Luiz Carlos Suíca (PT), que é da base do Sindilimp-BA, fala sobre as principais conquistas e desafios da categoria


O Dia Nacional do Gari é comemorado em 16 de maio. E, para marcar a data, o diretor licenciado e ex-coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza da Bahia (Sindilimp-BA), atual vereador Luiz Carlos Suíca (PT), falou sobre as principais conquistas e desafios da categoria.
 
 
 
Entrevistado: Luis Carlos Suíca
Entrevistado: Luis Carlos Suíca
 
CUT-BA- Para começar, nos fale um pouco sobre a história do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza da Bahia (Sindilimp-BA)...
 
Entrevistado: Já nascemos dentro da CUT. Somos CUTistas de nascimento. No dia 2 de setembro de 1989, uma quarta-feira, deu-se início às 15 horas, no auditório do Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia, no bairro de Nazaré, uma assembleia geral dos trabalhadores em limpeza urbana, asseio, conservação e jardinagem do estado da Bahia. A assembleia delibera pela fundação do Sindilimp-BA e elege uma diretoria provisória. Dessa data em diante nossa categoria constrói e fortalece a cada dia este importante instrumento de luta que é o nosso Sindicato. Desde a nossa fundação o Sindilimp-BA se caracterizou pela luta contra todas as formas de preconceitos, em especial o racial e de gênero. Fizemos com que a sociedade nos respeite e valorize a importância social do nosso trabalho. Temos orgulho de trabalhar com limpeza e neste curto espaço de quase 25 anos muito fizemos muito e muito mais vamos fazer.
 
 
 
CUT-BA- Os trabalhadores avançaram em que aspecto nos últimos anos? Fale-nos sobre as principais conquistas dos profissionais de limpeza urbana no estado;
 
Entrevistado: Quando falamos da história do Sindilimp-BA não falamos de uma história no passado. Não se trata de uma história só de um passado morto, por assim dizer, já que o Sindicato e os atores desta história estão vivos e ainda fazem história. A maior conquista da categoria, sem dúvida é sua autoestima e orgulho que apresenta como categoria profissional. Antes se trabalhava em condições precárias, sem equipamentos de proteção individual (EPI’s), fardamento adequado e seguro etc. Hoje temos assegurado condições dignas e seguras de trabalho e quando isso não ocorre temos uma ampla rede de fiscalização para exigirmos do patronato o cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que assegura nossos direitos. Em relação à questão econômica temos avançado muito e agora na campanha salarial queremos avançar ainda mais.
 
 
 
 CUT-BA- E os desafios? A categoria está em campanha salarial? Qual a pauta de reivindicações deste ano?
 
Entrevistado: Estamos vivendo um momento importante. Chegamos até aqui e a cada dia reescrevemos nossa história. Nossa importância social aumenta. Nossa influência é a cada dia mais decisiva é só verificar a transformação que causamos na administração pública quando desencadeamos a luta em defesa dos trabalhadores terceirizados. Estamos em campanha salarial na área de limpeza urbana e reivindicamos, dentre outras questões, reajuste salarial com ganho real além da inflação do período, melhores condições de vida e trabalho, cláusulas sociais que assegurem o bem estar da família dos trabalhadores, assistência médica e odontológica para todos extensivo aos dependentes. As negociações como sempre são duras e já acionamos a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado da Bahia (SRTE-BA) para intermediar junto ao patronato. Temos certeza, porém, que o que vai garantir uma boa e vitoriosa campanha salarial é a mobilização e a luta da categoria.
 
 
 
CUT-BA- O que é preciso para que a categoria seja mais valorizada pelo governo estadual?
 
Entrevistado: O trabalhador em limpeza não se restringe ao setor de limpeza urbana. Estamos nas áreas de asseio, conservação, jardinagem, controle de pragas, serviços gerais etc. Mostramos à sociedade nossa disposição para lutar e que exigimos salários em dia, pagamento do vale transporte, vale refeição e demais direitos trabalhistas em dia. Nossas recentes manifestações ganharam os meios de comunicação e fomos notícia em nível nacional. Nossa luta, porém, não para! As trabalhadoras e trabalhadores terceirizados que prestam serviços para o governo estadual, em todas as cidades da Bahia, realizam manifestações contra os desmandos patronais. Lutamos e esperamos que o governo estadual cumpra seu papel de Estado e intervenha nessa tentativa do patronato de furtar os direitos dos trabalhadores. O Estado deve cumprir a Constituição valorizando o trabalho e a defesa da dignidade humana do trabalhador. Exigimos que o Estado responda de forma solidária quando as empresas não pagarem tudo que é devido. É preciso que o governo estadual pague os trabalhadores, assegure que os salários não serão atrasados. Como vai fazer isso é de responsabilidade do governo. O que exigimos é respeito aos direitos trabalhistas.
 
 
 
CUT-BA- O que o Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza da Bahia está preparando para a data?
 
Entrevistado: Na data de hoje (sexta-feira, 16) estivemos em diversas garagens das empresas falando sobre a campanha salarial e comemorando através de café da manhã especial e outras atividades. Às 18 horas teremos uma missa em ação de graça na Igreja Nossa Senhora da Piedade. Escolhemos esse local pelo que ele guarda de simbólico em relação aos quatro heróis da Revolta dos Alfaiates que foram enforcados na Praça da Piedade. São quatro negros em luta pela libertação e é isso que a categoria deve ter sempre em mente: a luta por igualdade e respeito aos direitos coletivos.
 
 
 
CUT-BA- É difícil garantir dignidade, respeito e melhores condições de vida para os profissionais que ainda são considerados "invisíveis" por boa parte da população? O preconceito ainda existe?
 
Entrevistado: A ação e atuação da categoria estão diretamente ligadas à saúde pública e até mesmo com a preservação do meio ambiente, além é claro, de assegurar melhor qualidade de vida nos locais onde agem. Outra luta é contra todo preconceito da sociedade e fazer que saiba o valor da categoria. Os trabalhadores não mais se envergonham em atuar na limpeza urbana e outras tarefas.
 
 
 
CUT-BA- Já foi promovida pelo Sindilimp-BA alguma campanha de conscientização e valorização destes profissionais, com enfoque para a diminuição deste preconceito?
 
Entrevistado: Fizemos e fazemos várias campanhas. Não necessariamente com este título. Quando lutamos pelos direitos da mulher trabalhadora, contra a homofobia, em defesa da juventude, pela melhor qualificação educacional e profissional dos trabalhadores e de seus familiares atuou para aumentar a conscientização e valorização. A ação e atuação da categoria estão diretamente ligadas à saúde pública e até mesmo com a preservação do meio ambiente, além é claro, de assegurar melhor qualidade de vida nos locais onde agem. Creio que isso já está bem enraizado na categoria, mas sempre lutamos para que a inserção nos corações e mentes de cada um seja cada dia maior.
 
 
 
CUT-BA- Deixe uma mensagem para esses homens e mulheres que passam o dia vasculhando ruas, retirando entulhos e lixos no silêncio, mas que também sonham com melhores condições de vida e trabalho.
 
Entrevistado: Hoje temos que dizer às nossas companheiras e companheiros que muito ainda há por se fazer e conquistar. Estamos em um eterno começo, porém, que todas e todos valorizem o que conquistamos, sintam-se importante e especial. Sem o trabalhador em limpeza nada funciona na sociedade. A recente greve da limpeza urbana no Rio de janeiro e Recife mostraram isso. O mandato de vereador que hoje exerço é uma conquista dos trabalhadores em geral e de nossa categoria em especial. Continuaremos trabalhando para tenhamos salários dignos, condições de trabalho adequadas e que o patronato e os governos federal, estadual e municipais nos respeitem.

Convenção


COPA 2014: ESTUDO DA FIPE APONTA GERAÇÃO DE 1 MILHÃO DE EMPREGOS

A Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014 vai gerar cerca de 1 milhão de empregos no país, o que equivalente a mais de 15% dos 4,8 milhões de empregos formais criados ao longo do governo da presidenta Dilma Rousseff. Além da geração de postos de trabalho, a Copa do Mundo, deve propiciar a injeção de R$ 30 bilhões na economia brasileira.
Os dados fazem parte de um levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a pedido do Ministério do Turismo. O estudo tem como parâmetro uma comparação entre a projeção dos impactos gerados pela Copa do Mundo e as informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e tem como referência o período de janeiro de 2011 a março de 2014.
Durante visita ao Centro Aberto de Mídia João Saldanha, no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, o presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Vicente Neto, avaliou o resultado da pesquisa. Para ele, trata-se de um número “extremamente significativo que nós estamos comemorando neste momento. É um legado humano extraordinário”, disse.
Segundo o levantamento, do total de vagas relacionadas à Copa, 710 mil são fixas e 200 mil são temporárias (todos com carteira assinada). Só na cadeia do turismo, foram gerados 50 mil novos empregos em função do evento esportivo.
Vicente Neto ressaltou, durante a entrevista, a taxa de ocupação da rede hoteleira nas 12 cidades-sede na primeira semana do Mundial, que ficou 45% acima do esperado, de acordo com autoridades do setor. Até o dia 11 de junho, foram registradas 340 mil diárias, 100 mil a mais que o previsto pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil. “Os números estão superando as expectativas”, disse o presidente da Embratur.

Na avaliação de Vicente Neto, a expectativa da Embratur é de que a realização de grandes eventos, como a Copa, ajudem a projetar o Brasil como destino turístico de destaque no cenário internacional, impulsionando a geração de emprego e renda no país.
O presidente da Embratur lembrou que o Brasil tem se destacado no cenário mundial de realização de eventos e subiu dez posições no ranking da International Congress and Convention Association (ICCA) de 2003 a 2013, ao saltar da 19ª para a 9ª posição entre os países do mundo que mais recebem congressos e convenções associativas.
“O total de eventos realizados no Brasil neste período saltou de 62 para 315, e o número de cidades que sediaram esses encontros aumentou de 22 para 54. Essa evolução é resultado da política de descentralização na captação de eventos internacionais”, disse.

FIESTA |

FIESTA | 
Linda a comemoração da seleção da Costa Rica, que volta às oitavas de final de uma Copa do Mundo 24 anos depois. A última vez que isso aconteceu foi em 1990, também com uma vaga assegurada no dia 20 de junho.

Sexta-Feira 20 Junho



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Prévia do dia: Itália e França buscam liderança do grupo


Prévia do dia: Itália e França buscam liderança do grupo
© Getty Images
Quatro equipes que venceram na estreia voltam a campo nesta sexta-feira. A Costa Rica provocou enorme surpresa ao derrotar o Uruguai marcando três gols pela primeira vez em Mundiais, e agora enfrenta uma Itália de vocação ofensiva que colocou pelo menos uma bola na rede nas suas últimas 15 partidas de Copa do Mundo.
Já os líderes do Grupo E são velhos conhecidos. Suíços e franceses se encontraram em 36 ocasiões, com ligeira vantagem para os Bleus (15 vitórias, 12 derrotas e nove empates). Na rodada inaugural, os franceses venceram Honduras com tranquilidade, enquanto os vizinhos precisaram virar para cima da sedutora seleção equatoriana. 
O vencedor do duelo entre França e Suíça estará classificado se não houver ganhador na partida entre Honduras e Equador. Será um confronto interessante entre a sólida defesa hondurenha e um conjunto equatoriano de bons recursos ofensivos. O retrospecto é levemente favorável aos sul-americanos, com três vitórias e sete empates para duas derrotas em 12 jogos.
Os jogosItália x Costa Rica (Grupo D), Arena Pernambuco, Recife, 13h (hora locale)
Suíça x França (Grupo E), Arena Fonte Nova, Salvador, 16h (hora local)
Honduras x Equador (Grupo E), Arena da Baixada, Curitiba, 19h (hora local)
Você sabia?
Gato e rato

Equatorianos e hondurenhos não precisam de espião para conhecer o futebol do adversário. O técnico do Equador, Reinaldo Rueda, comandou Honduras na Copa de 2010 — infelizmente para os centro-americanos, sem grande sucesso. Já o atual treinador hondurenho, 
Luis Fernando Suárez, levou o Equador às oitavas de final no Mundial de 2006.
Bons presságios
Autor de dois gols contra Honduras, Karim Benzema foi o primeiro francês a balançar as redes duas vezes na mesma partida de Copa do Mundo desde Zinedine Zidane na final do dia 12 de julho de 
1998. Aliás, o atacante da França poderia até ter feito o terceiro no lance do gol contra do goleiro hondurenho, algo que não acontece desde a trinca de Just Fontaine contra o Paraguai em 1958, no Mundial em que terminou com 13 gols. O torcedor mais otimista já vê aí dois bons presságios para a França.
Pedras no caminho
Ao bater o Equador por 2 a 1 de virada na primeira partida, a Suíça conquistou a sua primeira vitória contra oponentes da América do Sul em Copas do Mundo. Foram quatro derrotas e um empate nos cinco duelos anteriores. Desta vez, os suíços precisaram contar com dois jogadores vindos do banco para marcar os dois gols, feito que somente seis equipes conseguiram realizar
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Jogadores suspensosWilson Palacios (Honduras)

Ameaçados
Johan Djourou (Suíça); Paul Pogba, Yohan Cabaye e Patrice Evra (França); Luis Garrido e Oscar García (Honduras); Juan Carlos Paredes (Equador)
Você vai gostar de ver
Desde que assumiu o comando da seleção italiana, Cesare Prandelli abandonou ocatenaccio para propor um futebol mais vistoso e produtivo. Saiba tudo sobre a novaAzzura conferindo a página da Itália no FIFA.com. Já os franceses esperam ter encontrado um sucessor para Just Fontaine na pessoa de Karim Benzema, mas o camisa 10 certamente terá trabalho para marcar 13 gols em uma Copa. Por fim, se você gostou da apresentação do Equador na estreia contra a Suíça, não deixe de conhecer também a história do maisnovo clássico do futebol equatoriano.
Nesse dia em...No dia 20 de junho de 1954, a cidade suíça da Basileia recebeu a terceira partida válida pelo Grupo B da Copa do Mundo. A Hungria, grande favorita do torneio, infligiu à Alemanha uma das maiores goleadas da sua história: 8 a 3. O time dos sonhos liderado por Ferenc Puskás, que no ano anterior já havia sido o primeiro adversário a vencer a seleção inglesa na Inglaterra (6x3), contava também com o craque Sándor Kocsis, conhecido como o "Cabeça de Ouro". Autor de quatro gols naquela partida, Kocsis terminaria o Mundial com 11 gols, dos quais sete de cabeça. No entanto, em uma das finais mais emocionantes de todos os tempos, a arrasadora seleção húngara caiu por 3 a 2 diante dos alemães na partida que entrou para a história como o "Milagre de Berna".

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